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Modesto Brocos nunca negou seu apoio às teorias eugenistas. Em 1930, trinta e cinco anos depois de pintar '''''A Rendenção de Cam''','' o artista lançou o livro ''Viaje a Marte'' (em português, "Viagem à Marte"), uma ficção científica. Nela, o pintor aparece como um personagem que narra sua visita em um planeta em que há política de reprodução controlada por meio de funcionários estatais - o Exército Agrícola e as Irmãs Humanitárias - todos voluntários e brancos.<ref name="Racismo e pintura no Brasil: notas para uma discussão sobre cor, a partir da tela A redenção de Cam">{{citar web|url=http://www.dezenovevinte.net/obras/tl_redencao_cam.htm#_edn18|titulo=Racismo e pintura no Brasil: notas para uma discussão sobre cor, a partir da tela A redenção de Cam|data=|acessodata=19 de novembro de 2018|publicado=|ultimo=|primeiro=|autor=LOTIERZO, Tatiana}}</ref> Mesmo sendo um livro de ficção, Brocos deixa explícito seus ideias eugenistas e racistas<ref name="Racismo e pintura no Brasil: notas para uma discussão sobre cor, a partir da tela A redenção de Cam" /> quando, em um dos trechos da obra, diz que a humanidade não estava satisfeita, pois ainda deveria haver uma "unificação de raças". Ele completa dizendo que em tempos anteriores, com a raça "amarela", a mestiçagem havia sido mais fácil, mas que com a raça negra, apesar de ter havido o mesmo processo, a cor "apresentou dificuldades de ser miscigenada".<ref>{{citar livro|título=Viaje a Marte|ultimo=BROCOS|primeiro=Modesto|editora=Editorial Letras y Artes|ano=1930|local=Valência|páginas=(p. 182 - 183)|acessodata=}}</ref>
==A Redenção de Cam como símbolo do branqueamento==
[[Imagem:Joao-baptista-de-lacerda.jpg|miniatura|João Batista de Lacerda, [[Medicina|médico]], [[Ciência|cientista]] [[Brasil|brasileiro]] e um dos principais expoentes da "tese do [[Branqueamento racial|embranquecimento]]".<ref name="João Batista de Lacerda - Wikipedia" />]] Além do simbolismo já mencionado, a obra é considerada uma das pinturas mais racistas e reacionárias do século XIX. <ref name="Vanderlei Sebastião de Souza
">{{citar web | autor=RONCOLATO, Murilo | titulo=A tela ‘A Redenção de Cam’. E a tese do branqueamento no Brasil| publicado = Jornal Nexo| url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/06/14/A-tela-%E2%80%98A-Reden%C3%A7%C3%A3o-de-Cam%E2%80%99.-E-a-tese-do-branqueamento-no-Brasil| acessodata=3 de novembro de 2018}}</ref> A pintura aparece num processo [[Abolicionismo no Brasil|pós-abolicionista]] da nova república, que buscava pelo progresso usando a [[Europa]] como modelo.<ref name="Vanderlei Sebastião de Souza" /> Aos olhos da elite, o branco, era representava progresso, enquanto o negro, o atraso, passado.<ref name="Vanderlei Sebastião de Souza" /> Nesse contexto surge o eugenismo e branqueamento mencionado anteriormente, que propunha a miscigenação como solução para deixar a população cada vez com um perfil mais europeu.<ref name="Vanderlei Sebastião de Souza" /> A pintura é simplesmente uma representação visual do assunto presente no discurso dos "intelectuais" da época.<ref name="Vanderlei Sebastião de Souza" />
Em 1911, [[João Batista de Lacerda]] ([[Campos dos Goytacazes|Campos dos Goitacases]], [[12 de julho]] de [[1846]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[6 de agosto]] de [[1915]])<ref name="João Batista de Lacerda - Wikipedia">{{citar web|url=https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista_de_Lacerda|titulo=João Batista de Lacerda - Wikipedia|data=|acessodata=19 de novembro de 2018|publicado=Wikipedia, a Enciclopédia Livre|ultimo=|primeiro=|autor=WIKIPEDIA}}</ref>, um dos principais expoentes da "tese do [[Branqueamento racial|embranquecimento]]", usou ''A Redenção de Cam'' como ilustração
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<references />
== Bibliografia ==
{{Refbegin|2}}
* BROCOS, Modesto. ''Viaje a Marte''. Valencia: Ed. Arte y Letras, 1930.
* LACERDA, João Baptista. ''Sur les métis au Brésil''. Londres: Premiere Congrès Universel des Races, 1911.
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