Reconquista: diferenças entre revisões
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== A revolta ==
[[Imagem:Don Pelayo.jpg|thumb|esquerda|100px|Estátua de [[Pelágio das Astúrias]]]]▼
Antes de 750, os soldados berberes, que se acantonavam nas terras mais ao [[norte]], revoltaram-se contra os árabes: estes eram pouco numerosos e chamaram tropas [[síria]]s, que dominaram a revolta. Em 718, [[Pelágio das Astúrias|Pelágio]], chefe dos [[visigodos]], aproveita a desorganização muçulmana e dá início a um processo de reconquista dos territórios hispânicos, que iria durar cerca de seis ou sete séculos.
Não se sabe muito sobre Pelágio: o nome não é [[godos|gótico]]: os autores de pequenas crónicas escritas pelo fim do [[século IX]] e [[século X|no X]] procuram relacioná-lo com os antigos [[Lista de reis visigodos|reis visigodos]], para estabelecerem uma relação entre os guerrilheiros montanheses e a «restauração» do [[cristianismo]] em [[Espanha]]. Um escritor [[Árabes|árabe]] [[coevo]] diz que se tratava de um [[galegos|galego]]. Um historiador moderno supõe que seria um [[Servidão|servo]] que se conseguiu impor aos companheiros no período de crise que seguiu a queda da [[monarquia]]; um outro considera-o um nativo das [[Astúrias]]; outros autores consideram que Pelágio era [[duque da Cantábria]], parente, segundo a tradição, do rei [[Rodrigo]].
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== A oportunidade ==
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Os cristãos esperavam esses combates na esperança de um avanço na reconquistas cristã, e encontravam nas montanhas das Astúrias um campo propício. Delas desceu um dia um grupo de godos, capitaneados pelo referido Pelágio, que infligiria aos sarracenos uma formidável derrota na [[Batalha de Covadonga|batalha de Cangas de Onís]] (cerca de 722), e que seria o primeiro elo dessa cadeia de combates que, prolongando-se através de quase oito séculos, fez recuar o [[Alcorão]] para as praias de [[África]] e restituiu a Península ao [[cristianismo]].
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== Os reinos cristãos ==
{{Artigo principal|[[Tabela cronológica dos reinos da Península Ibérica]]}}
[[Imagem:pt-Reconquista2.jpg|thumb|esquerda|350px|Mapa da evolução da conquista cristã.]]▼
O primeiro [[Monarquia|reino]] cristão foi o das [[Reino das Astúrias|Astúrias]], fundado por [[Pelágio das Astúrias|Pelágio]], e mais tarde o [[Reino de Leão]]. Nos princípios do século X, a [[província]] de [[Navarra]] tornou-se independente, formando o [[Reino de Navarra]].
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Porém, já no [[século X]], as discórdias entre os chefes cristãos enfraqueceram o reino, e [[Almançor]] tomou a ofensiva destruindo [[Leão]], a capital, e reduzindo o reino cristão ao último extremo.
▲[[Imagem:pt-Reconquista2.jpg|thumb|esquerda|350px|Mapa da evolução da conquista cristã.]]
No século XI, [[Sancho Garcês III de Pamplona|Sancho de Pamplona]], rei de Navarra, anexou o [[condado de Castela]] e, por sua morte, os seus estados foram divididos pelos três filhos, sendo nessa altura os condados de [[Reino de Aragão|Aragão]] e de [[Reino de Castela|Castela]] elevados à categoria de reinos. O reino de Castela coube a [[Fernando I de Leão e Castela|Fernando I, o Magno]], mas este em breve se apoderou também do reino de Leão.
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Portugal, especialmente, viria a beneficiar das [[Cruzada]]s em trânsito para o [[Médio Oriente]], tendo estas desempenhado um [[Cruzada#As Cruzadas na conquista de Portugal|papel importantíssimo]] na tomada de algumas cidades portuguesas e subsequente expansão, bem como na fundação do próprio [[Lista de reis de Portugal|Reino de Portugal]].
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[[Imagem:La Rendición de Granada - Pradilla.jpg|thumb|direita|300px|Granada — entrega das chaves da cidade pelo próprio rei [[Boabdil]] à rainha [[Isabel I de Castela]].]]
Em 1492, com a [[Guerra de Granada|conquista do reino de Granada]], a Reconquista chegava ao fim. Já os reinos da [[Reino da Galiza|Galiza]], [[Reino de Leão|Leão]], [[Reino de Castela|Castela]], Navarra e [[Reino de Aragão|Aragão]] iniciavam uma relativa unificação ao possuir um único rei (embora mantendo a autonomia económica, administrativa e comercial), que posteriormente recebeu o nome de reino de [[Espanha]]. Juntamente com o reino independente de [[Portugal]], debatiam-se estes dois [[Estado]]s pelas conquistas marítimas. Ainda com o apoio da [[Igreja Católica|Igreja]], ambos os reis estavam agora de olhos postos no [[Norte de África]], nas praças comerciais de renome, como [[Ceuta]] e [[Tânger]], sob o pretexto da cristianização. Caminhava-se, paralelamente, para a fase inicial dos [[Descobrimentos]].
== Ver também ==▼
* [[Reino das Astúrias]]▼
* [[História de Portugal]] e [[História de Espanha|Espanha]]▼
* Listas de reis: [[Lista de reis das Astúrias|Astúrias]], [[Lista de reis da Galiza|Galiza]], [[Lista de reis de Navarra|Navarra]], [[Anexo:Lista de reis de Castela|Castela]], [[Lista de reis de Leão|Leão]], [[Lista de reis de Aragão|Aragão]], [[Lista de reis de Portugal|Portugal]]▼
* [[Tabela cronológica dos reinos da Península Ibérica]]▼
* [[Decreto de Alhambra]]▼
{{Referências}}
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* Villegas-Aristizabal, Lucas, 2004, "Algunas notas sobre la participación de Rogelio de Tosny en la reconquista ibérica", ''Estudios Humanísticos'' 3, pp. 263–74. https://buleria.unileon.es/bitstream/handle/10612/1104/EHH3-10.pdf?sequence=1
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▲== Ver também ==
▲* [[Reino das Astúrias]]
▲* [[História de Portugal]] e [[História de Espanha|Espanha]]
▲* Listas de reis: [[Lista de reis das Astúrias|Astúrias]], [[Lista de reis da Galiza|Galiza]], [[Lista de reis de Navarra|Navarra]], [[Anexo:Lista de reis de Castela|Castela]], [[Lista de reis de Leão|Leão]], [[Lista de reis de Aragão|Aragão]], [[Lista de reis de Portugal|Portugal]]
▲* [[Tabela cronológica dos reinos da Península Ibérica]]
▲* [[Decreto de Alhambra]]
{{História militar de Portugal}}
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