Platão: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 47:
 
=== Primeira viagem à Sicília ===
Por volta de 388 a.C, Platão empreendeu sua primeira viagem a [[Sicília]].<ref name="PAVIANI20083">{{citar livro|autor=JAYME PAVIANI|titulo=Platão & a Educação|url=http://books.google.com/books?id=k7WCGWNNGXMC&pg=PA87|ano=2008|editora=Distribuidora Autentica LTDA|isbn=978-85-65381-95-6|página=87}}</ref> Em [[Taranto]], Platão conheceu os [[Escola pitagórica|pitagóricos]], e o mais proeminente e politicamente bem sucedido entre eles, o estadista [[Arquitas]], que o hospedou e protegeu. A mais famosa fonte da história do resgate de Platão por Arquitas está na ''Sétima Carta'', onde Platão descreve seu envolvimento nos incidentes de seu amigo Dion de Siracusa e [[Dionísio I de Siracusa|Dionísio I,]] o tirano de Siracusa,<ref name="Huffman2005">{{citar livro|autor=Carl Huffman|titulo=Archytas of Tarentum: Pythagorean, Philosopher and Mathematician King|url=http://books.google.com/books?id=2ietQ7tX8TEC&pg=PA3|data=23 de maio de 2005|editora=Cambridge University Press|isbn=978-1-139-44407-1|página=3}} {{en}}</ref> Platão esperava influenciar o tirano sobre o ideal do rei-filósofo (exposto em ''[[Górgias]]'', anterior à sua viagem), mas logo entrou em conflito com o tirano e sua corte; mas mesmo assim cultivou grande amizade com Díon,<ref name="Diniz">"O espetáculo da luxúria e da desordem que reinava nas cidades gregas reforça suas convicções, que ele consguiu comparilhar com um jovem importante, Dion, cunhado de Dionísio II, o tirano de Siracusa."{{citar livro|autor=PEIXOTO, Miriam Campolina Diniz|titulo=Filosofia e política|url=http://books.google.com/books?id=Oi0ETCQhljMC&pg=PA31|editora=LOYOLA|isbn=978-85-15-02935-8|página=31}}</ref> parente do tirano, asobre quem pensou que este pudesse ser um discípulo capaz de se tornar um rei-filósofo.<ref name="Giovanni2">{{citar livro|autor=REALE, Giovanni|titulo=História da filosofia grega e romana - Platão|url=http://books.google.com/books?id=BvRhFZdaqPMC&pg=PA8|editora=LOYOLA|isbn=978-85-15-03304-1|página=8}}</ref> Dionísio I se irritou-se tanto com Platão a ponto de vendê-lo como escravo{{Nota de rodapé|Ou fora forçado a desembarcar em Egina que se encontrava em Guerra com Atenas e Platão tenha sido detido como escravo}} a um embaixador espartano de [[Egina (ilha)|Egina]], felizmente tendo sido resgatado por Anicérides de Cirene, que estava em Egina,<ref>Diógenes Laércio, III, 20</ref> ou ainda, o navio em que retornava foi capturado por espartanos o que o fez ser mantido como um escravo.<ref>Eine Zusammenstellung der Quellenzeugnisse und gründliche Untersuchung bietet Konrad Gaiser: ''Der Ruhm des Annikeris''. In: Konrad Gaiser: ''Gesammelte Schriften'', Sankt Augustin 2004, S. 597–616. Siehe auch Hermann Breitenbach, ''Platon und Dion'', Zürich 1960, S. 15 f. {{de}}; Helmut Berve: ''Dion'', Wiesbaden 1957, S. 760; Karl Friedrich Stroheker: ''Dionysios I. Gestalt und Geschichte des Tyrannen von Syrakus'', Wiesbaden 1958, S. 105 {{de}}; William K. C. Guthrie: ''A History of Greek Philosophy'', Bd. 4, Cambridge 1975, S. 18 f.; Michael Erler: ''Platon'', Basel 2007, S. 50 f.; Alice Swift Riginos: ''Platonica'', Leiden 1976, S. 86–92. {{en}}</ref>
 
Este relatos sobre a primeira estadia em [[Siracusa]] são, em grande parte, controversos: os historiadores tradicionais consideram assim os detalhes do encontro entre Platão e o tirano, e a posterior ruptura com ceticismo.<ref>Karl Friedrich Stroheker, ''Dionysios I. Gestalt und Geschichte des Tyrannen von Syrakus'', Wiesbaden 1958, S. 100–105 {{de}}; Helmut Berve, ''Dion'', Wiesbaden 1957, S. 19 f. {{de}}; Kai Trampedach, ''Platon, die Akademie und die zeitgenössische Politik'', Stuttgart 1994, S.&nbsp;105. {{de}}</ref><ref name="Fine2008"/> Em todo caso, Platão teve contato com Dionísio e o resultado foi desfavorável para o filósofo já que sua sinceridade parece ter irritado o governante.<ref>Kai Trampedach: ''Platon, die Akademie und die zeitgenössische Politik'', Stuttgart 1994, S. 106; Michael Erler: ''Platon'', Basel 2007, S. 50; Alice Swift Riginos: ''Platonica'', Leiden 1976, S. 74–85. {{de}}</ref>