Família: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:The Family of the Duke of Osuna, Francisco de Goya.jpg|thumb|Retrato em pintura de uma família]]
[[File:Family by Edwina Sandys.JPG|thumb|''Family'', escultura de [[Edwina Sandys]] colocada no jardim do [[Palácio das Nações]], em [[Genebra]], na [[Suíça]], para comemorar o [[Ano Internacional da Criança]].]]
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Família substituta é aquela nascida dos institutos jurídicos da [[guarda]], [[tutela]] e [[adoção]]. É uma situação excepcional, podendo ser a adoção, que é definitiva ou guarda e tutela que são transitórias.<ref>DIAS, Wagner Inácio Freitas. Estatuto da Criança e do Adolescente. In: Flávia Cristina (org.). Exame da OAB. Salvador: JusPODIVM, 2013, página 357</ref>
 
No interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, formados pela [[geração]], [[sexo]], interesse e função, havendo diferentes níveis de [[poder]], e onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A família como unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos [[parâmetro]]s [[cultura]]is, mas possuindo as mesmas raízes universais (MINUCHIN,1990).
 
[[FileImagem:Familia Lalli.jpg|thumb|leftright|Uma família brasileira]]
A Igreja Católica indica em detalhe os princípios morals universais da família e, em particular, explica que: "Um homem e uma mulher, unidos em matrimónio, formam com os seus filhos uma família. Esta disposição precede todo e qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública e impõe-se a ela. Deverá ser considerada como a referência normal, em função da qual serão apreciadas as diversas formas de parentesco. Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a da sua constituição fundamental. Os seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum dos seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos de deveres". E também: " La familia es la célula original de la vida social. Es la sociedad natural en que el hombre y la mujer son llamados al don de sí en el amor y en el don de la vida".<ref>http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html</ref>. "Las palabras del consentimiento matrimonial definen lo que constituye el bien común de la pareja y de la familia. Ante todo, el bien común de los esposos, que es el amor, la fidelidad, la honra, la duración de su unión hasta la muerte: «todos los días de mi vida». El bien de ambos, que lo es de cada uno, deberá ser también el bien de los hijos. El bien común, por su naturaleza, a la vez que une a las personas, asegura el verdadero bien de cada una. Si la Iglesia, como por otra parte el Estado, recibe el consentimiento de los esposos, expresado con las palabras anteriormente citadas, lo hace porque está «escrito en sus corazones»" (cf. Rm 2, 15).<ref> http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/es/letters/1994/documents/hf_jp-ii_let_02021994_families.html</ref>
 
== Estruturas familiares ==
 
 
[[Freud]] viveu na [[Era vitoriana|época vitoriana]] e tinha, por modelo, a família estruturada pelo pai, mãe e filhos. Esse tipo de família, por incrível que pareça, somente foi definido por Littré, em [[1869]] (há menos de duzentos anos).
 
[[File:Familia Lalli.jpg|thumb|left|Uma família brasileira]]
 
{| class="wikitable"
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! Percentagem de consanguinidade e genética
|-
| Pais/Filhos
| Primeiro
| 50%
|-
| Irmãos
| Primeiro
| 50%
|-
 
| Gêmeos Idênticos
| Primeiro
| 100%
|-
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Tios/Sobrinhos
| Segundo
| 25%
|-
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Tios-Bisavós/Sobrinhos-bisnetos
 
Meio-Primo (filho do meio -irmão do pai ou da mãe)
| Quarto
| 6,25%
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|}
 
== Estruturas familiares ==
 
A família assume uma estrutura característica. Por estrutura, entende-se, "uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente" (WHALEY e WONG, 1989; p.&nbsp;21). Deste modo, a estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interacção regular e recorrente, também ela socialmente aprovada. A família pode, então, assumir uma estrutura ''[[família nuclear|nuclear]]'' ou ''[[casamento|conjugal]]'', que consiste em duas pessoas adultas (tradicionalmente uma mulher e um homem, mas não necessariamente) e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário.
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A ''família ampliada'', alargada'' ou ''extensa'' (também dita ''consanguínea'') é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes directos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos, tios e sobrinhos.
 
Para além destas estruturas, existem também as por vezes denominadas de [[Família alternativa|famílias alternativas]], estando entre estas as famílias ''comunitárias'' e as ''[[famílias arco-íris]]'', constituídas por pessoas [[LGBT]] ([[lésbica]]s, [[gay]]s, [[bissexual|bissexuais]] ou transgêneros) e os seus filhos.
 
As [[Família comunitária|famílias comunitárias]], ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.
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Se, nesta época, predominava uma estrutura familiar [[patriarcal]] em que um vasto leque de pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, nos tempos medievais ([[Idade Média]]), as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais, formando novas famílias. Dessas novas famílias, fazia, também, parte, a descendência gerada, que, assim, tinha duas famílias: a paterna e a materna.
 
Com a [[Revolução Francesa]], surgiram os casamentos [[laico]]s no Ocidente e, com a [[Revolução Industrial]], tornaram-se frequentes os movimentos migratórios para cidades maiores, construídas em redor dos complexos [[Indústria|industriais]].
[[Ficheiro:Marie Antoinette and her Children by Élisabeth Vigée-Lebrun.jpg|miniaturadaimagem|A família de [[Maria Antonieta]]<p><small title="Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun">Por [[Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun|Élisabeth Vigée-Le Brun]], 1788</small></p>
]]
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== Família real ==
{{AP|[[Família real]]}}
Outro tipo conhecido de estrutura familiar são as '''famílias reais'''. Denomina-se família real a relação estendida dos membros de um [[soberano]], geralmente de um [[estado]] [[monarquia|monárquico]]. Os membros das famílias reais recebem destaque e privilégio perante o círculo social de sua nação, sendo muitas vezes tidos como personalidades políticas destes. Uma das mais famosas famílias reais do mundo é a [[Família real britânica]].
 
== Conflitos na Família ==
Inevitavelmente todo relacionamento e toda família enfrenta, com maior ou menor intensidade, momentos de conflitos. É consenso que a prevalência do amor, do perdão e do diálogo são, em geral, as mais eficientes posturas diante desses conflitos. “Sai sempre ganhando quem sabe amar e perdoar; não quem tudo sabe e tudo julga”, afirma [[Hermann Hesse]], escritor alemão. “Num relacionamento, cada um deve se perguntar: ‘sou capaz de dialogar prazerosamente com essa pessoa até a velhice?’ Tudo o mais é transitório, pois as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar”, defendia o filósofo alemão [[Friedrich Nietzsche|Nietzsche]].<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/sai-sempre-ganhando-quem-sabe-respeitar-dialogar-e-perdoar-96ivm0aiwam4s5eg9zwbhrinu|titulo=Sai sempre ganhando quem sabe respeitar, dialogar e perdoar|data=25/10/2017|acessodata=28/10/2017|publicado=Jornal Gazeta do Povo|ultimo=Venturi|primeiro=Jacir}}</ref>.{{referências}}
 
== Bibliografia ==
* ALVES, José Carlos Moreira. ''Direito Romano''. Rio: Forense, 1977.
* MINUCHIN, Salvador – ''Famílias: Funcionamento & Tratamento''. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990. p.&nbsp;25-69.
* SARACENO, Chiara – ''Sociologia da Família'', Lisboa: Estampa, 1997.
* STANHOPE, Marcia – ''Teorias e Desenvolvimento Familiar''. In STANHOPE, Marcia ; LANCASTER, Jeanette – Enfermagem Comunitária: Promoção de Saúde de Grupos, Famílias e Indivíduos. 1.ª ed. Lisboa : Lusociência, 1999. ISBN 972-8383-05-3. p.&nbsp;492-514.