Mata Hari: diferenças entre revisões

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Dançarina exótica e cortesã
Espiã
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Em 1914 eclodiu a Primeira Guerra Mundial e a comoção tomou conta da Europa. Naquele ano, ela estava atuando em Berlim, onde tinha como amante o chefe de polícia local, que a contatou com um homem-chave: Eugen Kraemer, cônsul alemão em Amsterdã e chefe da inteligência alemã.
 
No ano seguinte, voltou para a Holanda, mas o trem da vida a que se acostumou estava afundando. No meio da crise, e parecendo mais velha para continuar seu trabalho como dançarina, ela aceitou que Kraemer pagasse suas dívidas em troca de informações. Assim ela tomou sua terçaterceira identidade, a do agente H-21, māo dereitadireita das forças prussianas.
 
De volta a Paris, conheceu o capitão Georges Ladoux, oficial da contra-espionagem francesa. Embora o militar não tivesse muita confiança nela, ele a usou para obter informações sobre as forças prussianas. Com certeza de sua atividade de espionagem em favor do inimigo, Ladoux posteriormente decidiu mantê-la secretamente guardada.
 
Em 1916, ela se apaixonou por Vadim Maslov, um jovem oficial russo de 23 anos que estava a serviço da França, e que foi seriamente ferido na frente da francesa, perdendo um olho. Ela foi até as autoridades francesas lideradas pelo Capitão Ladoux para conseguir um visto especial para o trânsito pelo território em guerra, o que era necessário para visitar suaseu amante no hospital de campanha onde ele estava. Sabe-se que ela aceitou o pedido feito por Ladoux para espionar para a República Francesa o embaixador alemão em Madri quando sua amante havia proposto, mas não foi muito útil. De fato, acredita-se que esta foi uma armadilha que Ladoux tendeu a ela para provar que era umuma espiãoespiã e entregá-la às autoridades francesas.
 
Durante a sua estadia na frente, foi abordada pelos alemães que lhe ofereceram dinheiro em troca de revelar os segredos que ela sabia sobre os franceses, ela aceitou, mas deu apenas informações triviais.
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{{cita|Uma rameira? Sim, mas uma traidora - jamais!| Frase atribuída a Mata Hari durante o julgamento}}
 
Foi condenada por espionagem e traição sem provas conclusivas e baseadas em hipóteses não comprovadas que hoje (ãoao início do século vinte e um) seria insustentável em um julgamento modernamoderno. De fato, uma associação de sua cidade pediu ao Ministério da Justiça da França uma revisão póstuma do caso, mas este pedido não foi atendido.
 
Foi executada por um pelotão de fuzilamento na fortaleza de Vincennes em 15 de outubro de 1917. A lenda sustenta de que o esquadrão teve que usar vendas para evitar que eles sucumbissem ao seu charme. No entanto, os fatos comprovados são que ela se recusou a ter os olhos enfaixados e que a atarem ao poste, que lhe lançou um beijo de despedida a seus executores e que, dos 12 soldados que constituíram o pelotão de fuzilamento, apenas quatro tiros a atingiram: duasdois em suas pernas e duasdois em seu peito, umaum delasdeles atingiuatingindo seu coração, causando sua morte instantânea. O comandante, como foi organizado nestes casos, aproximou-se dela e deu-lhe um tiro de graça no templo para ter certeza de que ela morresse. A notícia correu pelo mundo. Na verdade, há uma narrativa jornalística escrita pelo jornalista britânico Henry Wales que detalha esse dramático momento, descrevendo a expressão de seu rostrorosto, a maneira como caiu e a disposição final de seu corpo no chão.
 
[[Ficheiro:The Execution of Mata Hari in 1917.jpg|thumb|center|400px|<center>A execução de Mata Hari, 1917</center>]]
 
Seu corpo, que não foi sepultado, foi dissecado e usado para as aulas de anatomia dos alunos da Faculdade de Medicina Francesa, como foi feito com aqueles executados na época, mas sua cabeça, embalsamada, permaneceu no Museu de Criminosos da França até 1958, ano em que desapareceu, supostamente roubadoroubada por um admirador.
 
== Execução ==