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Surgida em 2006, remete à experiência da chamada imprensa alternativa, que vingou no país devido à desconfiança que muitas pessoas, especialmente jornalistas, passaram a nutrir em relação às empresas jornalísticas após o período de censura do [[Regime Militar]].
 
==== Contexto histórico ====
A ascensão da Blogosfera Progressista pode ser explicada por um conjunto de fatores que estimularam o processo de polarização do jornalismo, que não é exclusivo do Brasil. Diversos países da [[América Latina]] elegeram, no início deste século, governos alinhados ideologicamente à esquerda,  em um fenômeno conhecido como “virada à esquerda”. Esse fenômeno alterou os padrões de relacionamento entre governos e empresas de mídia, tendo em vista que nos países latino-americanos os meios de comunicação historicamente tem relações estreitas com as elites da região.
 
Assim, como regra geral, essa imprensa tem uma perspectiva orientada para a elite. Com a chegada ao poder de grupos historicamente  marginalizados, diversas tensões emergiram entre imprensa e governo.
 
No Brasil, a virada à esquerda se deu com a eleição de [[Luiz Inácio Lula da Silva]] em 2003, pelo [[Partido dos Trabalhadores|Partido dos Trabalhadores (PT)]]. A imprensa passou adotar um papel ativo de oposição ao governo do PT a partir do escândalo do [[Escândalo do Mensalão|Mensalão]], que denunciou atos de corrupção de membros do governo. A Blogosfera Progressista ganhou importância na medida em que inúmeras críticas eram feitas a cobertura jornalística da grande imprensa, acusada de ser parcial e contrária ao PT.
 
==== Blogueiros ====
Os professores Afonso de Albuquerque e Eleonora Magalhães estabeleceram categorias para melhor compreender quem são os integrantes da Blogosfera Progressista, entendida por eles como um “grupo assaz heterogêneo”. A Blogosfera Progressista pode ser dividida em duas, de acordo com quem é o responsável pelo blog ou portal:
 
* Páginas de blogueiros que atuam sozinhos ou que contam com poucos colaboradores, os quais se subdividem entre jornalistas, ativistas, políticos e intelectuais;
* Páginas mais institucionalizadas, alimentadas por muitos agentes, que se subdividem entre sites institucionais (ligados a partidos políticos de esquerda ou movimentos sociais) e veículos noticiosos progressistas.
 
==== Financiamento ====
De maneira geral, os blogueiros reivindicam formas de financiamento e responsabilizam o Estado como seu fomentador, devendo este “adotar políticas que incentivem a diversidade e a pluralidade, conforme previsto na Constituição” (AZENHA, 2013). É possível identificar três tipos de posicionamento na  Blogosfera Progressista em relação a financiamento:
 
* Blogs que não aceitam verbas do governo federal, empresas ou estatais (apesar de reivindicarem o incentivo para os demais);
* Blogs custeados por edital público, publicidade pública ou empresas privadas;
* Blogs mantidos por entidade política.
 
==Mídia das fontes==