Nelson Rodrigues: diferenças entre revisões

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Nascido no Recife, [[Pernambuco]], mudou-se em [[1916]] para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal ''A Manhã'', de propriedade de seu pai, [[Mário Rodrigues]]. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi ''[[A Mulher sem Pecado]]'', que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com ''[[Vestido de Noiva]]'', que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros.<ref name="UOL - Educação"/> Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.<ref>[http://educarparacrescer.abril.com.br/nelson-rodrigues/ Especial 100 anos de Nelson Rodrigues - Educar para Crescer]</ref>
 
A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do [[século XX]],<ref>[http://www.leiaja.com/cultura/2012/08/23/nelson-rodrigues-o-maior-dramaturgo-brasileiro/ Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro]</ref>, apesar de suas obras terem sido, quando lançadas, tachadas por críticos como "obscenas", "imorais" e "vulgares". Em [[1962]], começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol.
 
Politicamente, gostava de se intitular como um [[reacionário]]. Chegou a apoiar o [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|Regime Militar Brasileiro]] e elogiar o governo do presidente General [[Emilio Garrastazu Medici]]. No final da vida, após ter seu filho Nelsinho preso e torturado,<ref name=ditesc/><ref>[http://blogues.publico.pt/atlantico-sul/2012/08/31/nelson-e-nelsinho-rodrigues-a-ditadura-brasileira-nunca-os-separou/]</ref>, Nelson revisou seus posicionamentos e militou pela anistia "ampla, geral e irrestrita" aos presos políticos.<ref name=ditesc/><ref>O Globo, 13 de dezembro de 1971</ref>.
 
== Biografia ==
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Ajudado por Mário Filho, amigo de [[Roberto Marinho]], Nélson passa a trabalhar no jornal ''[[O Globo]]'', sem salário. Apenas em [[1932]] é que Nélson seria efetivado como [[repórter]] no jornal. Pouco tempo depois, Nelson descobriu-se tuberculoso. Para tratar-se, retira-se do Rio de Janeiro e passa longas temporadas em um sanatório na cidade de [[Campos do Jordão]]. Seu tratamento é custeado por Marinho, que conquistou a gratidão de Nélson pelo resto de sua vida. Recuperado, Nelson volta ao Rio e assume a seção cultural de ''O Globo'', fazendo a crítica de [[ópera]].
 
No ''O Globo'', foi editor do suplemento ''[[O Globo Juvenil]].'' Além de editar, Nelson roteirizou algumas [[história em quadrinhos|histórias em quadrinhos]] para o suplemento, dentre elas, uma versão de ''O fantasma de Canterville,'' de [[Oscar Wilde]].<ref name="guerra">{{Citar livro|autor=Gonçalo Júnior|título=A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964|editor=[[Editora Companhia das Letras]]|publicação=[[2004]]|páginas=62|isbn=8535905820, 9788535905823}}</ref>.
 
Em [[1940]] casou-se com Elza Bretanha, sua colega de redação.
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Em fevereiro de [[1946]], o texto da peça foi submetido à [[Censura]] Federal e proibido. ''Álbum de família'' só seria liberada em [[1965]]. Em abril de [[1948]] estreou ''Anjo negro'', peça que possibilitou a Nelson adquirir uma casa no bairro do [[Andaraí (bairro do Rio de Janeiro)|Andaraí]] e em [[1949]] Nelson lançou ''Doroteia''.
 
Em [[1950]] passou a trabalhar no jornal de [[Samuel Wainer]], a ''Última Hora''. No jornal, Nélson começou a escrever os contos de ''[[A vida como ela é]]'', seu maior sucesso jornalístico.<ref name="UOL - Educação">{{citar web |url=http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1929-biografia-9,00.jhtm |título=Nelson Rodrigues |acessodata=20 de dezembro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=Klick Educação |publicado=UOL - Educação |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
 
Na década seguinte, Nelson passou a trabalhar na recém-fundada [[TV Globo]], participando da bancada da ''Grande Resenha Esportiva Facit'', a primeira "mesa-redonda" sobre futebol da [[Televisão do Brasil|televisão brasileira]] e, em [[1967]], passou a publicar suas ''Memórias'' no mesmo jornal ''Correio da Manhã'' onde seu pai trabalhou cinquenta anos antes.