Marinha do Brasil: diferenças entre revisões

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|e-mail= faleconosco@ccsm.mar.mil.br
|internet= [https://www.marinha.mil.br/ '''Página oficial''']<br>[https://www.videoportal.mar.mil.br/vportal '''TV da Marinha''']}}
<big>'''Marinha do Brasil''' ('''MB''')<ref name="abreviaturas" /> é o ramo das [[Forças Armadas do Brasil]] responsável por conduzir operações navais. A Marinha do Brasil é a maior da [[América do Sul]] e da [[América Latina]],<ref>{{citar web |url=http://english.eluniversal.com/2007/06/08/en_pol_art_venezuela-owns-latin_08A881783.shtml |titulo=Venezuela owns Latin America's fifth largest Armed Force |publicado=El Universal |data=8 de junho de 2007 |língua=[[Língua espanhola]] |acessodata=29 de outubro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071023191610/http://english.eluniversal.com/2007/06/08/en_pol_art_venezuela-owns-latin_08A881783.shtml |arquivodata=23 de outubro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref> além de ser a segunda maior marinha da [[América]], depois da [[Marinha dos Estados Unidos]]. O seu patrono é o [[Joaquim Marques Lisboa|Marquês de Tamandaré]].<ref>{{citar web|url=http://www.aman62.com/marinha.htm|titulo=O Patrono da Marinha| publicado =Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN| acessodata=29 de outubro de 2010}}</ref></big>
 
<big>A Marinha esteve envolvida na [[guerra de independência do Brasil]] do [[Império Português|domínio português]]. A maioria das forças e bases navais sul-americanas de Portugal foram transferidas para o país recém-independente. Nas décadas iniciais após a independência, o país manteve uma grande força naval e a marinha mais tarde foi envolvida na [[Guerra Cisplatina]], nos conflitos da [[Bacia do Prata]], na [[Guerra do Paraguai]], bem como outras rebeliões esporádicas que marcaram a [[história do Brasil]].</big>
 
<big>Por volta de 1880 a [[Armada Imperial Brasileira]] era a mais poderosa marinha da América do Sul. Após a rebelião naval de 1893, houve um hiato no desenvolvimento da marinha até 1905, quando o Brasil adquiriu dois dos ''[[dreadnought]]s'' mais poderosos e avançados da época, o que provocou uma [[Corrida armamentista naval da América do Sul|corrida armamentista naval com as nações vizinhas]], sobretudo a [[Argentina]] e [[Chile]]. A Marinha do Brasil participou na [[Primeira Guerra Mundial]] e a [[Segunda Guerra Mundial]], participando de patrulhas anti-submarinos no [[Atlântico]].</big>
 
<big>O maior navio na Marinha é o [[PHM Atlântico|PHM ''Atlântico'']], um [[porta-helicópteros]] que pertenceu a [[Marinha Real Britânica]]. A Marinha do Brasil também possui [[fragata]]s de fabricação britânica, [[corveta]]s nacionais, [[submarinos]] costeiros e embarcações de patrulha costeira, entre outros veículos. A Marinha é a mais antiga das Forças Armadas{{nota de rodapé|Sempre que se tratar de uma referência a uma instituição militar ou a um rol de duas ou mais instituições militares, "Força Armada" e "Forças Armadas" devem ser grafadas com iniciais maiúsculas.<ref name=rnp>Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. ''[http://www.rnp.br/guia/estilo/maiusculas.html Maiúsculas e minúsculas]. Guia RNP de estilo editorial; Rio de Janeiro, 2005. Acesso em 14 de dezembro de 2013.</ref>}} brasileiras.</big>
 
== <big>História </big>==
=== <big>Antecedentes </big>===
<big>A origem da Armada remonta à [[Marinha Portuguesa]], existente já desde o [[século XII]]. A transferência da sede do [[Reino de Portugal]], para o Brasil, em [[1808]], levou a que, também fosse transferida uma parte importante da estrutura, pessoal e navios da Marinha Portuguesa. Este seria o núcleo da futura Marinha do Brasil.</big>
 
=== <big>A Armada Imperial </big>===
{{Principal|Armada Imperial Brasileira}}
{{Vertambém|Corrida armamentista naval da América do Sul}}
<big>A [[Armada Imperial Brasileira|Armada Nacional]] (como era chamada a Marinha de Guerra brasileira durante o [[Brasil Império|regime monárquico]]) surgiu com a [[Independência do Brasil | Independência]] do país. Era formada quase que em sua totalidade por embarcações, pessoal, organizações e doutrinas provenientes da [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821)|transmigração da Família Real de Portugal em 1808]]. Os seus membros eram alguns poucos brasileiros natos (até então quase todos proibidos de servir), portugueses que optaram por aderir à causa da separação (e que consequentemente foram naturalizados brasileiros) e estrangeiros de vários países contratados como [[mercenário]]s. Também foram aproveitados vários órgãos criados por [[João VI de Portugal]], tais como: a Secretaria da Marinha, o Quartel-General, a Intendência e Contadoria, o [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro|Arsenal de Marinha]], a [[Academia Real dos Guarda-Marinhas]], o Hospital, a Auditoria, o Conselho Supremo Militar, a Fábrica de Pólvora, os Cortes de Madeira e outros. Como primeiro Ministro da Marinha foi nomeado o brasileiro nato Capitão de Mar-e-Guerra [[Luís da Cunha Moreira]] (futuro [[visconde de Cabo Frio]]) em [[28 de outubro]] de [[1822]].{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 260.<ref name=holanda>HOLANDA, Sérgio Buarque de. ''História Geral da Civilização Brasileira: Declínio e Queda do Império''. 2. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1974.</ref>}}{{nota de rodapé|MAIA, pág. 53.<ref name=maia/>}}</big>
 
[[Ficheiro:Treino da armada brasileira 1870.jpg|thumb|esquerda|Treino da Armada Imperial do Brasil, meados da década de [[1870]].]]
[[Ficheiro:Brazilian_battleship_Minas_Geraes_firing_a_broadside.jpg|thumb|esquerda|Teste das armas do ''[[dreadnought]]''<ref>"The Brazilian Battleship," ''Scientific American'', 240.</ref> brasileiro ''[[Encouraçado Minas Geraes (1908)|Minas Geraes]]'', o navio que começou a [[corrida armamentista naval na América do Sul]].]]
 
<big>Na falta de militares experientes que tivessem nascido no Brasil, a comissão composta por Luís Cunha Moreira e vários oficiais buscou contatar os militares portugueses servindo no Brasil para que se unissem ao recém-criado Império brasileiro. Centenas aceitaram, e os que recusaram receberam, em conjunto com as suas famílias, transporte para retornarem a Portugal. Contudo, temerosos das possíveis consequências de enviar para combate navios tripulados em sua maior parte por portugueses contra as forças lusitanas, a comissão recrutou diversos mercenários, [[indígena]]s e [[escravatura|escravos]]. Para comandar a Armada brasileira foi escolhido o experiente Lorde [[Thomas Alexander Cochrane]], britânico de nascimento, que recebeu o cargo de "Primeiro Almirante".{{nota de rodapé|MAIA, págs. 58 a 61.<ref name=maia/>}}{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 261.<ref name=holanda/>}} A frota era composta por apenas uma [[nau]], quatro [[fragata]]s, duas [[corveta]]s, cinco [[brigue]]s, seis [[escuna]]s e vinte pequenas embarcações, num total de trinta e oito navios de guerra. O Ministro da Fazenda [[Martim Francisco Ribeiro de Andrada]] criou uma subscrição nacional para reunir fundos e assim reequipar a frota, e de todo o Brasil foram enviadas contribuições. Até mesmo o Imperador [[Pedro I do Brasil]] adquiriu às próprias expensas um brigue mercante que foi renomeado [[Brigue Caboclo|''Caboclo'']] e doado ao Estado.<ref>{{citar web|url = http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/C/C003/C003.htm|título=Brigue Caboclo| publicado=Navios de Guerra Brasileiros|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref>{{nota de rodapé|MAIA, págs. 54 a 57.<ref name=maia/>}}{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 261.<ref name=holanda/>}}</big>
 
<big>A Armada Nacional rumou em seguida para a [[Bahia]], onde atacou um comboio da esquadra portuguesa formada por mais de setenta navios que se dirigia ao [[Maranhão]]. Apenas treze conseguiram alcançar [[Lisboa]] após se verem impossibilitados de atingirem o litoral norte brasileiro. Os demais navios ou foram afundados ou aprisionados e incorporados à Armada brasileira. O britânico [[John Pascoe Grenfell]], que comandava o [[Brigue Maranhão|brigue ''Dom Miguel'']],<ref>{{citar web|url = http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/M/M018/M018.htm|título=Brigue Maranhão| publicado=Navios de Guerra Brasileiros|acessodata= 1 de maio de 2012}}</ref> obteve a rendição da cidade de [[Belém do Pará]]. Tendo vencido a oposição lusitana nas províncias da Bahia, Maranhão e [[Pará]], a frota brasileira partiu para a [[Cisplatina (província)|Cisplatina]], onde alcançou mais sucessos em sua empreitada. O Almirante Cochrane, após ter libertado um terço do território brasileiro, recebeu do Imperador Dom Pedro I em pessoa a condecoração da [[Ordem do Cruzeiro do Sul]] e o título nobiliárquico de [[marquês do Maranhão]].{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 262 e 263.<ref name=holanda/>}} A participação no conflito contra Portugal foi vital:</big>
{{quote1|Com a Independência, a Marinha tornou-se ainda mais importante, pois apesar de termos tido a sorte de possuir um Pedro I como monarca, o Brasil se teria esfacelado numa série de republicas – como aconteceu na América espanhola – se não fosse a sua ação integradora. É certo que existem outros fatores, mas foi ela que bloqueou, venceu e perseguiu a Esquadra portuguesa, possibilitando a união com o Rio de Janeiro.''{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 272.<ref name=holanda/>}}}}
 
[[Ficheiro:Isabel e Pedro II 1870.jpg|thumb|[[Isabel do Brasil|Dona Isabel]], Princesa Imperial e [[Dom Pedro II]] (com uniforme de Almirante), Imperador do Brasil e Comandante-em-Chefe das [[Forças Armadas brasileiras]] ([[1870]]).]]
<big>Após a supressão da revolta da [[Confederação do Equador]] em [[1824]] e ao se iniciar a [[Guerra da Cisplatina]] (1825–1828), a Armada Nacional não mais era aquela marinha pequena e fraca. As trinta e oito embarcações de [[1822]] tornaram-se noventa e seis navios de guerra modernos, de diferentes tipos, com cerca de 690 canhões. A frota brasileira bloqueou o estuário do [[rio da Prata|Prata]], impossibilitando o contato das Províncias Unidas e dos revoltosos cisplatinos com o resto do mundo. Várias escaramuças ocorreram entre navios brasileiros e portenhos até à derrota da esquadrilha inimiga, composta por duas corvetas, cinco brigues e uma [[goleta]], em frente à [[Ilha de Santiago]] em [[1827]]. Ao abdicar em [[1831]], Dom Pedro I deixou uma poderosa Armada composta por: duas naus, dez fragatas, vinte corvetas, dezessete brigues-escunas, duas canhoneiras, doze bombardeiras, três barcas a vapor, catorze transportes e várias lanchas de grande porte, num total de pelo menos oitenta navios de guerra em tempo de paz,.{{nota de rodapé|MAIA, págs. 133 a 135.<ref name=maia/>}}{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 264.<ref name=holanda/>}}
O longo reinado de cinquenta e oito anos de [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] representaria o término do crescimento e apogeu da Armada Nacional (e mesmo depois durante o período republicano).{{nota de rodapé|MAIA, pág. 216.<ref name=maia/>}} Foi-se reorganizado o Ministério da Marinha, o Arsenal e a Cadeia Naval, e também foi criado o [[Corpo dos Imperiais Marinheiros]], formado por voluntários. Neste período foi adotada definitivamente a navegação a vapor, tendo o Brasil rapidamente modernizado a Esquadra, adquirindo navios no estrangeiro e construindo outros no país, e também substituindo os antigos canhões de alma lisa por novos, de alma raiada, com maior alcance e precisão. Melhoras foram realizadas também nos arsenais e bases navais, sendo aparelhados com novas oficinas.{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 264.<ref name=holanda/>}} Navios de guerra foram construídos nos Arsenais de Marinha no Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Santos, Niterói e Pelotas. A Armada atuou em todas as revoltas ocorridas no [[período regencial]], como a [[Cabanagem]], a [[Farroupilha]], a [[Sabinada]], dentre outras. A Armada realizou o bloqueio das províncias onde ocorreram as revoltas e realizou a maior parte dos transportes de tropas do Exército imperial, de uma região para a outra do país, mantendo-as municiadas, abastecidas e apetrechadas.{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 264.<ref name=holanda/>}}{{nota de rodapé|MAIA, págs. 205 e 206.<ref name=maia/>}}</big>
 
<big>Em 1840, quando o Imperador [[Dom Pedro II]] foi declarado maior de idade e assumiu suas prerrogativas constitucionais, a Armada detinha noventa [[navio]]s de [[guerra]]: seis [[fragata]]s, sete [[corveta]]s, dois brigues-barcas, seis [[brigue]]s, oito brigues-escunas, dezesseis [[canhoneira]]s, doze [[escuna]]s, sete [[patacho]]s, seis [[Barco a vapor|barcas a vapor]], oito lanchões artilhados, três [[charrua]]s, dois [[Lugre (navio)|lugres]], dois [[cúter]]es e cinco lanchões armados.{{nota de rodapé|MAIA, pág. 210.<ref name=maia/>}} Nova modernização ocorreu, desta vez, reorganizando a Secretaria de Estado, a Contadoria da Marinha, o Quartel-General e a Academia de Marinha. Novos navios foram comprados e as capitanias dos portos foram reaparelhadas. O [[Corpo dos Imperiais Marinheiros]] foi definitivamente regularizado e surgiu o [[Corpo de Fuzileiros Navais]] (no lugar do Corpo de Artilharia de Marinha que fora dissolvido), assim como serviços de assistência aos inválidos e também escolas para formação de marinheiros e artífices.{{nota de rodapé|MAIA, 1975.<ref name=maia>MAIA, João do Prado. ''A Marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império: tentativa de reconstituição histórica. 2. ed. Rio de Janeiro: Cátedra, 1975. 340p.</ref>}}{{nota de rodapé|JANOTTI, págs. 207 e 208.<ref name=janotti>JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco. ''Os Subversivos da República''. São Paulo: Brasiliense, 1986.</ref>}}</big>
 
<big>Os conflitos na [[região do Prata]] não cessaram após a [[guerra]] de [[1825]], e logo o [[Brasil]] se viu forçado a enviar uma frota de dezessete navios de guerra (uma [[nau]], dez [[corveta]]s e seis navios a vapor) comandada pelo veterano da Independência [[John Pascoe Grenfell]] para combater as [[Províncias Unidas do Rio da Prata]] em [[1851]]. A frota brasileira conseguiu ultrapassar o forte argentino de [[Toneleros]] sob forte bombardeio e efetuou o transporte de tropas para o teatro de operações em terra. Mais de uma [[década]] depois, a Armada Nacional foi mais uma vez modernizada, e seus antigos navios à vela deram lugar quarenta navios a vapor com mais de 250 canhões. Seus oficiais não continham mais estrangeiros, e sim, somente [[brasileiros]] natos (que eram recrutas na época da guerra da Independência). De seu quadro de [[militar]]es, saíram homens como [[Joaquim Marques Lisboa]], [[marquês de Tamandaré]], [[Francisco Manuel Barroso da Silva]], [[barão do Amazonas]], [[Joaquim José Inácio de Barros]], [[visconde de Inhaúma]], [[Luís Filipe de Saldanha da Gama]], dentre outros, que foram todos leais ao regime monárquico.{{nota de rodapé|DORATIOTO, pág. 481.<ref name=doratioto>DORATIOTO, Francisco. ''Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai.'' São Paulo: Companhia das Letras, 2002.</ref>}}</big>
 
[[Ficheiro:Riachuelo 1885.jpg|thumb|esquerda|[[Encouraçado de Esquadra Riachuelo]].]]
 
<big>Em [[1864]] colaborou com a intervenção no Uruguai e logo em seguida na Guerra do Paraguai. Neste conflito, foram acrescidos a força naval vinte navios encouraçados e seis monitores fluviais, além de que seus comandantes, assim como suas tripulações (e as das embarcações que já se encontravam no teatro de guerra) foram melhores treinadas. Estas ações permitiram a Armada obter uma grande vitória na [[Batalha de Riachuelo]] contra as forças paraguaias. Construtores navais brasileiros como [[Napoleão João Baptista Level|Napoleão Level]] e [[Trajano Augusto de Carvalho|Trajano de Carvalho]] planejaram novos desenhos para os navios de guerra da Armada Nacional que possibilitaram aos Arsenais do país manterem competitividade com outras nações.{{nota de rodapé|MAIA, pág. 219.<ref name=maia/>}} Com o final do conflito contra o Paraguai, o governo brasileiro buscou reparar os danos sofridos pelas embarcações e reequipá-las, possibilitando ao Brasil ter a quarta mais poderosa marinha de guerra do mundo àquele momento.<ref name="castro">CASTRO, André Augusto. ''[http://www.secom.unb.br/unbagencia/ag0403-03.htm As veias abertas da América do Sul: Historiadores expõem elementos sobre as Guerras do Paraguai e do Chaco em encontro na Universidade de Brasília.]'' Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB): Brasília, 2003. Acesso em 14 de dezembro de 2013.</ref></big>
 
<big>Durante a [[década de 1870]], o Império brasileiro teve por objetivo fortalecer ainda mais a sua Armada frente a uma possibilidade de um conflito armado com a Argentina. Assim, adquiriu uma canhoneira e uma corveta em [[1873]], um encouraçado e um monitor em [[1874]] e logo em seguida dois cruzadores e mais um monitor.{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 272.<ref name=holanda/>}}{{nota de rodapé|DORATIOTO, pág. 466.<ref name=doratioto/>}} O início da década de [[1880]] revelou que o crescimento da Armada continuaria, pois os Arsenais da Marinha do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Bahia]], [[Pernambuco]], [[Pará]] e [[Mato Grosso]] continuaram a construir dezenas de navios de guerra.{{nota de rodapé|MAIA, pág. 225.<ref name=maia/>}} Quatro torpedeiros foram comprados, foi criada a Escola Prática de Torpedos para praças e instalou-se uma oficina de fabricação e reparo de torpedos e aparelhos elétricos no [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]] em [[30 de novembro]] de [[1883]].{{nota de rodapé|MAIA, pág. 221.<ref name=maia/>}} Este mesmo Arsenal construiu as canhoneiras a vapor: Iniciadora, Carioca, Camocim, Cabedelo e Marajó, além do patachi Aprendiz, todos com cascos de ferro e aço, e não mais de madeira (os primeiros do tipo construídos no país).{{nota de rodapé|MAIA, pág. 225.<ref name=maia/>}} Contudo, o ápice da Armada Imperial ocorreu com a incorporação dos [[encouraçado]]s de alto mar [[Encouraçado de Esquadra Riachuelo|''Riachuelo'']] <ref>{{citar web|url=http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/R/R017/R017.htm|título=Encouraçado de Esquadra Riachuelo, Classe Riachuelo|autor=|data=|publicado=Navio de Guerra Brasileiros|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref> e [[Encouraçado de Esquadra Aquidabã|''Aquidabã'']]
<ref>{{citar web|url=http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/A/A090/A090.htm|título=Encouraçado de Esquadra Aquidabã, Classe Riachuelo|autor=|data=|publicado=Navios de Guerra Brasileiros|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref> (ambos dotados de [[Tubo de torpedo|tubos lança-torpedos]]) em [[1884]] e [[1885]], respectivamente. A obtenção destes navios possibilitou o Brasil permanecer "entre as potências navais do universo".{{nota de rodapé|MAIA, págs. 221 a 227.<ref name=maia/>}} Estes dois navios marcaram época, pois:</big>
 
{{quote1|Fizemos 'a Europa curvar-se ante o Brasil', porquanto o Riachuelo, ao ter a construção concluída na Inglaterra, em 1884, foi considerado pela opinião dos técnicos das nações marítimas mais adiantadas como um modelo em seu gênero, tais os aperfeiçoamentos que reunia.''{{nota de rodapé|MAIA, pág. 216.<ref name=maia/>}}}}
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[[Ficheiro:Dom_Augusto_e_Eduardo_Wandenkolk_1889.jpg|thumb|Oficiais da [[Armada Imperial Brasileira]]. Sentados, príncipe [[Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança|Dom Augusto]] (à esquerda) e o Almirante [[Eduardo Wandenkolk]] (centro), c.1889.]]
 
<big>No último gabinete do regime monárquico o Ministro da Marinha, o Almirante José da Costa Azevedo, Barão do Ladário, deixou um amplo projeto que estava prestes a ser realizado para a reorganização do pessoal e instituições da Armada.{{nota de rodapé|JANOTTI, pág. 208.<ref name=janotti/>}} Em [[1889]], o Batalhão Naval detinha 454 praças e os Imperiais Marinheiros, 3 218 praças.{{nota de rodapé|JANOTTI, pág. 208.<ref name=janotti/>}} O Golpe de Estado que instaurou a República no Brasil não foi bem aceita pelos militares da Armada Imperial. Marinheiros foram rechaçados a tiros ao darem vivas ao Imperador quando este estava aprisionado no Paço Imperial. O Marquês de Tamandaré implorou ao seu amigo{{nota de rodapé|DORATIOTO, pág. 78.<ref name=doratioto/>}} Dom Pedro II que o permitisse debelar o golpe, mas este negou-lhe tal possibilidade.<ref>CALMON, Pedro. História de D. Pedro II. J. Olympio, 1975, pg.1603</ref> O velho e leal marinheiro, já beirando aos noventa anos de idade, seria preso por ordem do ditador Floriano Peixoto sob a acusação de financiar militares monarquistas na Revolução Federalista".{{nota de rodapé|JANOTTI, pág. 66.<ref name=janotti/>}} O Barão de Ladário manteve-se em contato com a Família Imperial no exílio buscando maneiras de restaurar o regime deposto, mas acabou relegado ao ostracismo pelo governo republicano. O Almirante [[Saldanha da Gama]] liderou a Revolta Armada com o objetivo de ressuscitar o Império e uniu forças com outros militares monarquistas que estavam no [[Rio Grande do Sul]]. Todas as tentativas restauradoras foram esmagadas pelo governo republicano. Os oficiais monarquistas de alta patente foram presos, ou banidos ou fuzilados sem o devido processo legal, e seus subordinados sofreram "penas cruéis".{{nota de rodapé|JANOTTI, pág. 209.<ref name=janotti/>}} Este expurgo completo nos quadros da Armada explica como foi possível uma instituição tradicionalmente leal,{{nota de rodapé|JANOTTI, pág. 53.<ref name=janotti/>}} a [[Monarquia]] ter se tornada subitamente republicana.</big>
 
=== <big>A República Velha </big>===
[[Ficheiro:E Minas Geraes 1910 altered.jpg|thumb|esquerda|Encouraçado [[Encouraçado Minas Geraes (1908)|''Minas Geraes'']].]]
<big>Com o golpe militar que conduziu à [[Proclamação da República Brasileira]] ([[1889]]), acentuou-se o declínio da construção naval no país. Por quatro décadas, entre [[1890]] e [[1930]] não ocorreram lançamentos de novos meios flutuantes pelo [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]]. O foco dos governos republicanos passou a ser equipar o Exército para o combate aos levantes internos, o que não foi alcançado de maneira satisfatória devido às dificuldades que o novo regime enfrentou em seus primeiros anos. Complementarmente, a Marinha era percebida como uma ameaça ao novo regime republicano, pois havia se constituído em uma das instituições mais fiéis ao Império e ao Imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]].</big>
 
<big>A situação se tornara precária em pouco mais de uma década de regime republicano, visto que o Batalhão Naval fora reduzido a 295 soldados e os Imperiais Marinheiros a 1904 homens. Os equipamentos e navios adquiridos eram considerados defasados pelos oficiais da Marinha, que criticavam o completo abandono das oficinas de reparo. A participação em duas revoltas, conhecidas como [[Revolta da Armada|Revoltas da Armada]], a segunda declaradamente monarquista, custaram aos oficiais leais à [[Constituição brasileira de 1824]] e ao Imperador não somente as suas carreiras: eles também foram presos, banidos e fuzilados, sem sequer terem sofrido processo formal na [[Justiça Militar]]. Os marinheiros que obedeceram suas ordens e participaram da tentativa de restauração monárquica sofreram penas cruéis.{{nota de rodapé|Vide JANOTTI.<ref name=janotti/>}} Observe-se, entretanto, que o questionamento diretamente envolvido na Revolta prendia-se ao texto da [[Constituição brasileira de 1891]], no tocante à vacância do cargo de [[Presidente do Brasil|Presidente da República]].</big>
 
<big>No início do [[século XX]] a força naval brasileira tornara-se obsoleta. Já em [[1903]], o [[engenharia naval|engenheiro naval]] [[Itália|italiano]], general [[Vittorio Cuniberti]], tivera uma série de artigos publicada pela conceituada [[Jane´s Fighting Ships]], que preconizavam a concepção revolucionária vivida no setor das [[Navio de guerra|belonaves]]. De acordo com o autor, os vasos de guerra deveriam ser equipados apenas com grandes [[Canhão|canhões]], desenvolver altas velocidades (20 [[Nó (unidade)|nós]]) e dispor de [[Blindagem|blindagens]] maciças (12 polegadas ou 30,48&nbsp;cm). Naquele momento, essas concepções pareciam utópicas, mas apenas dois anos mais tarde, em [[1905]], batia-se a quilha do [[Encouraçado Aki|''Aki'']], no [[Japão]] e, no ano seguinte, em [[1906]], a do [[HMS Dreadnought|HMS ''Dreadnought'']], na [[Grã-Bretanha]]. Com a construção dessas embarcações iniciou-se uma corrida naval e armamentística entre as potências industrializadas, principalmente o [[Império Alemão]], o do Japão, a Grã-Bretanha e os [[Estados Unidos]].</big>
[[Ficheiro:MonumentoPrimeiraGuerra.jpg|miniaturadaimagem|Monumento em homenagem à participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, Praça XV, Rio de Janeiro]]
<big>Nesse contexto, no Brasil, por questões de soberania, o [[barão do Rio Branco]] foi o grande defensor da manutenção de uma Marinha de Guerra que se equiparasse às das nações mais poderosas. Desse modo, durante o governo do presidente [[Afonso Pena]], sendo o marechal [[Hermes da Fonseca]], [[Ministério da Guerra|Ministro da Guerra]], aprovou-se o projeto de modernização da esquadra brasileira, iniciado em [[1906]]. Por ele, foram encomendados a [[estaleiro]]s ingleses os [[encouraçado]]s (''Dreadnought'') [[Encouraçado Minas Geraes (1908)|''Minas Gerais'']], [[Encouraçado São Paulo (1909)|''São Paulo'']] e [[Encouraçado Rio de Janeiro (1913)|''Rio de Janeiro'']], dos quais somente os dois primeiros chegaram ao país, uma vez que logo foi cancelada a encomenda do último, por falta de verbas.<ref>{{citar web|url=www.revistanavigator.com.br/navig2/art/N2_art5.doc|título=A construção do Poder Naval brasileiro no início do século XX: dos programas navais à grande guerra (1904-1917)|autor=Johny Santana de Araújo|data=|publicado=Revista Navigator nº2/2005 (Art. 5)|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref></big>
 
<big>No final de Novembro de [[1910]] eclodiu a [[Revolta da Chibata]], movimento organizado dos marinheiros pela abolição dos castigos físicos e melhoria das condições de trabalho na Instituição, sob a ameaça de bombardear a então capital do país, a cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Embora bem sucedidos nas justas reivindicações a repressão que se seguiu aos participantes foi violenta e implacável.<ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/revolta-chibata.jhtm|título=Revolta da Chibata, Movimento defendeu mudanças na Marinha|autor=Vitor Amorim de Angelo|data=|publicado=[[UOL]] Educação|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref></big>
 
<big>Após a declaração de Guerra aos [[Impérios Centrais]] em outubro de [[1917]] a Marinha Brasileira participou da [[Primeira Guerra Mundial]] com o envio em [[1918]] da [[Divisão Naval em Operações de Guerra]] (DNOG) ao teatro de operações do [[mar Mediterrâneo]] bem como o envio de pilotos ao ''front'' francês que foram integrados à [[Força Aérea Real|Real Força Aérea Britânica]].<ref>{{citar web|url=http://www.cruzdeferro.com.br/index_arquivos/brasil1guerra.htm|título=O Brasil na Primeira Guerra Mundial|autor=|data=|publicado=Cruz de Ferro|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref></big>
 
=== <big>A Segunda Guerra Mundial </big>===
{{Anexo|Cronologia do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial}}
{{Anexo|Lista de navios brasileiros atacados na Segunda Guerra Mundial}}
<big>Obsoleta em termos de meios e incapaz de garantir a segurança no litoral brasileiro, no início de [[1942]], com a deflagração da Guerra Submarina pela [[Kriegsmarine|Marinha Alemã]], visando isolar o [[Reino Unido]] e a então [[União Soviética]] dos suprimentos e materiais necessários ao esforço de guerra aliado a partir do continente americano, a Marinha do Brasil viu-se obrigada a, entre [[1942]] e [[1944]], subordinar-se à [[Marinha dos Estados Unidos]]. Neste período foram estabelecidas várias bases navais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde foi sediado o Comando Aliado do Atlântico Sul.</big>
 
<big>Mesmo assim dentro de suas limitações e com o reaparelhamento e a reorganização promovidos com os recursos norte-americanos, a Marinha Brasileira participou ativamente da [[Luta anti-submarino|Guerra anti-submarina]] não apenas no [[Atlântico Sul]] mas também na zona Central do Atlântico, além de participar da luta anti-submarina no [[Caribe]] e da guarda de comboios para o [[Norte de África]] e o [[mar Mediterrâneo]]. Desse modo, foi responsável, entre 1942 e [[1945]], pela condução de 574 operações de comboio envolvendo a proteção de 3 164 navios mercantes de várias nacionalidades. Destes, os submarinos inimigos lograram afundar apenas três embarcações. Segundo documentação da Marinha Alemã, a Marinha Brasileira efetuou, ao longo do conflito, 66 ataques contra submarinos germânicos.<ref 1="" 32="" 100="" 470="" 502="" 972="" name="Poder" /[[Ficheiroficheiro:NHinhi="" Vitalvital="" de="" Oliveiraoliveira.jpg|miniaturadaimagem|Oo="" NHinhi="" ''Vitalvital="" de Oliveiraoliveira'',="" na="" década de="" 1940.]]Cerca de 1 100cerca="" brasileiros="" morreram na="" [[Batalhabatalha="" do="" Atlânticoatlântico]],="" devido="" ao="" afundamento="" dos 32="" navios="" da="" Marinhamarinha="" Mercantemercante="" do Brasilbrasil="" e 1="" navio="" da Marinha de Guerraguerra.="" Dentredentre="" os 972="" mortos="" em="" afundamentos="" de navios da Marinha Mercantemercante, 470="" eram="" tripulantes e 502 eram="" passageiros="" civis.<ref>BENTO, Cláudio Moreira (1995). “''Participação das Forças Armadas e da Marinha Mercante do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1942-1945)''”. Gazetilha. Volta Redonda, RJ. [http://www.ahimtb.org.br/FAMM2GM.htm] </ref> Além desses, morreram 99 marinheiros da '''Marinha do Brasil''' no afundamento do [[Vital de Oliveira (navio)|''Vital de Oliveira'']] quando este foi atacado por submarinos alemães; além de cerca de 350 mortos em acidentes que resultaram no afundamento da [[corveta]] [[Cv Camaquã (C-6)|''Camaquã'']], em 21 de julho de 1944, quando morreram 23 tripulantes do [[Bahia (cruzador)|cruzador Bahia]], que explodiu acidentalmente e afundou, no dia 4 de julho de 1945, matando 333 homens.<ref name="Poder">{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/tag/navios-afundados/#axzz1ta6mRQq9|título=Perdas Navais brasileiras na 2ª Guerra Mundial|autor=Galante|data=4 de outubro de 2012|publicado=Poder Naval|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref></big>
 
=== <big>Golpe de Estado no Brasil em 1964 </big>===
<big>Embora oficialmente abolidos os castigos físicos na instituição desde a Revolta da Chibata no final de 1910, melhoria nas condições de trabalho e plano de carreira ainda eram motivos de reivindicações da tropa no início dos anos 1960. A crescente Intransigência, tanto por parte de setores do alto-oficialato insuflados pela [[Meios de comunicação|mídia]] conservadora e políticos à direita, em ouvir o clamor da tropa, quanto por parte dos marinheiros incentivados por líderes como [[Cabo Anselmo]]; aliada à falta de visão do quadro geral e incapacidade política do então presidente da república [[João Goulart]] em mediar e solucionar [[Golpe militar de 1964#Revolta dos marinheiros|a crise citada]] sem romper a [[Hierarquia militar (Brasil)|hierarquia militar]] levou à que a maioria dos Comandantes Navais apoiassem o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964]] por ação ou omissão.</big>
 
<big>Os expurgos efetuados posteriormente (não apenas na Marinha mas em todas as Forças Armadas), bem como o estabelecimento de determinados critérios para seleção dos seus novos integrantes, puseram um termo na tradição militar Brasileira de abrigar abertamente entre seus integrantes várias correntes de pensamento político.</big>
 
== <big>Os meios da Esquadra na atualidade </big>==
[[Ficheiro:Submarinos em deslocamento.jpeg|thumb|[[Força de Submarinos|Flotilha de submarinos]] da Marinha do Brasil.]]
{{AP|[[Lista das embarcações da Marinha do Brasil]]}}
 
<big>Na atualidade, a Esquadra brasileira encontra-se equipada com um [[porta-helicópteros]] multipropósito, [[fragata]]s [[Classe Niterói]] modernizadas, fragatas [[Classe Greenhalgh]], [[corveta]]s, navios-tanque, navios de desembarque-doca, navios de desembarque de carros de combate, navio de transporte de tropas, [[submarino]]s, navio-escola, navio-veleiro e [[NSS Felinto Perry|navio de socorro submarino]].</big>
 
<big>A esta força no [[mar]], nos céus somam-se um Esquadrão de Aviões AF-1 ([[A-4 Skyhawk]]), um Esquadrão de [[Helicóptero]]s de Esclarecimento e Ataque, um Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarinos, cinco Esquadrões de Helicópteros de Emprego Geral e um Esquadrão de Helicópteros de Instrução.</big>
 
<big>Desde [[1980]] foi permitido a mulheres ingressarem na Marinha, em funções administrativas.<ref>{{citar web|url=https://www.mar.mil.br/menu_h/integrantes_mb/mulher_mb.htm|título=Mulher na Marinha|autor=Centro de Comunicação Social da Marinha|data=2010|publicado=Marinha do Brasil|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref></big>
 
=== <big>Aviação Naval Brasileira </big>===
[[Imagem:Cougar Brazilian Navy (23552980732).jpg|thumb|[[Eurocopter AS332 Super Puma]] com o centro do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] ao fundo]]
{{AP|[[Aviação Naval Brasileira]]}}
* [[Lista de aeronaves das Forças Armadas do Brasil|<big>Lista de aeronaves das forças armadas brasileiras</big>]]
 
<big>A '''Aviação Naval Brasileira''' é o componente aéreo da Marinha do Brasil, atualmente denominada Força Aeronaval. A estrutura aérea está subordinada ao Comando da Força Aeronaval, organização militar responsável por prover apoio aéreo operacional a partir das embarcações da Marinha do Brasil.</big>
 
<big>A Aviação Naval encontra-se sediada na [[Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia]], onde são feitas a manutenção a nível de parque de todas as aeronaves, e encontram-se o [[Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval]] e o Comando da Força Aeronaval. Porém, esquadrões estão espalhados por todo o país, fornecendo apoio aéreo as organizações militares da Marinha ali sediadas ou que estejam realizando operações na área.</big>
 
<big>É missão do Comando da Força Aeronaval: "Assegurar o apoio aéreo adequado às Operações Navais, a fim de contribuir para a condição de pleno e pronto emprego do Poder Naval onde e quando for necessário."</big>
 
[[File:Operação Amazônia 2014 (15397848579).jpg|thumb|''Operação Amazônia'' 2014, em [[Manaus]].]]
 
=== <big>Corpo de Fuzileiros Navais </big>===
{{AP|Corpo de Fuzileiros Navais}}
<big>O [[Corpo de Fuzileiros Navais]] (CFN), é uma unidade de elite da Marinha, constitui-se no maior efetivo de fuzileiros navais na [[América Latina]], estimado em 15&nbsp;000 homens.<ref>{{citar web|url=https://www.mar.mil.br/cgcfn/|titulo=Corpo de Fuzileiros Navais|autor=Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais - CGCFN|data=|publicado=|acessodata=29 de outubro de 2010}}</ref> O [[Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais]] é a sua principal unidade.<ref>{{citar web|url=http://www.mar.mil.br/ffe/organizacao.htm|titulo=Organização do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra|autor=ComFFE - Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra|data=|publicado=|acessodata=29 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101022225258/http://www.mar.mil.br/ffe/organizacao.htm|arquivodata=22 de outubro de 2010|urlmorta=yes}}</ref> Treinados como força de pronta atuação, a missão do CFN é garantir a projeção do poder naval em terra, por meio de desembarques realizados em conjunto com navios e efetivos da Marinha.</big>
 
=== <big>Grupamento de Mergulhadores de Combate </big>===
<big>O [[Grupamento de Mergulhadores de Combate]] é um grupo de [[forças especiais]] da Marinha do Brasil, apto a cumprir missões de natureza não convencional, a sua função é a de se infiltrar sem ser percebido, em áreas litorâneas e ribeirinhas e executar tarefas como reconhecimento, sabotagem e destruição de alvos de valor estratégico, e em especial a retomada de navios e plataformas de petróleo na costa brasileira. É subordinado à [[Força de Submarinos]], a qual lhe fornece seu principal meio de transporte. As equipes são transportadas até às proximidades do alvo por um submarino, a partir do qual saem nadando, em caiaques ou em barcos infláveis que podem ser lançados do submarino ainda sob a água. O GRUMEC também pode alcançar o alvo saltando de paraquedas ou desembarcando de helicópteros.</big>
 
== <big>Investimentos </big>==
[[Ficheiro:Helicopter of the Brazilian Navy.jpg|thumb|esquerda|Um helicóptero AH-11A [[Super Lynx]] Mk-21A da Marinha do Brasil se prepara para soltar uma equipe de abordagem por uma corda durante um exercício.]]
[[Imagem:Cv Barroso (V-34) C.jpg|esquerda|thumb|[[Cv Barroso (V-34)]], primeiro teste de máquinas na [[Baía da Guanabara]] (abril de 2008).]]
Linha 168:
[[Ficheiro:NAsH_Oswaldo_Cruz_(U-18).jpg|esquerda|thumb|[[Navio hospital]] [[NAsH Oswaldo Cruz (U-18)|Oswaldo Cruz]] navegando na [[Amazônia]] (ver: [[saúde militar]]).]]
 
<big>Em 18 de dezembro de 2008, o Presidente da República assinou o Decreto nº 6.703, aprovando a [[Estratégia Nacional de Defesa]]. O texto busca reafirmar a necessidade de se modernizar as Forças Armadas. O governo brasileiro lançou um pacote de medidas que, em cinco anos, garantiria investimentos no setor equivalentes a 2,5% do [[PIB]] brasileiro, um aumento de 75%. Para 2008, [[US$]] 5.6 bilhões (de um orçamento US$24.4 bilhões) deverão ser investidos em novos equipamentos.<ref>{{citar web|url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1697776,00.html|título=A South American Arms Race?|autor=Andrew Downie|data=21 de dezembro de 2007|publicado=Time Inc|língua=en|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=983|título=Sarney justifica altos investimentos de Lula nas Forças Armadas apontando o perigo de Hugo Chávez|autor=Causa Operária Online|data=27 de outubro de 2007|publicado=|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref></big>
 
<big>O projeto de orçamento de [[2009]] prevê [[R$]] 50,2 bilhões para a Defesa. Destes, R$ 10,9 bilhões para investimentos no Exército, Marinha e Força Aérea.</big>
 
<big>O governo brasileiro está investindo alto em um projeto que beneficiará as três Forças Armadas brasileiras, os [[Satélite geoestacionário|satélites geo-estacionários]] brasileiros,<ref>{{citar web|url=http://www.defesanet.com.br/md/satelite_geo.htm|título=Seminário apresenta Satélite Geoestacionário Brasileiro|autor=Ministério Defesa|data=13 de maio de 2005|publicado=Defesanet |acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> apenas com o projeto, já foram gastos R$ 10 milhões,<ref>{{citar web|url=http://democraciapolitica.blogspot.com/2010/06/satelite-geoestacionario-brasileiro.html|título=Consórcio estuda Construçãi de satélite|autor=Virgínia Silveira|data=|publicado=jornal [[Valor Econômico]]|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> além de beneficiar diversas áreas civis, o projeto beneficiaria as Forças Armadas, que passariam a ter mais tecnologia para comunicações seguras e para monitorar o vasto território terrestre e marítimo brasileiro, e este seria um embrião, para futuramente abandonar o sistema [[GPS]] [[estadunidense]] e criar um próprio sistema de tecnologia nacional. O Brasil é um dos 15 países que mantêm programas espaciais no mundo e o único na América Latina com um programa nesses moldes.<ref>{{citar web|url=http://www.malima.com.br/satelite/blog_commento.asp?blog_id=38|título=Brasil desenvolve plano para ter satélite geo-estacionário|autor=Luis Pescoto|data=28 de junho de 2006|publicado=|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref></big>
 
<big>A Marinha do Brasil visando a necessidade de proteger a imensa costa marítima brasileira e as recentemente descobertas [[reservas de petróleo]] em águas brasileiras, lançou o programa de reaparelhamento da Marinha do Brasil, com início em 2006 e previsão de conclusão em 2025, e dividido em duas fases, a de maior prioridade entre 2006 e 2012, somente nesta primeira fase, a previsão de investimentos é da ordem de R$ 5,8 bilhões.<ref>{{citar web|url=http://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/temas_relevantes/reaparelhamento_mb.htm|título=O Programa de Reaparelhamento da Marinha|autor=Marinha do Brasil|data=|publicado=Desenvolvido pelo Centro de Comunicação Social da Marinha|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref></big>
 
<big>A Marinha assinou contrato com a empresa francesa ''Direction Technique des Constructions Navales'' [[DCNS]] para a construção de cinco [[submarino]]s [[scorpène]], sendo um deles de [[propulsão nuclear]], o Brasil já possui tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a construção de centrífugas nucleares para propulsão de submarinos nucleares, porém esta parceria com a [[França]] foi necessária porque o Brasil ainda não tinha expertise para a construção do casco de um submarino nuclear,<ref name="naval.com.br">{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/2009/04/29/os-principais-meios-e-programas-da-marinha-do-brasil/|título=Os Principais Meios e Programas da Marinha do Brasil|autor=Galante|data=29 de abril de 2009|publicado= Poder Naval|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> hestes novos submarinos que serão incorporados a Força de Submarinos, tem previsão da primeira unidade operando a partir de 2015, e serão armados com torpedos derivados do [[IF-21 Black Shark]] e mísseis [[MBDA Exocet (míssil)|SM-39 Exocet]].</big>
 
<big>Está prevista a construção de seis navios escolta com capacidade de deslocamento de 6 000 toneladas, prevê a capacidade de os navios receberem sistemas, armas e sensores de livre escolha da Marinha, irá operar com helicóptero de até 12 toneladas e serão construídos no [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]].</big>
 
<big><ref>http://www.naval.com.br/blog/destaque/peamb/os-futuros-navios-de-escolta-da-marinha-do-brasil/ Poder Naval</ref> A Marinha também pretende adquirir cinquenta navios patrulha no período,<ref name="naval.com.br" /> sendo que os dois primeiros o [[NPa Macaé (P-70)|'' Macaé'']] e [[NPa Macau (P-71)|''Macau'']], com 500 toneladas de deslocamento, foram construídos no [[estaleiro]] [[INACE]]. Os navios-patrulha oceânicos de 1 800 toneladas de deslocamento, estão sendo construídos desde 2011, e a previsão é que sejam construídos oito unidades.<ref name="naval.com.br" /> Também está prevista a construção de 15 navios patrulha fluviais, que serão empregados na [[Bacia do Paraná]], [[Sub-bacia do rio Paraguai|Bacia do Paraguai]] e na [[Bacia Amazônica]].<ref>{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/destaque/peamb/os-futuros-navios-de-escolta-da-marinha-do-brasil/|título=Os Futuros Navios de Escolta da MB|autor=Luiz Monteiro|data=|publicado=Poder Naval|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref></big>
 
<big>O projeto também prevê, entre outros meios, da modernização do [[NAe São Paulo (A-12)|NAe ''São Paulo'']] e a possível aquisição de um novo [[navio-aeródromo]].<ref name="naval.com.br" /> Os caças [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|AF-1 Skyhawk]] que operam no porta aviões ''São Paulo'' estão passando por um processo de modernização executado pela [[Embraer]].<ref>{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/2009/04/15/nota-oficial-da-embraer-sobre-a-modernizacao-dos-af-1-da-marinha/|título=Nota oficial da Embraer sobre a modernização dos AF-1 da Marinha|autor=Guilherme Poggio|data=15 de abril de 2009|publicado=Poder Naval|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref></big>
 
<big>A Marinha também está desenvolvendo em conjunto com a empresa ''Mectron'', o [[míssil superfície-superfície]] [[MAN-1]],<ref>{{citar web|url=http://piratininga.wordpress.com/2009/05/29/sobre-o-man-1-parte-2/|título=Sobre o MAN 1 |autor=VA (RM1) Ronaldo Fiúza de Castro (entrevista)|data=29 de maio de 2009|publicado=|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> e adquiriu trinta veículos blindados [[Mowag Piranha|Piranha IIIC 8X8]], para o transporte de fuzileiros navais,<ref name="militarypower.com.br">{{citar web|url=http://www.militarypower.com.br/brasil.htm|título=Forças Armadas do Brasil|autor=Military Power|data=|publicado=|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> em operação na [[missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti]].<ref>{{citar web|url=http://www.defesanet.com.br/missao/haiti_07_7.htm|título=Série Missão Haiti 2007|autor=Kaiser Konrad|data=14 de setembro de 2007|publicado=Defesa@Net|acessodata=8 de fevereiro de 2011}}</ref> Quatro helicópteros de ataque [[Sikorsky SH-60 Seahawk|SH-60B Seahawk]] foram encomendados, e também está em estudo a modernização dos helicópteros de ataque [[Super Lynx]] do acervo da Marinha.<ref name="militarypower.com.br" /></big>
 
<big>Já está concretizado pelo Ministério da Defesa, a pareceria entre as empresas [[Eurocopter]] da [[França]] e a brasileira [[Helibrás]], para a compra e fabricação no Brasil, com transferência de tecnologia, de 50 [[helicóptero]]s [[EC-725 Super Cougar]] que serão distribuídos entre as três Forças Armadas.<ref>{{citar web|url=http://www.tecnodefesa.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=334:industria-francesa-comemora-negocios-no-brasil&catid=36:materias&Itemid=54|titulo=
Indústria francesa comemora negócios no Brasil|autor=André M. Mileski, Tecnologia & Defesa|data=|publicado=|acessodata=29 de outubro de 2010}}</ref></big>
 
== <big>Estrutura de comando </big>==
{{panorama|Brazilian Navy 2019.png|1000px|Estrutura organizacional do Comando de Operações Navais}}
 
Linha 205:
[[Imagem:Cv Solimões (V-24).jpg|thumb|<center>Corveta ''Solimões'' V24 (clase Imperial Marinheiro).</center>]]
[[Imagem:BNS_Araguari-3.jpg|thumb|<center>Napaoc ''Araguari'' P-122 (Classe Amazonas).</center>]]
<big>O Comando da Marinha é o órgão da [[União (Brasil)|União]] responsável pela Marinha do Brasil. O órgão nasceu em [[10 de junho]] de [[1999]] através da extinção do Ministério da Marinha e sua respectiva transformação em Comando. Está diretamente subordinado ao Ministro da Defesa e é comandado por um almirante-de-esquadra nomeado pelo [[Presidente do Brasil|Presidente da República]].</big>
 
=== <big>Estrutura Organizacional do Comando da Marinha </big>===
<big>O Comando da Marinha tem por propósito preparar a Marinha para o cumprimento da sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias. Tem a seguinte estrutura organizacional:<ref>[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5417.htm Art. 4º] do Decreto nº 5.417, de 13 de abril de 2005 do Anexo I da Estrutura Regimental do Comando da Marinha, Capítulo I</ref></big>
 
<big>I - Órgão de direção geral: Estado-Maior da Armada;<br></big>
 
<big>II - Órgão de assessoramento superior: Almirantado;<br></big>
 
<big>III - Órgãos de assistência direta e imediata ao Comandante da Marinha:</big>
 
:<big>a) Gabinete do Comandante da Marinha;<br></big>
:<big>b) Centro de Inteligência da Marinha;<br></big>
:<big>c) Procuradoria Especial da Marinha; e<br></big>
:<big>d) Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar;</big>
 
<big>IV - Órgãos de direção setorial:</big>
 
:<big>a) Comando de Operações Navais;<br></big>
:<big>b) Comando-Geral do [[Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil|Corpo de Fuzileiros Navais]];<br></big>
:<big>c) Diretoria-Geral de Navegação;<br></big>
:<big>d) Diretoria-Geral do Material da Marinha;<br></big>
:<big>e) Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha; e<br></big>
:<big>f) Secretaria-Geral da Marinha;</big>
 
<big>V - Organizações Militares da Marinha;</big>
 
<big>VI - Órgãos colegiados:</big>
 
:<big>a) Conselho de Almirantes;<br></big>
:<big>b) Conselho de Ciência e Tecnologia da Marinha;<br></big>
:<big>c) Conselho do Planejamento de Pessoal;<br></big>
:<big>d) Conselho do Plano Diretor;<br></big>
:<big>e) Conselho Financeiro e Administrativo da Marinha;<br></big>
:<big>f) Comissão de Promoções de Oficiais; e<br></big>
:<big>g) Comissão para Estudos dos Uniformes da Marinha;</big>
 
<big>VII - Entidades vinculadas:</big>
 
:<big>a) Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha; e<br></big>
:<big>b) [[Empresa Gerencial de Projetos Navais]] - EMGEPRON;</big>
 
<big>VIII - Órgão autônomo vinculado: Tribunal Marítimo.</big>
 
== <big>Hierarquia </big>==
<big>O ordenamento hierárquico dos oficiais da Marinha do Brasil é feito por círculos; dentro de um mesmo círculo, por postos e, dentro de um mesmo posto, pela antiguidade no posto:</big>
 
* <big>Círculo de Oficiais-Generais</big>
** <big>[[Almirante]] (Alte) (Em caso de guerra)</big>
** <big>[[Almirante-de-esquadra]] (Alte Esq)</big>
** <big>[[Vice-Almirante]] (V Alte)</big>
** <big>[[Contra-Almirante]] (C Alte)</big>
 
* <big>Círculo de Oficiais Superiores</big>
** <big>[[Capitão-de-Mar-e-Guerra]] (CMG)</big>
** <big>[[Capitão de fragata]] (CF)</big>
** <big>[[Capitão-de-Corveta]] (CC)</big>
* <big>Círculo de Oficiais Intermediários</big>
** <big>[[Capitão-Tenente]] (CT).</big>
 
* <big>Círculo de Oficiais Subalternos</big>
** <big>[[Primeiro-Tenente]] (1º Ten)</big>
** <big>[[Segundo-Tenente]] (2º Ten)</big>
 
<big>O ordenamento hierárquico dos praças da Marinha do Brasil ocorre de forma idêntica ao dos oficiais, estão divididos por círculos e obedecem aos mesmos critérios:</big>
 
* <big>Círculo de Suboficiais e Sargentos</big>
** <big>[[Suboficial]] (SO)</big>
** <big>Primeiro-Sargento (1º SGT)</big>
** <big>Segundo-Sargento (2º SGT)</big>
** <big>Terceiro-Sargento (3º SGT).</big>
 
* <big>Círculo de Cabos, Marinheiros e Soldados</big>
** <big>[[Cabo (militar)|Cabo]] (CB)</big>
** <big>[[Marinheiro]] (MN) e Soldado (SD)</big>
 
== <big>Missão </big>==
[[Ficheiro:AF1 da Marinha do Brasil 2.jpg|thumb|Um [[Caça (avião)|caça]] [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|Skyhawk]] no [[porta-aviões]] [[NAe São Paulo]].]]
<big>A missão primordial da Marinha é garantir a defesa da Pátria juntamente com as demais Forças Armadas.{{nota de rodapé|Artigo 142 da [[Constituição da República Federativa do Brasil]].<ref name=constituibr>BRASIL. [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Constituição Federal]. Acesso em 14 de dezembro de 2013.</ref>}} Para o cumprimento de sua missão constitucional a Marinha deve preparar e aplicar o Poder Naval. Cabe ainda à Marinha, como missão secundária, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.</big>
 
<big>Como o Brasil não possui um órgão exclusivo para organizar, fiscalizar e orientar a [[Marinha Mercante]] e policiar a costa brasileira e águas interiores, ela também exerce o papel de "Guarda Costeira". Estas funções são definidas como atribuições subsidiárias particulares<ref>[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp97.htm Artigo 17 da Lei complementar nº 97, de 9/06/99]</ref> e são discriminadas a seguir:</big>
 
* <big>Orientar e controlar a [[Marinha Mercante]] e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional;</big>
* <big>Prover a segurança da navegação aquaviária;</big>
* <big>Contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar; e</big>
* <big>Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em coordenação com outros órgãos do poder executivo, Federal ou Estadual, quando se fizer necessária, em razão de competências específicas.</big>
 
=== <big>Distritos Navais </big>===
* <big>[[1.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] no [[Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)]]</big>
* <big>[[2.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Salvador (Bahia)]]</big>
* <big>[[3.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Natal (Rio Grande do Norte)]]</big>
* <big>[[4.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Belém (Pará)]]</big>
* <big>[[5.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Rio Grande (Rio Grande do Sul)]]</big>
* <big>[[6.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Ladário|Ladário (Mato Grosso do Sul)]]</big>
* <big>[[7.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Brasília|Brasília (Distrito Federal)]]</big>
* <big>[[8.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[São Paulo (São Paulo)]]</big>
* <big>[[9.º Distrito Naval da Marinha do Brasil]] em [[Manaus|Manaus (Amazonas)]]</big>
 
=== <big>Arsenal e Bases Navais </big>===
* [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro|<big>Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro</big>]]
* [[Base Naval do Rio de Janeiro|<big>Base Naval do Rio de Janeiro</big>]]
* [[Base Naval de Aratu|<big>Base Naval de Aratu</big>]]
* [[Base Fluvial de Ladário|<big>Base Fluvial de Ladário</big>]]
* [[Base Naval de Val-de-Cães|<big>Base Naval de Val-de-Cães</big>]]
* [[Base Naval de Natal|<big>Base Naval de Natal</big>]]
* [[Base Almirante Castro e Silva|<big>Base Almirante Castro e Silva</big>]]
* [[Estação Naval do Rio Negro|<big>Estação Naval do Rio Negro</big>]]
* [[Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia|<big>Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia</big>]]
 
=== <big>Grupamentos de Fuzileiros Navais </big>===
<big><ref>{{citar web|url=https://www.mar.mil.br/cgcfn/cfn/gptfn.htm|titulo=Grupamentos de Fuzileiros Navais (GptFN) |autor= CGCFN - Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais|data=|publicado=|acessodata=29 de outubro de 2010}}</ref></big>
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro]] RJ ([[1º Distrito Naval da Marinha do Brasil|1º Distrito Naval]])
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador]] BA ([[2º Distrito Naval da Marinha do Brasil|2º Distrito Naval]])
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal]] RN ([[3º Distrito Naval da Marinha do Brasil|3º Distrito Naval]])
* [[1º Distrito Naval da Marinha do Brasil|2º]] [[Batalhão de Operações Ribeirinhas]] PA ([[4º Distrito Naval da Marinha do Brasil|4º Distrito Naval]])
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais de Rio Grande]] RS ([[5º Distrito Naval da Marinha do Brasil|5º Distrito Naval]])
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário]] MS ([[6º Distrito Naval da Marinha do Brasil|6º Distrito Naval]])
* [[Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília]] DF ([[7º Distrito Naval da Marinha do Brasil|7º Distrito Naval]])
* [[1º Distrito Naval da Marinha do Brasil|1º]] [[Batalhão de Operações Ribeirinhas]] AM ([[8º Distrito Naval da Marinha do Brasil|9º Distrito Naval]])
* [[Força de Fuzileiros da Esquadra]]
 
* <big>[[Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro]] RJ ([[1º Distrito Naval da Marinha do Brasil|1º Distrito Naval]])</big>
== Organizações Militares ==
* <big>[[Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador]] BA ([[2º Distrito Naval da Marinha do Brasil|2º Distrito Naval]])</big>
* [[Diretoria de Hidrografia e Navegação]]
* <big>[[ForçaGrupamento de SubmarinosFuzileiros Navais de Natal]] RN ([[3º Distrito Naval da Marinha do Brasil)|Força deDistrito SubmarinosNaval]])</big>
* <big>[[1º Distrito Naval da Marinha do Brasil|2º]] [[Batalhão de Operações Ribeirinhas]] PA ([[4º Distrito Naval da Marinha do Brasil|4º Distrito Naval]])</big>
* [[Aviação Naval Brasileira|Força Aeronaval]]
* <big>[[Grupamento de Fuzileiros Navais de Rio Grande]] RS ([[5º Distrito Naval da Marinha do Brasil|5º Distrito Naval]])</big>
* [[Flotilha do Mato Grosso]]
* <big>[[Grupamento de Fuzileiros Navais de NatalLadário]] RNMS ([[36º Distrito Naval da Marinha do Brasil|36º Distrito Naval]])</big>
* [[Flotilha do Amazonas]]
* <big>[[Grupamento de Fuzileiros Navais de LadárioBrasília]] MSDF ([[67º Distrito Naval da Marinha do Brasil|67º Distrito Naval]])</big>
* [[Grupamento Naval do Norte]]
* <big>[[Grupamento deDistrito FuzileirosNaval Navaisda Marinha do Brasil|1º]] [[Batalhão de BrasíliaOperações Ribeirinhas]] DFAM ([[78º Distrito Naval da Marinha do Brasil|79º Distrito Naval]])</big>
* [[Grupamento Naval do Nordeste]]
* [[Força de Fuzileiros da Esquadra|<big>Força de Fuzileiros da Esquadra</big>]]
* [[Grupamento Naval do Sudeste]]
 
== <big>Organizações Militares </big>==
== Ver também ==
* [[Diretoria de Hidrografia e Navegação|<big>Diretoria de Hidrografia e Navegação</big>]]
*[[Corpo de Fuzileiros Navais]]
* [[ListaForça dasde embarcações daSubmarinos (Marinha do Brasil)|Embarcações<big>Força dade Marinha do BrasilSubmarinos</big>]]
* [[Lista de aeronaves que serviram a Aviação Naval Brasileira|Aeronaves<big>Força da Aviação Naval BrasileiraAeronaval</big>]]
* [[Flotilha do Mato Grosso|<big>Flotilha do Mato Grosso</big>]]
*[[Lista de ministros da Marinha do Brasil|Ministros da Marinha do Brasil]]
* [[Flotilha do Amazonas|<big>Flotilha do Amazonas</big>]]
*[[Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República]]
* [[Grupamento Naval do Norte|<big>Grupamento Naval do Norte</big>]]
*[[Ministério da Defesa (Brasil)]]
* [[Grupamento Naval do Nordeste|<big>Grupamento Naval do Nordeste</big>]]
*[[Exército Brasileiro]]
* [[Grupamento Naval do Sudeste|<big>Grupamento Naval do Sudeste</big>]]
*[[Força Aérea Brasileira]]
 
*[[Rádio Marinha]]
== <big>Ver também </big>==
*[[Corpo de Fuzileiros Navais|<big>Corpo de Fuzileiros Navais</big>]]
*[[Lista das embarcações da Marinha do Brasil|<big>Embarcações da Marinha do Brasil</big>]]
*[[Lista de aeronaves que serviram a Aviação Naval Brasileira|<big>Aeronaves da Aviação Naval Brasileira</big>]]
*[[Lista de ministros da Marinha do Brasil|<big>Ministros da Marinha do Brasil</big>]]
*[[Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República|<big>Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República</big>]]
*[[Ministério da Defesa (Brasil)|<big>Ministério da Defesa (Brasil)</big>]]
*[[Exército Brasileiro|<big>Exército Brasileiro</big>]]
*[[Força Aérea Brasileira|<big>Força Aérea Brasileira</big>]]
*[[Rádio Marinha|<big>Rádio Marinha</big>]]
 
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== <big>Ligações externas </big>==
{{Commons|Category:Naval ships of Brazil}}
*<big>{{Link||2=https://www.mar.mil.br |3=Marinha do Brasil}}</big>
*<big>{{Link||2=https://www.marinha.mil.br/navios |3= Embarcações da Esquadra da Marinha do Brasil}}</big>
*<big>{{Link||2=http://hmmb.com.br/|3=Ordens e Medalhas Militares do Brasil}}</big>
 
{{Forças Armadas do Brasil}}
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{{Distritos navais da marinha do Brasil}}
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<big>{{Controle de autoridade}}</big>
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