Roberto Marinho: diferenças entre revisões

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Com a decisão da Rede Globo de não seguir com a joint venture, o prédio foi solicitado como garantia e através de um empréstimo, em 1969 Roberto Marinho recomprou o prédio e encerrou o contrato de assistência técnica com a Time-Life.<ref name=Jornalvalor>{{citar web |url=https://www.valor.com.br/cultura/4019070/aos-50-tv-globo-projeta-o-futuro |título=Aos 50 TV Globo projeta o futuro |acessodata=20 de dezembro de 2018 |data= 2015-04-24 |publicado=Valor Economico}}</ref><ref name=JornalFolhaSP2>{{citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/tv_17.htm |título=Especial O dono do Mundo |acessodata=20 de dezembro de 2018 |publicado=Folha de SP}}</ref>
 
Em [[1966]], foi criada a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a constitucionalidade do acordo entre Globo e Time-Life. A CPI, presidida pelo deputado Roberto Saturnino Braga com o deputado Djalma Marinho como relator, deu parecer desfavorável à Globo, alegando que a empresa americana estaria participando da orientação intelectual e administrativa da emissora. Em fevereiro de 1967, o governo mudou a legislação sobre concessões de telecomunicações, criou restrições aos empréstimos de origem externa e à contratação de assistência técnica do exterior, mas reconheceu a legalidade dos contratos anteriores entre Globo e Time-Life.<ref name=FSP-07-AGO-2003/><ref name=Jornalvalor>{{citar web |url=https://www.valor.com.br/cultura/4019070/aos-50-tv-globo-projeta-o-futuro |título=Aos 50 TV Globo projeta o futuro |acessodata=20 de dezembro de 2018 |data= 2015-04-24 |publicado=Valor Economico}}</ref>
Embora o artigo 160 da [[Constituição brasileira de 1946]] vetasse a participação acionária de estrangeiros em empresas de comunicação do país e um relatório de uma [[Comissão Parlamentar de Inquérito]] criada para investigar o acordo concluiu que a Constituição fora de fato desrespeitada, tanto o procurador-geral da República, em 1967, quanto o presidente [[Artur da Costa e Silva|Costa e Silva]], em 1968, avalizaram a operação como legal.<ref name=FSP-07-AGO-2003/> Com o declínio das concorrentes [[TV Tupi|Tupi]] e [[TV Excelsior|Excelsior]] e a colaboração com a ditadura militar, a Rede Globo ganhou rapidamente projeção nacional{{nota de rodapé|A TV Globo conquistou os cariocas no verão de 1966, quando interrompeu sua programação para fazer com exclusividade a cobertura ao vivo das enchentes que deixaram dezenas de mortos e feridos na capital fluminense. A ideia da cobertura ao vivo foi do executivo [[Walter Clark]], responsável por implantar o famoso "[[Padrão Globo de Qualidade]]".<ref name=FSP-07-AGO-2003>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u52057.shtml |título=Roberto Marinho influiu durante sete décadas |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Folha de S.Paulo |coautores= |data=7 de agosto de 2003 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Folha de S.Paulo |páginas= |língua= |citação= }}</ref><ref>{{citar web |url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/enchente-no-rio-1966.htm |autor=Memória Globo |titulo=Enchentes no Rio em 1966 |acesso=06 de abril de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Memória Globo |páginas= |língua= |citação= }}</ref> Em 1969, uma casualidade mudou os rumos da TV Globo, quando um incêndio destruiu a sede da TV Globo São Paulo. Com os estúdios devastados, a cidade teve de assistir integralmente à programação do Rio de Janeiro, mas a audiência na cidade não caiu. O que era estratégia de emergência virou a grande vantagem da emissora, que se tornou a primeira emissora nacional do país, e uma rede que alcançasse o território nacional era tudo o que os militares queriam.<ref name=SI-JUN-2005>{{citar web |url=http://super.abril.com.br/cultura/voz-brasil-445717.shtml |título=A Voz do Brasil |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Leandro Narloch |coautores= |data=junho de 2005 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Superinteressante |páginas= |língua= |citação= }}</ref>}} Além da força da emissora de Televisão e de ter "[[O Globo]]" entre os jornais mais vendidos do Rio de Janeiro e a [[Rádio Globo Rio de Janeiro|Rádio Globo]] líder de audiência carioca, Roberto Marinho diversificou suas atividades empresarias com fazendas de gado, centros comerciais e uma das maiores [[arte|coleções de arte]] na [[América do Sul]].<ref name=JB-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/economia/noticias/2014/03/14/como-se-fez-ricos-no-brasil-nos-ultimos-30-anos/ |título=Como se fez ricos no Brasil nos últimos 30 anos |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Jornal do Brasil |coautores= |data=14 de março de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Jornal do Brasil |páginas= |língua= |citação= }}</ref>
 
Embora o artigo 160 da [[Constituição brasileira de 1946]] vetasse a participação acionária de estrangeiros em empresas de comunicação do país e um relatório de uma [[Comissão Parlamentar de Inquérito]] criada para investigar o acordo concluiu que a Constituição fora de fato desrespeitada, tanto o procurador-geral da República, em 1967, quanto o presidente [[Artur da Costa e Silva|Costa e Silva]], em 1968, avalizaram a operação como legal.<ref name=FSP-07-AGO-2003/> Com o declínio das concorrentes [[TV Tupi|Tupi]] e [[TV Excelsior|Excelsior]] e a colaboração com a ditadura militar, a Rede Globo ganhou rapidamente projeção nacional{{nota de rodapé|A TV Globo conquistou os cariocas no verão de 1966, quando interrompeu sua programação para fazer com exclusividade a cobertura ao vivo das enchentes que deixaram dezenas de mortos e feridos na capital fluminense. A ideia da cobertura ao vivo foi do executivo [[Walter Clark]], responsável por implantar o famoso "[[Padrão Globo de Qualidade]]".<ref name=FSP-07-AGO-2003>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u52057.shtml |título=Roberto Marinho influiu durante sete décadas |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Folha de S.Paulo |coautores= |data=7 de agosto de 2003 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Folha de S.Paulo |páginas= |língua= |citação= }}</ref><ref>{{citar web |url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/enchente-no-rio-1966.htm |autor=Memória Globo |titulo=Enchentes no Rio em 1966 |acesso=06 de abril de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Memória Globo |páginas= |língua= |citação= }}</ref> Em 1969, uma casualidade mudou os rumos da TV Globo, quando um incêndio destruiu a sede da TV Globo São Paulo. Com os estúdios devastados, a cidade teve de assistir integralmente à programação do Rio de Janeiro, mas a audiência na cidade não caiu. O que era estratégia de emergência virou a grande vantagem da emissora, que se tornou a primeira emissora nacional do país, e uma rede que alcançasse o território nacional era tudo o que os militares queriam.<ref name=SI-JUN-2005>{{citar web |url=http://super.abril.com.br/cultura/voz-brasil-445717.shtml |título=A Voz do Brasil |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Leandro Narloch |coautores= |data=junho de 2005 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Superinteressante |páginas= |língua= |citação= }}</ref>}} Além da força da emissora de Televisão e de ter "[[O Globo]]" entre os jornais mais vendidos do Rio de Janeiro e a [[Rádio Globo Rio de Janeiro|Rádio Globo]] líder de audiência carioca, Roberto Marinho diversificou suas atividades empresarias com fazendas de gado, centros comerciais e uma das maiores [[arte|coleções de arte]] na [[América do Sul]].<ref name=JB-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/economia/noticias/2014/03/14/como-se-fez-ricos-no-brasil-nos-ultimos-30-anos/ |título=Como se fez ricos no Brasil nos últimos 30 anos |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Jornal do Brasil |coautores= |data=14 de março de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Jornal do Brasil |páginas= |língua= |citação= }}</ref>
 
O apoio de Marinho ao regime militar prosseguiu ao longo da [[década de 1970]].<ref>[http://www.pressreference.com/Be-Co/Brazil.html Brazil] publicado por "Press Reference"</ref> Em 1972, o então presidente [[Emílio Garrastazu Médici]] chegou a afirmar: ''"Sinto-me feliz todas as noites quando assisto ao noticiário. Porque, no noticiário da TV Globo, o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz."''<ref name=TOLEDO-2003>{{Citar periódico |ultimo=Navarro de Toledo |primeiro=Caio |data= |ano=2003 |mes=Setembro |titulo=O culto ao novo herói e os novos simbolismos |jornal=Revista Espaço Acadêmico |volume= |numero=28 |paginas= |editora=Unicamp |local=Campinas |issn=1519.6186 |pmid= |doi= |bibcode= |oclc= |id= |url=http://www.espacoacademico.com.br/028/28ctoledo.htm |língua= |formato= |acessadoem= |aspas= |notas= }}</ref> Mesmo com o fim da censura prévia, em 1976, o noticiário continuou alinhado aos militares.<ref name=SI-JUN-2005>{{citar web |url=http://super.abril.com.br/cultura/voz-brasil-445717.shtml |título=A Voz do Brasil |acessodata=6 de abril de 2014 |autor=Leandro Narloch |coautores= |data=junho de 2005 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Superinteressante |páginas= |língua= |citação= }}</ref>