Chita (tecido): diferenças entre revisões

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Turner, A comparative Dictionary of the Indo-Aryan Languages, Banaras, 1999; Sebastião Rodolpho Dalgado, Glossário Luso-Asiático, Coimbra, 1919-22; Maria Emília Madeira Santos, ‘A Carreira da Índia e o Comércio Intercontinental da Manufacturas’, A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos — Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa (Angra do Heroísmo, 7 a 11 de Junho de 1996), Angra do Heroísmo, 1999.
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As características principais são: cores primárias e secundárias em massas chapadas que cobrem totalmente a trama, tons vivos, grafite delineando os desenhos, e a predominância de uma cor. As cores intensas servem, não só para embelezar o tecido, mas também para disfarçar suas irregularidades na época, como eventuais aberturas e imperfeições.
 
O nome '''chita''' vem do sânscrito chintzcitra [http://www(pronunciado chitra, i.acasa e.org.br/evento.php?modo=exposicoes&id=53] txitra), "desenho, pintura, imagem", através do neo-árico chit, que em inglês deu chint, no plural chintz, com o mesmo significado, e surgiu na Índia medieval e conquistou europeus, antes de se popularizar no Brasil.
 
== Chintz ==
[[Ficheiro:toile.jpg|200px|thumb]]
Chintz Chita era originariamente um tecido estampado produzido na Índia dedesde 1600épocas muito recuadas; os portugueses começaram a 1800importar chitas da Índia, c. 1518, para as reexportar para a costa africana e para o Brasil. Entre 1600 e 1800 a chita (importada sobretudo do porto de Maçulipatão (Macchilapattanam), na costa oriental da Península hindustânica, tornou-se bastante popular na Europa como roupa de cama e para patchwork. Por volta de 1600, os mercadores portugueses e holandeses levaramcomeçaram a chintzlevar quantidades apreciáveis de chita para a Europa. Esses tecidos eram ainda extremamente caros e raros. Por volta de 1680 mais de 1 milhão de peças de chintzchita eram importadas para a Inglaterra por ano, e uma quantidade similar seguia para a França e Holanda.
 
Com a chintzchita importada se tornando popular entre os europeus no fim do século XVII, havia preocupação por parte das tecelagens francesas e inglesas, uma vez que não produziam chintzchitas. Em 1686 conseguiram que a França proibisse a importação deste tecido. Em 1720 o parlamento inglês proibiu não só a sua importação bem como o seu uso.
 
Os produtores europeus fizeram várias tentativas de imitação dos padrões de chintzchita, sendo um dos resultados mais conhecidos a estampa francesa [[toile de Jouy]] (foto à direita).
 
== História da chita no Brasil ==
 
A chita veio para o Brasil com os europeus a partir dedo 1800século XVI. O tecido originário da Índia passou por várias melhorias até chegar ao que temos hoje. Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida também no Brasil. A produção do tecido no país o barateou, e muito, tornando populares as peças confeccionadas com o material, transformando-o, assim, em um dos ícones da identidade nacional. [http://www.portaisdamoda.com.br/glossario-moda~tecido+chita.htm] Atualmente é mais usado em festas populares, como a festa junina, mas vem sendo valorizado também na decoração, principalmente como referência estética. De tempos em tempos, ganha espaço em passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos, quando estilistas, artistas plásticos, designers e outros criadores redescobrem estas estampas e as incorporam a suas produções.
 
=== O século das chitas ===