Racismo no Brasil: diferenças entre revisões

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Daqueles que ganham menos de um [[salário mínimo]], 63% são negros/pardos e 34% são brancos. Dos brasileiros mais ricos, 11% são negros/pardos e 85% são brancos. Em uma pesquisa realizada em 2000, 93% dos entrevistados reconheceram que existe [[Racismo|preconceito racial]] no Brasil, mas 87% dos entrevistados afirmaram que mesmo assim nunca sentiram tal discriminação. Isto indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade racial, mas o preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da escravidão. De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministério da Justiça]] para assuntos raciais), "há uma hierarquia de [[Cor da pele humana|cor da pele]] onde os [[negros]] parecem saber seu lugar."<ref>{{citar web |url=http://org.elon.edu/brazilmagazine/2005/article10.htm |título=Racial Inequality in Brazil |editor=Elon International Studies |data=2005 |acessodata=4 de maio de 2015}}</ref> Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU), o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico."<ref>{{Citar web | url= http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,somos-um-pais-racista-e-homofobico,700956,0.htm | título = Somos um país racista e homofóbico |publicado= Estadão |autor=Luciana Nunes Leal |data= 2 de abril de 2011 |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref>
 
Um relatório divulgado pela [[ONU]] em 2014, com base em dados coletados no fim de 2013, apontou que os negros do país são os que mais são assassinados, os que têm menor escolaridade, menores salários, menor acesso ao sistema de saúde e os que morrem mais cedo. Também é o grupo populacional brasileiro que mais está presente no sistema prisional e o que menos ocupa postos nos governos. Segundo o relatório, o desemprego entre os afro-brasileiros é 50% superior ao restante da sociedade, enquanto a renda é metade da registrada entre a população branca. As taxas de [[analfabetismo]] são duas vezes superiores ao registrado entre o restante dos habitantes. Além disso, apesar de fazerem parte de mais de 50% da população (entre [[Afro-brasileiro|pretos]] e [[pardos]]), os negros representam apenas 20% da produção do [[produto interno bruto]] (PIB) do país. A [[violência policial]] contra os negros e o racismo institucionalizado também são apontados pelas Nações Unidas. "O uso da força e da violência para o controle do crime passou a ser aceito pela sociedade como um todo porque é perpetuado contra um setor da sociedade cujas vidas não são consideradas como tão valiosas", criticou a ONU. Em 2010, 76,6% dos homicídios no país envolveram afro-brasileiros. Apesar de reconhecer avanços no esforço do governo para lidar com o problema, o chamado mito "[[democracia racial]]" foi apontado pela organização internacional como um impedimento para superar o racismo no país, visto que é "frequentemente usado por políticos conservadores para desacreditar [[ações afirmativas]]". "A negação da sociedade da existência do racismo ainda continua sendo uma barreira à Justiça", afirmou o relatório.<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2014/09/12/racismo-no-brasil-e-institucionalizado-diz-onu.htm |título=Racismo no Brasil é institucionalizado, diz ONU |editor=[[UOL]] |data=12 de setembro de 2014 |acessodata=13 de setembro de 2014}}</ref>
 
== Histórico ==