Casa da Calçada (Amarante): diferenças entre revisões

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Foi mais tarde adquirida e reconstruída pela família Pereira do Lago. Serviu de ponto de encontro para políticos e intelectuais, já no séc. XX. Em [[2001]], ficou recuperado na sua totalidade e, em [[Novembro]] de [[2003]], passou a integrar a conceituada cadeia de hotéis Relais & Châteaux.
 
História da Casa da Calçada
==Ver também==
 
*[[Amarante (Portugal)|Amarante]]
Em 1473, os Condes de Redondo recebem por doação o Concelho de Gouveia de Riba Tâmega, sendo o seu foral atribuído em 1513 pelo Rei D. Manuel.
 
Durante o primeiro quartel do século XVI inicia-se a construção da torre de defesa da Ponte de Amarante, destinada a cobrar portagem, e dos Palácios dos Condes do Redondo, o do Paço e o da Casa da Calçada.
 
Numa representação topográfica da antiga Ponte de Amarante, que ruiu em Fevereiro de 1763, figura a Casa da Calçada.
 
Aquando da Segunda Invasão Francesa, em Abril de 1809, instalam-se na Casa da Calçada os comandos Português e Inglês, tendo a sua localização estratégica, contribuído para o sucesso decisivo das tropas do General Francisco da Silveira e do Marechal General Wellesley. No entanto a Casa acabaria incendiada devido aos bombardeamentos das tropas napoleónicas lideradas pelo Marechal Soult.
 
No século XIX, durante a década de 20, a Casa da Calçada é comprada pela família Lago Cerqueira, que realizou as obras de recuperação do edifício principal e anexos. Posteriormente, um ilustre descendente, António do Lago Cerqueira, após o segundo incêndio que a Casa sofre em 1916, recupera a Casa da Calçada, mantendo a sua traça barroca, associando contudo elementos do neoclassicismo do início do século XX.
 
António do Lago Cerqueira, foi o primeiro Presidente da Câmara de Amarante, logo após a implantação da República Portuguesa, em 1910. Destacou-se como político, tornando-se amigo de Afonso Costa, Bernardino Machado e António Maria da Silva, e desempenhou o cargo de deputado, chegando a ser Ministro do Trabalho e dos Negócios Estrangeiros.
 
Posteriormente abandona Portugal por razões políticas e vai para Paris onde frequenta o Curso de Viticultura e Vinificação do Institut National Agronomique, onde fez algumas palestras. É da sua autoria a conferência “Les vins du Portugal - Le vin de Porto” em 1929.
 
Amnistiado em 1932, regressa à Casa da Calçada, onde inicia a produção dos Vinhos e Aguardentes das Caves da Calçada, que atingem grande sucesso sendo inclusivamente exportados para o Brasil e para as Colónias Ultramarinas Portuguesas.
 
Durante a Segunda Grande Guerra, a Casa da Calçada recebe, ilustres exilados, como a princesa austríaca Steinberg, e outros amigos da época vivida em Paris. António do Lago Cerqueira viria a no entanto a falecer em 1945 poucos meses depois da Guerra terminar.
 
A Casa da Calçada fica desocupada a partir desse momento e posteriormente é comprada pelo Senhor António Manuel Mota, que inicia com os seus filhos, o projecto de recuperação da Casa da Calçada e a sua transformação em Estalagem, recuperando os seus Jardins e a respectiva Vinha, retomando a produção dos Vinhos Verdes de qualidade, tal como hoje existe.
 
==Ligações externas==