Márcio Moreira Alves: diferenças entre revisões

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É lembrado como o provocador do [[AI-5]],<ref>José Maria Mayrink, ''Mordaça no'' Estadão, O Estado de S. Paulo, 2008, pág. 36</ref> ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] em que convocava um boicote às comemorações do [[Dia da Independência do Brasil]]<ref name="mordaça no estadão" /> e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do [[Exército]].<ref>Maria Fernanda Lopes Almeida, Veja ''sob Censura'', Jaboticaba, São Paulo, 2008, pág. 86</ref> Em função do tom, considerado radical, de seu discurso, o Ministro da Justiça, à época, enviou à [[Câmara de Deputados]] um pedido de autorização para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado. A represália do governo foi violenta e em [[13 de dezembro]] de [[1968]], foi editado o [[Ato Institucional Número Cinco]], considerado o mais duro [[ato institucional]] editado durante o [[Regime Militar no Brasil]].<ref name="terra">{{Citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/ex-deputado-federal-marcio-moreira-alves-morre-no-rio,29493e232cb4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html |título=Ex-deputado federal Marcio Moreira Alves morre no Rio |língua= |autor= |obra=Terra |data= |acessodata=11 de abril de 2016}}</ref> Márcio teve o mandato imediatamente cassado pelo AI-5 e deixou clandestinamente o país ainda em dezembro de [[1968]], se exilando no [[Chile]], onde ficou até 1971. Em [[1971]], foi para [[Paris]], na [[França]], onde se doutorou pela Fundação Nacional de Ciências Políticas de Paris. Em [[1974]], mudou-se para [[Lisboa]], em [[Portugal]], onde ficou até [[1979]]. Com a chegada da [[Lei da Anistia]], em [[1979]], Márcio voltou ao Brasil e passou a colaborar, até [[1986]], com o jornal ''[[Tribuna da Imprensa]]''.<ref>https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/marcio_moreira_alves</ref>
 
Com o fim do sistema [[Bipartidarismo|bipartidário]] e as posteriores reformulações partidárias, filiou-se ao PMDB, sucessor do antigo MDB, e concorreu a uma vaga de Deputado Federal pelo Rio de Janeiro em novembro de 1982, ficando como suplente. Entre 1982 e 1986, assessorou [[Luís Carlos Bresser Pereira]] durante o período em que Bresser era presidente do [[Banco do Estado de São Paulo]] e no período em que Bresser era secretário de governo de São Paulo. Em [[1987]], foi subsecretário de relações internacionais do estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], durante o governo de [[Wellington Moreira Franco]]. Deixou a vida pública em 1990, quando se desligou do PMDB e passou a se dedicar ao jornalismo.<ref>https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/marcio_moreira_alves</ref> Foi comentarista da [[Rede Manchete]] e colunista no jornal ''[[O Globo]]'' até 2008, quando se afastou das funções por problemas de saúde, devido a um [[acidente vascular cerebral]] que havia sofrido em outubro de 2008.
 
Márcio Moreira Alves morreu em 03 de abril de 2009, aos 72 anos, depois de 5 meses em que estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos e de uma insuficiência renal e respiratória.<ref name="estadão">{{Citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,aos-72-anos-morre-o-ex-deputado-federal-marcio-moreira-alves,349758 |título=Aos 72 anos, morre o ex-deputado federal Márcio Moreira Alves |língua= |autor= |obra=Estadão |data= |acessodata=11 de abril de 2016}}</ref>