Ruy Coelho: diferenças entre revisões
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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o antropólogo brasileiro|Rui Coelho}}
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'''Ruy Coelho''' ([[Alcácer do Sal]], [[3 de março]] de [[1889]] — [[Lisboa]], [[5 de maio]] de [[1986]]) foi um [[compositor]], [[professor]] de [[música]] e [[maestro]] [[Portugal|português]].▼
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▲'''Ruy Coelho''' ([[Alcácer do Sal]], [[3 de março]] de [[1889 na música|1889]] — [[Lisboa]], [[5 de maio]] de [[1986 na música|1986]]) foi um [[compositor]], [[professor]] de [[música]] e [[maestro]] [[
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Ruy Coelho, que nasceu em 3 de Março de 1889 em Alcácer do Sal ([[distrito de Setúbal]]).<ref name="evlgaa">{{Citar tese |sobrenome=Abreu |nome= Edward Valeriano de Luiz Gonçalves Ayres de |data=Outubro de 2014 |titulo=Ruy Coelho (1889-1986): o compositor da geração d’Orpheu |grau=Mestrado |editora= |instituicao=Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova |expediente= |oclc= |url=https://run.unl.pt/bitstream/10362/14321/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20%28corpo%20principal%29.pdf |página=4 |acessodata=2010-01-18}}</ref>
A sua formação teve início em Alcácer do Sal numa Banda Filarmónica, continuou no [[Conservatório de Lisboa]], onde estudou entre 1904 e 1909 (piano, composição, flauta e contraponto) com os professores [[Alexandre Rey Colaço]], [[Frederico Guimarães]], [[Tomaz Borba]] e [[António Taborda]], entre outros. E conclui-se entre 1910 e 1913 em Berlim com [[Engelbert Humperdinck|Humperdinck]], [[Max Bruck]], [[Einsenberg]] (Piano) e [[Schönberg]], e em Paris com [[Paul Vidal (1863-1931)|Paul Vidal]].
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- "Sinfonia Camoneana nº1", a primeira obra portuguesa dodecafónica, politonal, e em que foi empregue a atonalidade.
Uma vez terminada a edição da
Em 1 de Dezembro de 1913, estreia no Teatro S. Carlos e na presença das mais altas individualidades como [[Manuel de Arriaga]] e [[Afonso Costa]], o "Serão da Infanta", que seria a primeira ópera portuguesa cantada em português na estreia. Com libretto de [[Teófilo Braga]].
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Em 1917 assina o manifesto a publicitar a vinda dos Ballets Russes a Lisboa, com os seus amigos [[Almada Negreiros]] e José Pacheco. Nessa altura já tinham programado juntos seis bailados. Dois dos quais já tinham sido executados em casas particulares e outros dois seriam levados a cena em 1918 no S. Carlos: o "Bailado do Encantamento" e "Princesa dos Sapatos de Ferro". O primeiro com mise-en-scène de Almada (no I acto) e o segundo com mise-en-scène e figurinos de Almada (que também dançou dois dos personagens, a Bruxa e o Diabo). Segundo relatos da época, o espectáculo terá sido muito concorrido e bem recebido pelo público, tendo sido presenciado por [[Sidónio Pais]].
Em 1919 e 1922 viaja para o [[Brasil]] onde são exibidas por diversas vezes as suas obras, a Sinfonia Camoneana nº 5 foi uma encomenda da cidade de [[São Paulo (cidade)|
Pela a sua ópera ''Belkiss'' recebe, em 1924, o 1.º prémio no "Concurso Nacional de Música", de [[Espanha]].<ref>{{citar web |autor= |data=1924/03/30 |url=http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/madrid/abc/1924/03/30/028.html |língua=es |título=Concurso Nacional de Música |página=28 |jornal=ABC |local=Madrid |acessodata=2019-01-18}}</ref>
Bem ao jeito da época, Ruy Coelho ambicionava com a sua obra dar "expressão musical à alma da nação" tendo, em muitas das suas obras, utilizado temas identificados com o imaginário nacionalista, como as cinco Sinfonias [[Camões|Camoneanas]], as Óperas sobre textos de [[Gil Vicente]] ou a Ópera D. João IV , que compõe em
Embora sendo um compositor muito conotado com o antigo regime
Defendeu, através de vários artigos e pequenos livros, a música erudita portuguesa e a ópera cantada em português (considerando que à semelhança do que se passava na Alemanha, França e Inglaterra, as óperas deviam ser cantadas na língua do país onde eram exibidas)
▲Bem ao jeito da época, Ruy Coelho ambicionava com a sua obra dar "expressão musical à alma da nação" tendo, em muitas das suas obras, utilizado temas identificados com o imaginário nacionalista, como as cinco Sinfonias [[Camões|Camoneanas]], as Óperas sobre textos de [[Gil Vicente]] ou a Ópera D. João IV , que compõe em [[1940]] para as [[Comemorações centenárias da Independência de Portugal]]<ref>[http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id=040336 Cronologia, ano de 1940, Fundação Mário Soares]</ref> com libreto da autoria do poeta [[João da Silva Tavares]],<ref>[http://toponimia.cm-lisboa.pt/pls/htmldb/f?p=106:1:4046293596886748::NO::P1_TOP_ID:348: Rua Silva Tavares, toponimia.cm-lisboa, consulta em 11-02-2013]</ref> entre outras. Afirmava não seguir nenhuma corrente, nem ter ideias pré concebidas e limitadoras sobre processos, sistemas ou teorias técnicas ou estéticas, quando compunha as suas obras, interessando-lhe tão só conseguir exprimir o que sentia sobre determinado tema.
Em 1942 e 1943 dirige a [[Orquestra Filarmónica de Berlim]] no [[Coliseu dos Recreios|Coliseu]], regendo excertos da sua Ópera
▲Embora sendo um compositor muito conotado com o antigo regime, Coelho era na verdade [[monárquico]], pois fez parte do movimento conhecido pelo "Grupo do Tavares",<ref>[http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_4262.html João Mendes da Costa Amaral (Político) 1893-1981]</ref> e é importante ter em atenção que, quando em 1926 é implantado o [[Estado Novo]], já tinha levado ao S. Carlos pelo menos onze obras da sua autoria e já tinha sido premiado em Madrid. É certo que beneficiou, como muitos outros artistas, das políticas culturais de [[António Ferro]], com quem até já tinha colaborado em 1924, tocando as suas músicas nas conferências "A Idade do Jazz Band".
Em 1946 dirige a Orquestra da Rádio de Espanha, em Madrid, regendo
▲Defendeu, através de vários artigos e pequenos livros, a música erudita portuguesa e a ópera cantada em português (considerando que à semelhança do que se passava na Alemanha, França e Inglaterra, as óperas deviam ser cantadas na língua do país onde eram exibidas), argumentando que o contrário era não só provinciano como prejudicial aos interesses da arte e do público, que não percebia verdadeiramente o que estava a ver e ouvir.
Em 1949 dirige a Orquestra Colonne, na sala Gavean em Paris, regendo
▲Em 1942 e 1943 dirige a [[Orquestra Filarmónica de Berlim]] no [[Coliseu dos Recreios|Coliseu]], regendo excertos da sua Ópera "Tá-Mar", e providenciando em simultâneo a banda sonora do filme português "Alla-Arriba!" de Leitão de Barros, protagonizado somente por pescadores.
Durante a década de 1940 colabora como compositor em diversas produções da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]].<ref>{{citar livro |autor=A.A.V.V.
▲Em 1946 dirige a Orquestra da Rádio de Espanha, em Madrid, regendo o poema sinfónico "Passeios d’Estio" e o "Concerto para Piano e Orquestra nº1". Nesse ano, providencia a banda sonora do filme "Camões" de Leitão de Barros, com excertos importantes da sua "Sinfonia Camoneana Nº 1".
▲Em 1949 dirige a Orquestra Colonne, na sala Gavean em Paris, regendo as obras "Rondó Alentejano", "Jardim Chimérico", "Noites nas Ruas da Mouraria", "Passeios d’Estio", "Feira", e mais "6 Canções Populares Portuguesas e Peninsulares".
▲Durante a década de 1940 colabora como compositor em diversas produções da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]].<ref>A.A.V.V. – '''Verde Gaio: Uma Companhia Portuguesa de Bailado (1940-1950)'''. Lisboa: Museu Nacional do Teatro, 1999. ISBN 972-776-016-3</ref>
Envolveu-se em várias polémicas, como era típico no meio artístico da época: a primeira, com apenas vinte e um anos, quando, durante uma curta estadia em Lisboa, toma conhecimento do êxtase da crítica perante uma sonata de [[Luís de Freitas Branco]], e reage, acusando-o de ter copiado [[César Franck]], demonstrando os seus argumentos ao piano no Salão Nobre do Conservatório; com vinte e quatro anos, com o governo de Afonso Costa, devido ao episódio do "Serão da Infanta"; posteriormente, com várias Direcções do Conservatório, que acusa de incompetência, de má gestão, e até de apropriação de bens públicos; com a Direcção do S. Carlos, já durante o Estado Novo, por não cumprir a lei que obrigava a uma determinada percentagem de exibições de música portuguesa; com [[Fernando Lopes Graça|Lopes Graça]], que inicialmente o "aplaudira entusiasticamente", e outros da Revista [[Seara Nova]], que o atacaram e com quem trocou livros recheados de insultos.
Recebeu os elogios de compositores como [[Manuel de Falla|Falla]], que muito admirava e com quem trocava partituras por correspondência, bem como de inúmeros críticos, e de músicos, cantores, cenógrafos, escritores que com ele colaboraram.
Exibiu as suas obras por todo o país, levando a música erudita a locais tão improváveis na época como: Amadora, Almada, Aveiro, Alcácer, Beja, Covilhã, Évora, Funchal, Santarém, e tantos outros, fazendo o mesmo em vários países europeus e sul-americanos
Segundo [[José Blanc de Portugal]], a obra orquestral de Ruy Coelho terá sido mais divulgada no estrangeiro do que em Portugal.
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Além de ter composto música para os filmes "Alla-Arriba!" de 1942 e "[[Camões (filme)|Camões]]" de 1946, ambos de [[Leitão de Barros]], ou "Rainha Santa", uma co-produção luso-espanhola, Ruy Coelho escreveu manifestos, livros, crónicas e críticas em jornais, a maioria no Diário de Notícias, onde colaborou durante muitos anos e de onde foi saneado por [[José Saramago|Saramago]] durante o [[PREC]] (voltando a escrever, de 1979 a 83, umas crónicas intituladas "Histórias da Música").
Foi
Para além de Óperas e Bailados, Música Sinfónica e de Câmara, Lieder e Música Religiosa, até curiosamente o ''Hino da Cidade de Lisboa'' e o famoso ''Fado de Coimbra "O Beijo"'', sobre poema de [[Afonso Lopes Vieira]], que tendo sido popularizado por [[António Menano]], é por vezes erradamente atribuído a esse célebre fadista
Conhecem-se colaborações suas na revista ''[[Atlantida (revista)|Atlântida]]'' <ref>http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Atlantida/Atlantida.htm
Em 1965 foi feito Comendador da [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada]], a 12 de janeiro, com decreto de concessão datado de 14 de dezembro de 1964.<ref>{{citar web |url=http://arquivo.presidencia.pt/details?id=127220&ht=PT/PR/AHPR/CH/CH0101/CH010105/CH01010502/D207209 |título=Plano de classificação : Rui Coelho (Maestro) |data= |publicado=Arquivo histórico da Presidência da República Portuguesa |acessodata=2019-01-18}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas |data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2019-01-18 |notas=Análise do resultado da busca de "Rui Coelho".}}</ref><ref>{{citar web |autor=Redacção |data=17 de Dezembro de 1964 |url=http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06557.095.19280#!21 |título=A distribuição dos prémios literários e artísticos do S.N.I. |publicado=''Diário de Lisboa'' (via Casa Comum) |página=21 |acessodata=2019-01-18 |notas=Indica "Comenda de Cristo"}}</ref>
Ruy Coelho morreu em 5 de Maio de 1986, em Lisboa.
{{Referências}}
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*'' c) Texto de José Blanc de Portugal que acompanha o CD "Ruy Coelho" da PortugalSom (PS 5012)
==
* [http://www.infopedia.pt/$rui-coelho Rui Coelho, in Infopédia, Porto: Porto Editora, 2003-2013, Consult. 2013-01-23.]▼
* {{Link | |2=http://www.cinept.ubi.pt/pt/pessoa/2143688850/Ruy+Coelho |3=Pessoa : Ruy Coelho |4= no CinePT (Universidade da Beira Interior)}}
▲*[http://www.infopedia.pt/$rui-coelho Rui Coelho, in Infopédia, Porto: Porto Editora, 2003-2013, Consult. 2013-01-23.]
* {{link | |2=http://ww3.fl.ul.pt/CETbase/reports/client/Report.htm?ObjType=Pessoa&ObjId=13811 |3=Ficha de Pessoa : Ruy Coelho |4= no Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal}}
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