Plebiscito nacional do Chile de 1988: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Samuelgrillo (discussão | contribs)
m votos brancos
Samuelgrillo (discussão | contribs)
m veja também
Linha 168:
[[Ficheiro:Panfleto_Sí_para_plebiscito_de_1988_-_2.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Panfleto de apoio à opção "Sim".]]
[[Ficheiro:NO+Pinochet.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Panfleto de apoio à opção "Não".]]
A campanha do "Não" era encabeçada por Eugenio García —quem se desempenhou como director criativo da faixa televisiva— quem contava com a participação e assessoria de José Manuel Salcedo, o psicólogo Jorge Cucurella, o publicitário Ernesto Merino e um cientista político.<ref /> O logotipo do Acordo era um [[arco-íris]], que procurava simbolizar a união de todos no espectro político opositor (laranja para os humanistas, verde para os social-democratas e ecologistas, vermelho para os [[Partido Socialista do Chile|socialistas]], azul para os [[Partido Democrata Cristão do Chile|democratas cristãos]], amarelo para os [[Partido pela Democracia|democratas]]) e o desejo de um futuro melhor. Apesar do fato de que a campanha, realizada por publicitários chilenos e norte-americanos, apresentar relatos das [[Violações dos direitos humanos pela ditadura chilena|violações de [[direitos humanos cometidas pela ditadura]], também havia focos positivos, tentando destacar o fato de que o triunfo do "Não" não implicaria necessariamente um governo socialista, como o de [[Salvador Allende]], e que a própria oposição era plural (usando personalidades de direita). Para isso, um popular jingle foi composto intitulado "Chile, a alegria está chegando" - com as letras de Sergio Bravo, música de Jaime de Aguirre e interpretada por Rosa Escobar e Claudio Guzmán - e houve a colaboração de muitas estrelas chilenas e internacionais, como [[Florcita Motuda]] (que compôs duas músicas, "Nobody can see it" e "El Vals del No"), [[Jane Fonda]], [[Christopher Reeve]] e [[Sting (músico)|Sting.]]<ref /><ref /> No entanto, a programação do Não foi censurada e não foi emitida em 12 de setembro, quando o Conselho Nacional de Televisão proibiu a emissão de trechos de uma entrevista com o juiz René García Villegas, na qual denunciava a tortura e fazia acusações contra a Central Nacional. de Informações.<ref /> Como resposta, a campanha Sim decidiu não emitir sua programação correspondente ao 13 de setembro, afirmando que a decisão foi tomada "com o objetivo de manter a igualdade de condições no debate público".<ref />
[[Ficheiro:Concentración_masiva_en_apoyo_al_No.jpg|miniaturadaimagem|Concentração em apoio ao "Não".]]
Por outro lado, o "Sim" levantou, por um lado, uma estratégia focada em destacar a crise que ocorreu durante o governo da [[Unidade Popular]] e em semear medo nos eleitores, lembrando-os desse período histórico, ao mesmo tempo tentando mostrar um lado democrático e amigável do general Pinochet, que era visto como um militar rígido e severo. Com [[jingles]] e canções alegres, eles mostraram alguns dos músicos mais importantes e personalidades famosas da década de 1980, bem como destacaram o [[Augusto Pinochet#Pol%C3%ADtica econ%C3%B4mica|progresso econômico]] que ocorreu durante o governo de Pinochet. Esta campanha também teve um forte tom patriótico, com hinos dedicados ao general, que se aproximam da linha do [[culto da personalidade]] em algumas ocasiões. Apesar disso, não conseguiu superar a campanha do "Não", por isso a programação foi reestruturada - estreando um novo formato no capítulo de 18 de setembro - e teve que recorrer a criticar e parodiar o conteúdo da oposição de maneira desesperada (por exemplo, acusando os identificados como vítimas das políticas da ditadura militar de serem atores simples ou parodiando as imagens de forma grosseira).
Linha 314:
</center>
 
== O dia 5 de outubro ==
[[Ficheiro:Voto_1988_plebiscito_1.JPG|miniaturadaimagem|250x250px|Cédula utilizada no plebiscito.]]
[[Ficheiro:Conteo_paralelo_Comando_del_No.png|miniaturadaimagem|250x250px|Diagrama do sistema de contagem paralela realizado pelo Comando do Não.]]
Linha 551:
 
* ''[[No (filme)|No]]'', filme de 2012 baseado na história do plebiscito de 1988.
*[[Ditadura militar no Chile (1973–1990)]]
*[[Violações dos direitos humanos pela ditadura chilena]]
 
== Notas ==