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Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas pelos franceses, na [[Batalha de Yorktown]], a Grã-Bretanha [[Tratado de Paris (1783)|reconheceu a independência]] dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território americano a oeste do [[rio Mississippi]].<ref name=EUAH>{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/historia-da-america/historia-eua.htm|titulo=Estados Unidos da América|autor=Brasil Escola|acessodata=14 de janeiro de 2011}}</ref> Uma [[Convenção de Filadélfia|convenção constitucional]] foi organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional forte, com poderes de tributação. A [[Constituição dos Estados Unidos]] foi ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro [[Congresso dos Estados Unidos|Senado]] e o primeiro [[Presidente dos Estados Unidos|presidente]] ([[George Washington]]) da Nova República.<ref name=EUA-history/> Em 1791 foi adotada a [[Carta dos Direitos dos Estados Unidos|''Bill of Rights'' (Declaração dos Direitos dos Cidadãos)]], que proíbe restrições federais das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.<ref name=enmiendas>{{citar web|url= http://www.america.gov/st/usg-spanish/2008/September/20080915145501pii0.1888391.html|título= Enmiendas a la Constitución comentadas|acessodata = 1-7-2010|data= 2008|língua= espanhol|obra= America.gov|autor= [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]]}}</ref>
 
As atitudes em relação à [[escravidão]] foram sendo alteradas; uma [[Artigo Primeiro da Constituição dos Estados Unidos da América|cláusula na Constituição]] protegia o comércio de escravos africanos apenas até 1808. Os estados do Norte aboliram a escravidão entre 1780 e 1804, deixando os estados escravistas do Sul como defensores dessa "instituição peculiar".<ref name=EUAH/> O [[Segundo Grande Despertar]], iniciado por volta de 1800, fez do [[evangelicalismo]] uma força por detrás de vários movimentos de [[Reformismo|reforma social]], entre as quais o [[abolicionismo]].<ref>{{citar web|url= http://iglesiapueblonuevo.es/historia.php?pagina=196|título= Dirigentes del Segundo Gran Despertar|acessodata= 1 de julho de 2010|data= |língua= espanhol|obra= Iglesia Pueblo Nuevo.es|autor= Iglesia Evangélica del Pueblo Nuevo}}</ref>
 
[[Imagem:U.S. Territorial Acquisitions.png|direita|350px|thumb|Expansão do território estadunidense por data]]
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{{Vertambém|Estados Unidos e as armas de destruição em massa}}
 
O presidente detém o título de [[comandante-em-chefe]] das forças armadas do país e nomeia seus dirigentes, o [[Secretário de Defesa dos Estados Unidos|secretário de defesa]] e o [[Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos|Chefe do Estado-Maior Conjunto]]. O [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]] administra as [[Forças Armadas dos Estados Unidos|forças armadas]], incluindo o [[Exército dos Estados Unidos|Exército]], [[Marinha dos Estados Unidos|Marinha]], [[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos|Corpo de Fuzileiros Navais]] e da [[Força Aérea dos Estados Unidos|Força Aérea]]. A [[Guarda Costeira dos Estados Unidos|Guarda Costeira]] é executada pelo [[Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos|Departamento de Segurança Interna]] em tempos de paz e pelo [[Departamento da Marinha dos Estados Unidos|Departamento da Marinha]] em tempos de guerra. Em 2008, as forças armadas tinham 1,4 milhões de pessoas na ativa. As Reservas da [[Guarda Nacional dos Estados Unidos da América|Guarda Nacional]] elevam o número total de tropas para 2,3 milhões. O Departamento de Defesa também empregou cerca de 700.000 civis, não incluindo empreiteiros.<ref>{{Citar web|url=http://www.airforce-magazine.com/MagazineArchive/Magazine%20Documents/2009/May%202009/0509facts_fig.pdf|título=The Air Force in Facts and Figures (Armed Forces Manpower Trends, End Strength in Thousands)|obra=Air Force Magazine |data=maio de 2009 |acessodata=9 de outubro de 2009}}</ref>
 
O serviço militar é voluntário, embora a [[conscrição]] possa ocorrer em tempos de [[guerra]] através do chamado Sistema de Serviço Seletivo. As forças estado-unidenses podem ser rapidamente implantadas pela grande frota de aviões de transporte da Força Aérea, onze porta-aviões ativos da Marinha e ''Marine Expeditionary Unit'' no mar com frotas da Marinha no Atlântico e no Pacífico. O país mantém 865 bases e instalações militares ao redor do mundo,<ref>{{Citar web|url=http://www.defenselink.mil/pubs/BSR_2008_Baseline.pdf|título=Base Structure Report, Fiscal Year 2008 Baseline|publicado=Department of Defense |acessodata=2009-10-09}}</ref> com pessoal destacado para mais de 150 países.<ref name=DoDStrength>{{Citar web|url=http://www.globalsecurity.org/military/library/report/2008/hst0803.pdf|título=Department of Defense Active Duty Military Personnel Strengths by Regional Area and by Country (309A) |data=2008-03-31|publicado=Global Policy Forum |acessodata=2009-10-09}}</ref>
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A aplicação da lei nos Estados Unidos é sobretudo da responsabilidade da polícia local e dos departamentos de [[xerife]]s, com polícias estaduais que prestam serviços mais amplos. As agências federais, como o [[Escritório Federal de Investigação]] (FBI) e os ''[[United States Marshals Service|U.S. Marshals Service]]'', têm funções especializadas.<ref>{{citar web|url=http://www.geomundo.com.br/sala-de-aula-10106.htm|título=Qual é a diferença entre o FBI e a CIA?|publicado=Geomundo|acessodata=28 de janeiro de 2011}}</ref><ref>{{citar web|url=http://pessoas.hsw.uol.com.br/us-marshal.htm|título=Como funciona a agência U.S. Marshals Service|publicado=HowStuffWorks|acessodata=28 de janeiro de 2011}}</ref> No nível federal e em quase todos os estados, a [[jurisprudência]] opera em um sistema de ''[[common law]]''. Tribunais estaduais julgam a maioria dos crimes; tribunais federais julgam certos crimes designados, bem como apelos de alguns sistemas estaduais.<ref>William Burnham, Introduction to the Law and Legal System of the United States, 4th ed. (St. Paul, MN: Thomson West, 2006), 41.</ref>
 
Entre os [[países desenvolvidos]], os Estados Unidos têm níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de [[homicídio]].<ref>{{Citar web|url=http://www.unodc.org/pdf/crime/eighthsurvey/8sv.pdf|título=Eighth United Nations Survey of Crime Trends and Operations of Criminal Justice Systems (2001–2002) |publicado=United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) |data = 2005-03-31|acessodata=2008-05-18}}</ref><ref>{{citar periódico|autores=Krug, E.G, K.E. Powell, and L.L. Dahlberg |data=abril de 1998 |título=Firearm-Related Deaths in the United States and 35 Other High- and Upper-Middle Income Countries |periódico=International Journal of Epidemiology |volume=7|número=2 |páginas=214–221 |url=http://ije.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/27/2/214 |doi=10.1093/ije/27.2.214 |pmid=9602401 |issn=0300-5771}}</ref> Em 2007, havia 5,6 homicídios por 100 mil pessoas,<ref name="Crime">{{Citar web|url=http://dsp-psd.pwgsc.gc.ca/Collection-R/Statcan/85-002-XIE/0110185-002-XIE.pdf|título=CRIME COMPARISONS BETWEEN CANADA AND THE UNITED STATES|autor=Maire Gannon|publicado=Juristat|acessodata=12 de janeiro de 2011}}</ref> três vezes a taxa do vizinho [[Canadá]].<ref name="Crime"/> A taxa de homicídios do país, que diminuiu 42% entre 1991 e 1999, permaneceu aproximadamente constante desde então.<ref name="Crime"/> O [[Segunda emendaEmenda daà Constituição dos Estados Unidos da América|direito de civis possuírem armas]] é objeto de um controverso debate político.<ref>Wilcox, Clyde; Bruce, John W. (1998). The changing politics of gun control. Lanham, Md: Rowman & Littlefield. pp. 1–4. ISBN 0-8476-8614-0. Veja outras boas fontes no artigo [[:en:Gun politics in the United States|Gun politics in the United States]]</ref>
[[Imagem:Washington DC FBI J. Edgar Hoover Building Brunswyk (2012). Edgar Hoover Building Brunswyk (2012) retouched.jpg|thumb|Sede do [[Escritório Federal de Investigação]] (FBI), em [[Washington, D.C.]]]]
 
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[[Imagem:Hollywood Sign.jpg|thumb|direita|O [[Sinal de Hollywood]], em [[Los Angeles]], [[Califórnia]], é um símbolo do [[Cinema dos Estados Unidos|cinema americano]].]]
 
A primeira exposição comercial de [[filme]] do mundo foi feita em [[Nova Iorque]] em 1894, usando o [[cinetoscópio]] de [[Thomas Edison]]. No ano seguinte foi feita a primeira exibição comercial de um filme projetado, também em Nova Iorque, e os Estados Unidos estavam na vanguarda do desenvolvimento do [[cinema sonoro]] nas décadas seguintes. Desde o início do {{séc|XX}}, a [[Cinema dos Estados Unidos da América|indústria cinematográfica americana]] tem sido largamente sediada nos arredores de [[Hollywood]], na [[Califórnia]]. O diretor [[D. W. Griffith]] foi central para o desenvolvimento da [[gramática cinematográfica]], e o filme ''[[Cidadão Kane]]'' (1941) de [[Orson Welles]] é frequentemente citado como o melhor filme de todos os tempos.<ref>{{citar web | url=http://www.filmsite.org/villvoice.html | título=''Village Voice'': 100 Best Films of the 20th century (2001) }} Filmsite.org; [http://www.bfi.org.uk/sightandsound/topten/poll/critics-long.html ''Sight and Sound'' Top Ten Poll 2002]. BFI. Retrieved on 2007-06-19.</ref> Atores cinematográficos americanos como [[John Wayne]] e [[Marilyn Monroe]] se tornaram figuras icónicas, enquanto o produtor/empresário [[Walt Disney]] foi um líder em [[Animação|filmes animados]] e de ''[[merchandising]]''. Os grandes estúdios cinematográficos de Hollywood têm produzido os filmes de maior sucesso comercial da história, como ''[[Star Wars]]'' (1977) e ''[[Titanic (1997)|Titanic]]'' (1997), e os produtos de Hollywood hoje dominam a indústria cinematográfica mundial.<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/bpi/eng/unescopress/2000/00-120e.shtml |título=World Culture Report 2000 Calls for Preservation of Intangible Cultural Heritage |data=2000-11-17 |publicado=UNESCO |acessodata=2007-09-14}} {{Citar web|url=http://www1.worldbank.org/economicpolicy/globalization/thwart.html |arquivourl=http://web.archive.org/web/20071017111347/http://worldbank.org/economicpolicy/globalization/thwart.html |arquivodata=2007-10-17 |título=Summary: Does Globalization Thwart Cultural Diversity? |publicado=World Bank Group |acessodata=2007-09-14}}</ref>
 
Os americanos são os maiores espectadores de [[televisão]] do mundo,<ref>{{Citar web|url=http://www.nationmaster.com/graph/med_tel_vie-media-television-viewing |título=Media Statistics > Television Viewing by Country |publicado=NationMaster |acessodata=2007-06-03}}</ref> e o tempo médio de visualização continua a aumentar, chegando a cinco horas por dia em 2006.<ref>{{Citar web|url=http://www.emarketer.com/Article.aspx?R=1005003 |título=Broadband and Media Consumption |data=2007-06-07|publicado=eMarketer |acessodata=2007-06-10}}</ref> As quatro grandes redes de televisão do país são todas entidades comerciais. Americanos ouvem programas de rádio, também largamente comercializado, em média, pouco mais de duas horas e meia por dia.<ref>{{Citar web|url=http://www.emarketer.com/Article.aspx?R=1004830 |título=TV Fans Spill into Web Sites |data=2007-06-07|publicado=eMarketer |acessodata = 2007-06-10}}</ref> Além de [[Portal (internet)|portais]] e [[Motor de busca|motores de busca]], os sites mais populares no país são o [[Facebook]], [[YouTube]], [[Wikipédia]], [[Blogger]], [[eBay]], [[Google]] e [[Craigslist]].<ref name="alexa-topsitesus">{{Citar web|url=http://www.alexa.com/topsites/countries/US |título=Top Sites in United States |ano=2010 |publicado=Alexa |acessodata=2010-03-27}}</ref>
 
Os estilos rítmicos e vocais da [[música negra]] americano influenciaram profundamente a [[Música dos Estados Unidos da América|música americana]] em geral, distinguindo-a das tradições europeias. Elementos da [[música folclórica]], como o ''[[blues]]'' e o que é agora conhecido como ''[[old-time music]]'', foram aprovadas e transformadas em [[Música popular|gêneros populares]] com público global. O ''[[jazz]]'' foi desenvolvido por artistas inovadores, tais como [[Louis Armstrong]] e [[Duke Ellington]] no início do {{séc|XX}}. A [[música country]] foi desenvolvida na década de 1920, e o ''[[rhythm and blues]]'' na década de 1940. [[Elvis Presley]] e [[Chuck Berry]] foram um dos pioneiros do ''[[rock and roll]]'' em meados dos anos 1950. Em 1960, [[Bob Dylan]] surgiu a partir do ''[[american folk music revival]]'' para se tornar um dos compositores mais célebres do país e [[James Brown]] liderou o desenvolvimento do ''[[funk]]''. Mais recentes criações musicais americanas incluem o ''[[rap]]'' e a ''[[house music]]''. Astros ''[[Música pop|pop]]'' americanos como Elvis Presley, [[Michael Jackson]] e [[Madonna]] tornaram-se celebridades globais.<ref>Biddle, Julian (2001). ''What Was Hot!: Five Decades of Pop Culture in America''. New York: Citadel, p. ix. ISBN 0-8065-2311-5.</ref>
 
=== Literatura, filosofia e artes ===
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[[Imagem:Times Square 1-2.JPG|thumb|direita|[[Times Square]] em [[Nova Iorque]], parte do [[Teatro Broadway|distrito de teatros da Broadway]], sede dos famosos [[teatro musical|musicais teatrais]].]]
 
Um dos primeiros promotores principais do [[Teatro dosnos Estados Unidos da América|teatro americano]] foi o empresário [[P. T. Barnum]], que começou um complexo de entretenimento em [[Manhattan]] em 1841. A equipe de [[Edward Harrigan|Harrigan e Hart]] produziu uma série de comédias [[Teatro musical|musicais]] populares em [[Nova Iorque]] no final dos anos 1870. No {{séc|XX}}, a forma moderna de musicais surgiu na [[teatro da Broadway|Broadway]], as canções de compositores de teatro musical, como [[Irving Berlin]], [[Cole Porter]] e [[Stephen Sondheim]], tornaram-se padrões pop. O dramaturgo [[Eugene O'Neill]] ganhou o [[Prêmio Nobel de literatura]] em 1936.<ref>{{citar web|url=http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=7856|título=Hoje na História: 1953 - Morre Eugene Gladstone O'Neill, dramaturgo norte-americano|autor=Max Altman|data=27 de novembro de 2010|publicado=Opera Mundi|acessodata=27 de janeiro de 2011}}</ref> Outros dramaturgos americanos aclamados incluem vários vencedores do [[Prêmio Pulitzer]] como [[Tennessee Williams]], [[Edward Albee]] e [[August Wilson]].<ref>{{citar web|url=http://www.pulitzer.org/bycat/Drama |título=Prêmio Pulitzer - Drama |lingua=en|publicado=pulitzer.org |acessodata=28/01/2011}}</ref>
 
Apesar de largamente ignorado na época, o trabalho de [[Charles Ives]] na década de 1910 estabeleceu-o como o primeiro grande compositor americano na tradição clássica; outros experimentalistas, tais como [[Henry Cowell]] e [[John Cage]], criaram uma abordagem americana de composição clássica. [[Aaron Copland]] e [[George Gershwin]] desenvolveram uma síntese única de [[música popular]] e [[Música clássica|clássica]]. As coreógrafas [[Isadora Duncan]] e [[Martha Graham]] ajudaram a criar a [[dança moderna]], enquanto [[George Balanchine]] e [[Jerome Robbins]] eram líderes no [[balé]] do {{séc|XX}}. Os americanos têm sido importantes no meio artístico da [[fotografia]] moderna, com grandes fotógrafos, incluindo [[Alfred Stieglitz]], [[Edward Steichen]] e [[Ansel Adams]]. As [[tirinha]]s de jornais e os ''[[comics]]'' são inovações americanas. [[Superman]], o [[super-herói]] dos quadrinhos por excelência, tornou-se um ícone americano.<ref>{{citar livro |último =Daniels |primeiro =Les |autorlink =Les Daniels |ano=1998 |título=Superman: The Complete History |página=11 |edição=1st |publicado=[[Titan Books]] | isbn=1-85286-988-7}}</ref>