Argumento: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 2804:431:b720:915a:8025:7fdf:8e0e:ca3e, com Reversão e avisos
Wardog1 (discussão | contribs)
m estruturação de parágrafos
Linha 12:
Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas verdadeira ou falsa, isto é, há um valor sempre binário que se atribui às sentenças declarativas que tomamos como premissas e conclusões, o chamado valor-verdade, que pode ser 0 ou 1, positivo ou negativo, V ou F. Jamais já uma terceira opção, no que se chama de [[Princípio do Terceiro Excluido]], junto com o princípio de identidade e o de não contradição um dos pilares da tríade que alicerça a Lógica Clássica. Tal princípio também é sintetizado na forma de adágio latino, muito usado em narrativas, ''Tertium non datur'' (literalmente: "uma terceira opção não é dada", "das duas uma", etc.).
 
É muito importante não confundir valor-verdade com validade. Valor-verdade (ser verdadeiro ou falso) é algo que qualquer sentença declarativa possui. "O céu está azul" ou bem é uma declaração verdadeira ou bem é uma declaração falsa. Não existe "meio verdadeiro", nem importa a intensidade (se o céu está muito azul ou levemente azul), se está azul, em algum grau, é verdadeira, e se não está, é falsa.

Validade refere-se não às sentenças, mas ao argumento. Um argumento dedutivo inválido, por exemplo, isto é, um argumento onde mesmo com premissas verdadeiras não se garanta a verdade da conclusão, pode-se encontrar de forma contingente uma conclusão verdadeira, basta que a sentença declarativa que figura como conclusão seja uma sentença verdadeira.

E ainda podemos ter uma argumento inválido com todas as premissas e conclusões verdadeiras. Bastam que todas as sentenças declarativas do argumento sejam verdadeiras, mas o encadeamento lógico entre elas não faz qualquer sentido em termos garantir a verdade da conclusão, que é verdadeira apenas por contingência, não por necessidade.

Tome-se uma argumento dedutivo válido (encadeamento lógico correto entre premissas e conclusão) na forma de um silogismo clássico (premissa maior, premissa menor, conclusão). Caso as duas premissas sejam verdadeiras, necessariamente a conclusão será verdadeira.

Mas se trocarmos de lugar a conclusão e a premissa menor, temos uma experiência interessante: o argumento torna-se inválido (a verdade das premissas não garante mais a verdade da conclusão), mas continua com todas as suas sentenças verdadeiras, o que mostra que se pode ter um argumento totalmente inválido, mas verdadeiro, bem como também podemos ter um argumento válido (encadeamento lógico correto, silogismo perfeito) cuja conclusão não seja necessariamente verdadeira (pode ser verdadeira ou falsa, e se for verdadeira não o é por necessidade), basta que uma das premissas seja falsa, lembrando que se todas as premissas de um argumento válido forem falsas isso não garante conclusão falsa, ou seja, a recíproca da premissa-verdadeira/conclusão-verdadeira não se verifica para premissa-falsa/conclusão-falsa.
 
Também podemos ter um argumento válido (encadeamento lógico correto, silogismo perfeito) cuja conclusão não seja necessariamente verdadeira (pode ser verdadeira ou falsa, e se for verdadeira não o é por necessidade), basta que uma das premissas seja falsa, lembrando que se todas as premissas de um argumento válido forem falsas isso não garante conclusão falsa, ou seja, a recíproca da premissa-verdadeira/conclusão-verdadeira não se verifica para premissa-falsa/conclusão-falsa.
 
Em função disso, as frases que apresentam um argumento são referidas como sendo verdadeiras ou falsas, e em consequência, são válidas ou são inválidas.
Linha 24 ⟶ 34:
 
== Argumentos dedutivos ==
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma verdade menos universal ou singular.

Esta forma de raciocínio é válida quando as suas premissas, sendo verdadeiras, fornecem provas evidentes para a sua conclusão. A sua principal característica é a necessidade, uma vez que nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o argumento deve ser considerado válido.

“Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é, quando as premissas e a conclusão estão de tal modo relacionados que é absolutamente impossível as premissas serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira” (COPI, 1978, p. 35).

Geralmente os argumentos dedutivos são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum conhecimento novo.

Como dissemos, a conclusão já está contida nas premissas. Ae a conclusão nunca vai além das premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela continua sendo o modelo de rigor dentro da lógica. Note que em todos os argumentos dedutivos a conclusão já está contida nas premissas.
 
1) Só há movimento no carro se houver combustível.