António Ferro: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dbastro (discussão | contribs)
m ajustes na de data ligação externa inativa, replaced: datali=2017-03-18 → datali=janeiro de 2019
Linha 23:
António Ferro nasceu em 17 de agosto de 1895 num terceiro andar do n.º 237 da [[Rua da Madalena]], em [[Lisboa]],<ref>Assento de baptismo nº 103, de 25/12/1896, Santa Justa, Lisboa.</ref> no seio de uma família pequeno-burguesa.
 
O pai, António Joaquim Ferro, alentejano, era comerciante; a mãe, Maria Helena Tavares Afonso Ferro, algarvia, era doméstica. Um tio do lado materno, Pedro Tavares, oficial do [[Exército]], publicara alguns livros da sua lavra: ''Estudos Histórico-Militares'' (1892), e também romances, como ''Margarida'' (1900) ou ''Regenerada'' (1905)<ref name="Quadros"> {{Citar web |url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=59&limit=1&limitstart=1 |título=Biografia |autor= |data= |publicado=Fundação António Quadros |acessodata=2016-06-23}}</ref>.
 
O prédio de sua casa ardeu integralmente no famoso «Fogo da Madalena», tinha António Ferro então 11 anos de idade. O jovem foi salvo por um bombeiro, tal como a restante família: a mãe, o pai, os irmãos Umbelina e Pedro, uma velha tia e ainda uma avó imobilizada<ref name="Quadros"> {{Citar web |url=http://www.fundacaoantonioquadros.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=59&limit=1&limitstart=1 |título=Biografia |autor= |data= |publicado=Fundação António Quadros |acessodata=2016-06-23}}</ref>.
.
 
Linha 38:
Enveredando pela carreira de jornalista, foi redator-principal do diário ''O Jornal'' 1919 (órgão do Partido Republicano Conservador), jornalista de ''[[O Século (Portugal)|O Século]]'' e do ''[[Diário de Lisboa]]'', director durante alguns meses da revista '' [[Ilustração Portuguesa|Illustração Portugueza]]'' e repórter internacional do ''[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]'', para o qual entrevistou numerosas celebridades nacionais e estrangeiras.
 
Teve colaboração, em prosa e em verso, na II série da revista ''[[Alma Nova (revista)|Alma nova]]'' <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=19 de julho de 2011 |título=Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918) |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AlmaNovaIIserie.pdf|publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de março de 2015}}</ref> (1915-1918), ''Exílio'' (1915) e na segunda série de ''Contemporânea'' (1922-1924). Em 1921 publicou o manifesto modernista ''Nós''. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos ''Teoria da Indiferença'' (1920) e o "romance fragmentário" ''Leviana'' (1921). Também se encontra colaboração da sua autoria na revista [[Ilustração (revista)|Ilustração]] <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=16 de Junho de 2009 |título=Ficha histórica: Ilustração (1926-)|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Ilustracao.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=6 de Novembro de 2014}}</ref> iniciada em 1926.
 
Depois de ter sido simpatizante do [[Partido Republicano Português|Partido Republicano]], António Ferro evoluiu para [[Sidónio Pais|sidonista]], republicano conservador (próximo de [[Filomeno da Câmara de Melo Cabral|Filomeno da Câmara]]).
Linha 46:
Sob o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o [[Secretariado da Propaganda Nacional]] (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada [[Política do Espírito]], nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no ''Diário de Notícias'' uma série de entrevistas com o Presidente do Conselho de Ministros, reunidas em livro em 1933 (''Salazar, o Homem e a Obra''), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da [[II Guerra Mundial]], quando passou a designar-se [[Secretariado Nacional de Informação]] (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em [[Berna]].
 
Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1937) e de Nova Iorque (1939), teve um papel determinante na grande realização do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] que foi a [[Exposição do Mundo Português]] (1940), tendo dirigido a ''[[Revista dos Centenários]]'' <ref >{{Citar web |autor=Helena Bruto da Costa |título=Ficha histórica:Revista dos Centenários (1939-1940) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistadosCentenarios.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=29 de Maio de 2015}}</ref>, órgão de propaganda da mesma. Foi fundador do [[Museu de Arte Popular]], da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]] (1940) e presidente da [[Emissora Nacional]] (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as [[Pousadas de Portugal|Pousadas]] a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo ''[[Panorama (revista portuguesa de arte e turismo)|Panorama]]''.
 
{{Carece de fontes2|data=abril de 2017|Como homem de cultura desde sempre muito ligado aos meios artísticos, Ferro serviu-se do organismo que dirigiu para defender e divulgar alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo. Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da [[arte moderna]], mas pessoalmente renegou o "modernismo" literário da sua juventude.}}
Linha 93:
== Ligações externas ==
{{Commonscat}}
* {{Link||2=http://acultura.no.sapo.pt/page8Matriz.html |3=Política :A Matriz |4= por Carlos Fontes. |datali=2017-03-18janeiro de 2019}} [https://archive.today/20121209121318/http://acultura.no.sapo.pt/page8Matriz.html Arquivo de 2012-12-09]
 
{{esboço-política}}
{{Portal3|Literatura|Política}}
{{controle de autoridade|viaf=4945280}}
 
{{DEFAULTSORT:Antonio Ferro}}