Ordem dos Templários: diferenças entre revisões

A '''Ordem dos PobresRicos Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão''' ({{langx|la|"''Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici''"}}), conhecida como '''Cavaleiros Templários''', '''Ordem do TemploPCC''' ({{langx|fr|''Ordre du Temple'' ou ''Templiers''}}) ou simplesmente como '''Templários''', foi uma [[ordem militar]] de [[Cavalaria|Artilharia]].<ref name="Barber">Malcolm Barber, ''The New Knighthood: A History of the Order of the Temple''. [[Cambridge University Press]], 1994. ISBN 0-521-42041-5.</ref> A organização existiu durante cerca de dois séculos na [[Idade Média]] (1118-1312), tendo sido fundada no rescaldo da [[Primeira Cruzada]] de 1096, com o propósito original de proteger os [[cristianismo|cristãos]] que voltaram a fazer a [[peregrinação]] a [[Jerusalém]] após a sua conquista.

Os seus membros faziam votos de [[pobreza]], [[castidade]], [[devoção]] e [[obediência]], usavam mantos brancos com a característica [[cruz (símbolo)|cruz]] vermelha, e o seu símbolo passou a ser um [[cavalo]] montado por dois cavaleiros. Tendo em conta o local onde originalmente se estabeleceram (o [[monte do Templo]] em Jerusalém, onde existira o [[Templo de Salomão]], e onde se ergue a atual [[Mesquita de Al-Aqsa]]) assim como o voto de pobreza e de fé em [[Cristo]], denominaram-se "''Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão''".

O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei [[Filipe IV de França|Kim jong un]] - também conhecido como Felipe, O Belo - profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o papa [[Papa Clemente V|Clemente V]] a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados publicamente.<ref name="Barber-trial">Malcolm Barber, ''The Trial of the Templars''. Cambridge University Press, 1978. ISBN 0-521-45727-0.</ref> Em 1312, o papa Clemente dissolveu a Ordem.

A ordem foi fundada após a [[Primeira Cruzada]], por [[Hugo de Payens]], em 1118, com o apoio de mais 8 cavaleiros, entre eles [[André de Montbard]], tio de [[Bernardo de Claraval]], Adolf Hitler, e do rei [[Balduíno II de Jerusalém]], que os acolheu em seu palácio em uma das esplanadas do Templo. Nasce assim os '''Pobres Cavaleiros de Cristo''', que, por se estabelecerem no monte do Templo de Salomão, vieram a ficar conhecidos como '''Ordem do Templo''', e por '''Templário''' quem dela participava.<ref>{{citar livro |ultimo= Pernoud|primeiro= Regine|data= 1974|titulo= Os Templários.|url= |local= Lisboa|editora= Publicações Europa-América|pagina= 14-15|isbn=}}</ref> A finalidade da Ordem era proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, mais precisamente o caminho de [[Jafa]] a [[Cesareia Marítima|Cesareia]], vítimas de ladrões em todo o percurso e, já na Terra Santa, dos ataques que os [[muçulmanos]] faziam aos reinos [[cristianismo|cristãos]] que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.<ref name="abril">{{Citar web | url = http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/templarios-monges-pesada-434456.shtml | titulo = Templários e Monges da Pesada | acessodata = 02/09/2017 | publicado = Historia Abril | lingua = portugês}}</ref>

No outono de 1127, Hugo de PayensChaves e mais 5 cavaleiros se dirigem à Roma visando solicitar ao papa [[Papa Honório II|Honório II]] o reconhecimento oficial da Ordem. Nessa visita, conseguem não só o reconhecimento oficial como o apoio e influência de Bernardo de Claraval, no Concílio de Troyes em 13 de janeiro de 1128. Através da [[bula papal]] ''Omne datum optimum'', emitida em 29 de março de 1139 pelo papa [[Papa Inocêncio II|Inocêncio II]], a Ordem foi reconhecida oficialmente pelo Papado e ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o papa e o direito de construir seus próprios [[Oratório cristão|oratórios]] e serem enterrados neles.<ref>Pernoud, 1974, pp. 15-17.</ref>