Ayrton Senna: diferenças entre revisões
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Senna atraiu a atenção de diversas equipes de Fórmula 1 como [[WilliamsF1|Williams]], [[McLaren]], [[Brabham]] e [[Toleman]]. Ao contrário do que se imagina, seu compatriota [[Nelson Piquet]] não se opôs à sua contratação pela Brabham. A patrocinadora da equipe, a [[Parmalat]], tinha mais interesse em ter um piloto italiano na equipe do que ter dois brasileiros, influenciando na decisão da equipe em contratar o piloto italiano [[Teo Fabi]] para a temporada. Senna, imaginando que Piquet tinha mais influência na equipe, ficou ressentido, declarando em uma entrevista que "Ele (Piquet) não ajudou e nem atrapalhou", dando a entender que sua ida à Brabham foi vetada pelo então bicampeão mundial. Assim, das três remanescentes, apenas a equipe Toleman ofereceu a ele um carro para disputar o campeonato do ano de 1984.<ref name="biografia2004" />
Senna marcou seu primeiro ponto no campeonato mundial de pilotos logo no segundo grande prêmio que disputou, em [[Kyalami]] na [[Grande Prêmio da África do Sul de 1984 (Fórmula 1)|África do Sul]]. Ele repetiu o resultado duas semanas depois, no [[Grande Prêmio da Bélgica de 1984 (Fórmula 1)|Grande Prêmio da Bélgica]], disputado no circuito de [[Circuit Zolder|Zolder]]. Uma semana depois, o piloto brasileiro não conseguiu tempo para o [[Grande Prêmio de San Marino de 1984 (Fórmula 1)|Grande Prêmio de San Marino]], em [[Imola]].
Uma semana antes do [[Grande Prêmio de Mônaco de 1984 (Fórmula 1)|GP de Mônaco]], ele participou do evento promocional [[Corrida dos Campeões de Nurburgring de 1984|Corrida dos Campeões de Nurburgring]], ao lado de ex-campeões da F-1, como [[Stirling Moss|Sir Stirling Moss]], [[Jack Brabham]], [[John Surtees]], [[Phil Hill]], [[Niki Lauda]] e o futuro campeão [[Alain Prost]]. Todos correram com o mesmo carro de rua - um Mercedes 190 E 2,3 - 16 - e Senna chegou em primeiro, logo a frente de Niki Lauda.<ref name="TT">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20150922005844/https://terceirotempo.bol.uol.com.br/noticias/o-show-de-senna-correndo-de-mercedes-benz|título=O show de Senna correndo de Mercedes-Benz|publicado=terceirotempo.bol.uol.com.br|data=1/05/2014|acessodata=16 de dezembro de 2018}}</ref>
[[Imagem:Eröffnungsrennen 1984-05-12.jpg|thumb|Senna venceu a corrida de exibição feita para celebrar a inauguração do novo [[Nürburgring]] em 1984.]]
No [[Grande Prêmio de Mônaco de 1984 (Fórmula 1)|GP de Mônaco]], sua performance trouxe-lhe todas as atenções das demais equipes. Classificou-se em 13º no ''grid'' de largada, e fez um rápido progresso através das estreitas ruas de [[Monte Carlo]]. Na volta 19, passou [[Niki Lauda]], que estava em segundo, e começou a ameaçar o líder [[Alain Prost]], e continuou por várias voltas lutando pelo primeiro lugar com seu limitado Toleman. A esta altura já chovia muito no circuito e a corrida foi interrompida na volta 31 por razões de segurança. Senna chegou a comemorar a vitória ultrapassando Alain Prost a poucos metros da linha de chegada mas, nesses casos, o regulamento mandava considerar as colocações da volta anterior e, ainda, por ter sido interrompida com menos da metade da corrida, os pontos deveriam ser computados pela metade.<ref name="biografia2004" /> Senna ainda ganharia dois pódios naquele ano - terceiro no [[Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1984 (Fórmula 1)|Grande Prêmio da Grã-Bretanha]], em [[Brands Hatch]], e no [[Grande Prêmio de Portugal de 1984 (Fórmula 1)|GP de Portugal]], em [[Autódromo do Estoril|Estoril]]. Isso o deixou empatado com [[Nigel Mansell]] com treze pontos, apesar de ter perdido o [[Grande Prêmio da Itália de 1984 (Fórmula 1)|GP da Itália]] quando a Toleman o suspendeu de correr por quebra de contrato, depois de ele ter assinado com a Lotus para a temporada seguinte.
Ainda em 1984, Senna tomou parte nos [[1000 km de Nürburgring de 1984|1000 km de Nürburgring]], onde pilotou o [[Porsche]] 956, correndo em parceria com [[Henri Pescarolo]] e [[Stefan Johansson]].<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20130224125628/http://tazio.uol.com.br/blog/mil-milhas/ayrton-senna-e-o-mundial-de-endurance|título=Ayrton Senna e o mundial de Endurance|publicado=tazio.uol.com.br|data=6/06/2012|acessodata=16 de dezembro de 2018}}</ref> Apesar de ser sua estreia nesse tipo de competição, Ayrton Senna conseguiu fazer a melhor volta em três oportunidades durante a corrida, tanto em pista seca como em condições de chuva,<ref name="folha">{{citar web|url=https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=8835&keyword=Porsch&anchor=4197208&origem=busca&pd=498c93848bb24c49b38db23b6c66bfd3|título=Senna vira fera com Porsche nas mãos|publicado=Acervo Folha de S.Paulo|data=16/07/1984|acessodata=16 de dezembro de 2018}}</ref> além de marcar o sétimo melhor tempo, em baixo de chuva. Somados os tempos dos três pilotos, a equipe largou em nono lugar.<ref name="1000km">{{citar web|url= http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/provas-especiais/historica-corrida-de-senna-em-um-prototipo/ |título= A histórica corrida de Senna em um protótipo |publicado= Site oficial Ayrton Senna |data= |acessodata=16 de dezembro de 2016}}</ref> No final, a equipe de Ayrton terminou em oitavo lugar sendo prejudicado por um problema que obrigou o carro a ficar parado durante 17 minutos, aproximadamente oito voltas. A equipe acreditava na época que sem o referido problema, o carro chegaria em terceiro lugar.<ref name="folha" /><ref name="1000km" /> Esta corrida, juntamente com a corrida [[Corrida dos Campeões de Nurburgring de 1984|Corrida dos Campeões de Nurburgring]], foram as únicas que Senna realizou correndo em carros com cockpit fechado.<ref name="biografia2004" />
Em novembro de 1984, Ayrton sofreu com uma [[paralisia facial]], que a princípio pensaram ser um [[derrame]]. Na verdade era uma ''paralisia facial periférica'', resultado de uma [[mastoidite]], inflamação do nervo mastóide, responsável pelos comandos do cérebro à musculatura facial. No princípio, Senna tratou a doença com altas doses de [[cortisona]], porém, com medo de efeitos colaterais, experimentou um tratamento alternativo com o médico Haruo Nishimura. No entanto, o tratamento não surtiu efeito, tendo assim que voltar ao tratamento convencional. No entanto, o problema foi resolvido quando [[Nuno Cobra]], preparador físico, começou a tratar do piloto.<ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/242/reportagens/gente_fora_da_serie_02.htm|título=Do kart às fórmulas européias|língua=|autor=Isto É Gente|obra=terra.com.br/istoegente|data=29/03/2004|acessodata=10/06/2017}}</ref>
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Todavia, a liderança do campeonato não foi mantida por muito tempo já que Senna abandonou diversas outras corridas por problemas mecânicos. A caça ao primeiro título mundial acabou sendo uma luta entre Prost e sua McLaren-TAG e a dupla Piquet e Mansell da Williams-Honda. Na [[Grande Prêmio da Hungria de 1986 (Fórmula 1)|Hungria]], um circuito ainda mais travado (onde as ultrapassagens são mais difíceis), repetiu uma vez mais a estratégia, mas foi ultrapassado por Nelson Piquet. Ainda nesse ano, Senna se tornaria definitivamente um ídolo no Brasil ao conquistar sua segunda vitória na temporada no [[Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1986 (Fórmula 1)|GP dos Estados Unidos]], disputado em [[Detroit street circuit|Detroit]], e terminou o campeonato novamente na quarta colocação, com 55 pontos, oito ''poles'' e seis pódios.<ref name="biografia2004" />
{{Caixa de citação
Ainda em 1986, a convite da revista britânica "''Cars and Car Conversions''", Senna fez testes em carros de rally (ele dirigiu um Vauxhall Nova 1.3, um Golf GTi do Grupo A, um [[Ford Sierra|Ford Sierra Cosworth RS]], um [[Ford Escort|Ford Escort V6 3.4]] de tração integral e um Austin Metro 6R4 do Grupo B - com o mesmo V6 que acabou no Jaguar XJ220), porém com apenas 250 cv. A matéria rendeu oito páginas. Mais tarde, esta edição tornar-se-ia artigo de colecionador e um dos raríssimos exemplares chegou a custar £ 100 no eBay.uk. Sobre a experiência, Senna fez a seguinte declaração<ref name="Flatout">[http://www.flatout.com.br/o-dia-em-que-ayrton-senna-foi-piloto-de-rally/ flatout.com.br/] ''O dia em que Ayrton Senna foi piloto de rally''</ref>:▼
|largura= 30%
|autor =Senna, em reportagem para a revista britânica "''Cars and Car Conversions''" (edição de novembro de 1986) }} ▲Ainda em 1986, a convite da revista britânica "''Cars and Car Conversions''", Senna fez testes em carros de rally (ele dirigiu um Vauxhall Nova 1.3, um Golf GTi do Grupo A, um [[Ford Sierra|Ford Sierra Cosworth RS]], um [[Ford Escort|Ford Escort V6 3.4]] de tração integral e um Austin Metro 6R4 do Grupo B - com o mesmo V6 que acabou no Jaguar XJ220), porém com apenas 250 cv. A matéria rendeu oito páginas. Mais tarde, esta edição tornar-se-ia artigo de colecionador e um dos raríssimos exemplares chegou a custar £ 100 no eBay.uk.
O ano de {{AnosF1|1987}} veio com muitas promessas de dias melhores. A Lotus tinha um novo patrocinador, o [[Camel (cigarro)|Camel]], e o mesmo poder dos motores [[Honda]] das Williams depois que a [[Renault]] decidira se retirar do esporte. Depois de um começo lento, Senna ganhou duas corridas em seguida: o prestigioso GP de Mônaco (a primeira do recorde de seis vitórias no [[principado]]) e o [[Grande Prêmio do Leste dos Estados Unidos de 1987 (Fórmula 1)|GP dos Estados Unidos]] em [[Detroit street circuit|Detroit]], também pelo segundo ano seguido, e mais uma vez chegou à liderança do campeonato. Nesse momento, a [[Lotus 99T|Lotus 99T Honda]] parecia ser mais ou menos igual aos ótimos Williams-Honda, mais uma vez pilotados por Piquet e Mansell. Mas apesar da performance do 99T, que usava a tecnologia da suspensão ativa, as [[Williams FW11|Williams FW11B]] de Nelson Piquet e Nigel Mansell eram ainda carros a serem batidos. A diferença entre as duas equipes nunca foi tão evidente quanto no [[Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1987 (Fórmula 1)|GP da Grã-Bretanha]], em [[Circuito de Silverstone|Silverstone]], onde Mansell e Piquet voaram sobre as Lotus de Senna e seu parceiro [[Satoru Nakajima]]. Depois de rodar na pista devido a uma falha na [[embreagem]] a três voltas do final no [[Grande Prêmio do México de 1987 (Fórmula 1)|GP do México]], Senna ficou fora da luta pelo campeonato, deixando Piquet e Mansell brigando por ele nas últimas duas corridas.<ref name="biografia2004" />
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[[Imagem:Viviane Senna 2011.jpg|thumb|esquerda|[[Viviane Senna]] preside o [[Instituto Ayrton Senna]].]]
A reforma do autódromo de Interlagos em 1990 teve uma mudança radical no traçado, foi proposta para seguir as regras de limites de distância de um circuito da FIA, e uma grande curva inclinada foi sugerida para ligar a reta dos boxes à curva do sol. Ayrton propôs um "S" que ligasse as duas retas, daí o nome de "S do Senna", pelo design do tricampeão, e não somente uma homenagem dada a ele. Com a morte de Ayrton Senna, novas normas de segurança foram implementadas para a F1. Novas barreiras, curvas redesenhadas, altas medidas de segurança e o próprio ''[[cockpit]]'' dos pilotos foram as mudanças feitas na F1, ligadas diretamente à sua morte.
Ayrton Senna contribuiu para o desenvolvimento do projeto base do protótipo [[Honda NSX]], lançado em 1990, em sua fase de testes. Isso se deu durante o acordo feito entre a montadora Honda que se mantinha como fornecedora de motores para equipe McLaren. Ayrton contribuiu realizando vários testes de desempenho e controle durante longas sessões no [[Circuito de Suzuka]].<ref>{{citar web|url=http://www1.uol.com.br/bestcars/cpassado3/honda-nsx-1.htm|título=Com o aval de um mito|publicado=Best Cars|data=6/06/2009|acessodata=16 de dezembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.motortrend.com/news/the-asphalt-jungle-ayrton-senna/|título=The Asphalt Jungle: Ayrton's Car|publicado=Motortrend|data=16/08/2006|acessodata=16 de dezembro de 2018}}</ref>
Ayrton foi homenageado em selos em três oportunidades pelos [[Correios do Brasil]]; 1989, 1994 e 2000.<ref>{{citar web|título=Ayrton Senna do Brasil|publicado=Pan Colecionismo|obra=pancolecionismo.com|url=http://www.pancolecionismo.com/main.html?src=%2F183878%2F289484.html|acessodata=27-05-2018}}</ref>
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