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Mesmo após a morte de Pedro Valdo, em [[1220]], seus discípulos continuaram o movimento, sendo nomeados, então, os [[valdenses]].
 
== A conversão de Pedro Valdo ==
Valdo fez fortuna com usuras. Em 1173, em um certo domingo, quando se juntou à multidão que ouvia um pregador, sentiu-se tocado pelas suas palavras, e convidando o pregador para sua casa, tomou conta dele e ouviu-o. A passagem que o pregador recitava era sobre [[Aleixo de Roma]], que tivera uma morte abençoada na casa de seu pai. Na manhã seguinte, Valdo se apressou em ir à escolas de teologia para buscar conselhos para a sua alma, e ele foi instruído de que havia muitos caminhos que levam a Deus, e perguntou qual destes seria o mais perfeito de todos. Responderam-lhe a passagem do Novo Testamento "O Mancebo Rico", do evangelho de Mateus, capítulo 19 versículo 21: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me."
 
Então Valdo se dirigiu à sua esposa, e a deu duas escolhas: manter a propriedade pessoal ou seus imóveis, pois tinha campos, casas, aluguéis, vinhas, moinhos e direitos de pesca. Descontente, ela decidiu por manter seus diversos imóveis. De sua casa ele fez um asilo a qualquer que tivesse sido tratado injustamente; grande parte disso ele deu às suas filhas que, sem consentimento de sua mulher, as mudou para o convento de [[Fontevraud-l'Abbaye]]; mas a maior parte de seu dinheiro ele deu aos pobres. Neste período, uma grande fome estava assolando a França e Alemanha. Valdo, então, deu pão com vegetais e carne a qualquer que viesse a ele, por três dias, em qualquer semana entre [[Pentecostes]] e a festa de [[Libertação de São Pedro]].
 
Na festa de [[Assunção de Maria]], jogando dinheiro aos pobres da vila, ele bramou: "Nenhum homem pode servir a dois senhores, Deus e [[Mamon]]." Então seus conhecidos correram, pois o tiveram por louco. Mas indo a um lugar mais alto, disse:"Meus compatriotas e amigos, não estou louco como pensam, mas estou me vingando de meus inimigos, que me fizeram escravo, pois sempre tive mais cuidado com dinheiro do que com Deus, e servi a criatura no lugar do Criador. Sei que muitos me acusarão por agir abertamente, mas eu o faço por minha própria conta e por vós; na minha conta, pois quem me ver doravante possuindo algum dinheiro irá dizer que estou louco, e por vós, de modo que aprendam a colocar esperança em Deus e não nos ricos."
 
No dia seguinte, vindo da igreja, perguntou a um cidadão, que era conhecido seu, que desse-lhe algo para comer. Seu amigo, tomando-o para sua casa, disse: "Eu irei dar-lhe o que precisar enquanto eu viver." Quando isso chegou aos ouvidos de sua esposa, esta correu ao arcebispo da cidade, implorando-lhe que não deixasse seu marido mendigar pão de ninguém, a não ser dela. Aos que ouviram isto, foram tomados por tristeza.
 
Valdo foi conduzido à presença do arcebispo. Então sua mulher, agarrando-o pelo pescoço, disse: "Não é melhor, marido, que eu redima meus pecados dando-te esmolas, do que outros estranhos o fazendo?" Então desde então ele não era autorizado a aceitar comida de quem quer que fosse, exceto de sua mulher.<ref>{{Citar web|url=https://sourcebooks.fordham.edu/source/waldo1.asp|titulo=Internet History Sourcebooks Project|acessodata=2018-12-24|obra=sourcebooks.fordham.edu}}</ref><ref>{{citar livro|título=Readings in European History|ultimo=ROBINSON|primeiro=JAMES HARVEY|editora=Ginn & Company|ano=1905|local=Boston|páginas=381-383|acessodata=24/12/2018}}</ref>
 
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