Cândido de Oliveira: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
detalhei parte de atuação política de Candido de Oliveira
Linha 4:
Começou a jogar futebol na [[Casa Pia|Casa Pia de Lisboa]], tendo passado, em [[1914]], para a primeira categoria do [[Sport Lisboa e Benfica]], de onde sairia em 1920 para criar o [[Casa Pia Atlético Clube]]. Foi capitão da seleção nacional no primeiro jogo desta, em 1921.<ref>«[http://www.pcp.pt/publica/militant/257/p51.html Cândido de Oliveira : Uma biografia]» in ''O Militante'', n.º 257, março-abril de 2002.</ref>
 
Pela sua atividade contra o regime do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] foi enviado para o campo de concentração do [[Campo do Tarrafal|Tarrafal]] onde esteve entre abril de [[1942]] e [[1944]].<ref>Cândido de Oliveira fazia parte de uma rede organizada pelo [[Special Operations Executive|SOE]] inglês, conhecida como rede [[Royal Dutch Shell|Shell]], por incluir vários funcionários desta empresa em Portugal, que visava o desenvolvimento de sabotagens e destruições no caso de uma invasão alemã em Portugal durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Cf. BARREIROS, José António. ''Traição a Salazar''. Lisboa: Oficina do Livro, 2012.</ref> Lá, ele não ficou internado dentro do campo, como os outros prisioneiros. Como preso de interesse especial, ficou em um dos alojamentos administrativos situados fora da zona cercada <ref name=":0">{{citar livro|título=Recordações dos tempos difíceis|ultimo=Russell|primeiro=Miguel Wagner|editora=Avante|ano=1976|local=Lisboa|páginas=47|acessodata=27/08/2018}}</ref>. Isso não o impediu de testemunhar e mais tarde denunciar a situação ali vivenciada no livro [[Tarrafal, o pântano da morte]] . A escrita desse belo material se deu nos anos que se sucederam à soltura de Cândido. Como não havia ambiente político para a publicação então, o livro só pode vir a luz em 1974, pelas mãos do filho do autor<ref>{{citar livro|título=Tarrafal, o pântano da morte|ultimo=Oliveira|primeiro=Cândido|editora=|ano=1974|local=Lisboa|páginas=1-158|acessodata=27/08/2018}}</ref>. [[Miguel Wagner Russell]], antigo militante do partido comunista, lembra com muito carinho sua dedicação aos ex-presos do campo:
 
''Lembramos aqui a figura de Cândido de Oliveira em homenagem à rectidão do seu carácter e aos riscos que correu nos valiosíssimos auxílios prestados à nossa organização, pois por seu intermédio não só melhorámos as ligações com o exterior como passámos a receber um noticiário actualizado. E, anos depois, ainda o velho e respeitado Chumbaca nos ajudou, empenhando-se na procura de empregos para os que regressavam em liberdade à metrópole''<ref name=":0" />''.''
 
Em [[1945]], fundou, com [[António Ribeiro dos Reis]] e [[Vicente de Melo]], o então bissemanário jornal "[[A Bola]]", no qual colaboraria até à sua morte.
Linha 13 ⟶ 15:
 
O seu discípulo, Fernando Vaz, também viria a ser um reputado treinador.
 
Durante pouco mais de um ano, Cândido de Oliveira ficou alojado em um
 
== Homenagens ==