Maria da Escócia: diferenças entre revisões

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A rainha escocesa é uma das maiores rainhas de seu tempo, apesar das conspirações
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Maria havia pedido para ser enterrada na França, porém Isabel recusou a ideia.{{sfn|Fraser|1994|p=532}} Seu corpo foi embalsamado e deixado em um caixão de chumbo até seu enterro na Catedral de Peterborough, em um serviço protestante, no final de julho.{{sfn|Fraser|1994|pp=542, 546–547}}{{sfn|Weir|2008|p=509}} Seus intestinos haviam sido removidos durante o embalsamamento e foram secretamente enterrados no Castelo de Fotheringhay.{{sfn|Fraser|1994|p=541}}{{sfn|Guy|2004|p=9}} Seu corpo foi exumado em 1612 e reenterrado na [[Abadia de Westminster]] a mando de seu filho [[Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra|Jaime VI & I]], em uma tumba oposta a de Isabel.{{sfn|Guy|2004|p=504}}{{sfn|Weir|2008|p=509}} A tumba foi aberta em 1867 enquanto historiadores tentavam encontrar o local de enterro de Jaime; ele acabou sendo encontrado perto de Henrique VII, porém muito de seus descendentes, incluindo [[Isabel da Boémia|Isabel da Boêmia]], o príncipe [[Ruperto do Reno]] e os filhos da rainha [[Ana da Grã-Bretanha]], foram enterrados no mesmo túmulo de Maria.{{sfn|Fraser|1994|p=554}}
 
Avaliações de Maria no {{séc|XVI}} eram divididas entre reformistas protestantes como Jorge Buchanan e [[John Knox|João Knox]], que a difamaram sem piedade, a católicos como Adão Blackwood, que a defenderam e elogiaram.{{sfn|Guy|2004|pp=505–506}}{{sfn|Wormald|1988|pp=13–14, 192}} O historiador [[William Camden|Guilherme Camden]] escreveu uma biografia oficial a partir de documentos originais depois da ascensão de Jaime VI na Inglaterra. Ele condenou os trabalhos de Buchanan{{sfn|Guy|2004|p=505}} e "enfatizou a má sorte de Maria ao invés de seu mau caráter".{{sfn|Wormald|1988|p=14}} As interpretações diferentes perduraram no {{séc|XVIII}}: [[William Robertson (historiador)|Guilherme Robertson]] e [[David Hume]] afirmaram que as cartas do cofre eram genuínas e que a rainha era culpada de adultério e assassinato, porém Guilherme Tytler defendia o contrário.{{sfn|Wormald|1988|p=15}} O trabalho de [[Antonia Fraser]] na segunda metade do {{séc|XX}} foi aclamado como "mais objetivo ... livre dos excessos de bajulação ou ataque" que caracterizaram biografias anteriores,{{sfn|Wormald|1988|p=16}} com seus contemporâneos Gordon Donaldson e Ian B. Cowan também produzindo obras mais equilibradas.{{sfn|Wormald|1988|pp=17, 192–193}} A historiadora Jenny Wormald concluiu que Maria foi uma falha trágica que não conseguiu lidar com as exigências colocadas sobre ela,{{sfn|Wormald|1988|pp=188–189}} porém sua visão foi dissidente ao não dizer que a rainha era um peão nas mãos dos nobres do reino.{{sfn|Weir|2008|p=4}} Não existem provas concretas de sua cumplicidade na morte de Darnley ou participação em alguma conspiração com Bothwell. Tais acusações baseiam-se em presunções{{sfn|Fraser|1994|pp=269–270}}{{sfn|Guy|2004|p=313}}{{sfn|Weir|2008|p=510}} e a biografia de Buchanan é atualmente descreditada como "quase completamente fantasia".{{sfn|Fraser|1994|p=269}}{{sfn|Guy|2004|p=391}} A coragem de Maria durante sua execução ajudou a estabelecer sua imagem popular de uma vítima heroica em uma tragédia dramática.{{sfn|Guy|2004|p=502}}{{sfn|Weir|2008|pp=3–4, 509}} A rainha escocesa é uma das maiores rainhas de seu tempo, apesar das conspirações para tirar seu trono Maria foi firme e lidou com a situação de maneira exemplar.
 
== Árvore genealógica ==