Península Ibérica: diferenças entre revisões

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{{AP|Hispânia}}
[[Imagem:Provincias de la Hispania Romana (Diocleciano)-pt.svg|thumb|upright=1.5|Divisão provincial de [[Diocleciano]] estabelecida no ano 300 da era comum (d.C.).]]
Começa a [[romanização]] da Península no ano {{AC|218|x}} quando as tropas romanas desembarcaram no nordeste da Península para impedir novos ataques, por parte dos Cartagineses através dos [[Pirenéus]], como já havia ocorrido. Derrotados os cartagineses, seguem rumo a sul e conquistam a capital cartaginesa, [[Cádis]], uma das cidades mais antigas da Europa. A romanização foi um processo relativamente lento que começou na costa este e sul em direção ao oeste e norte, sendo a costa cantábrica (que abrange a [[Galiza]], [[Astúrias]], [[Cantábria]] e parte do [[País Basco]]) a última zona da Península a ser conquistado,. sendoO quePaís houveBasco umaconservou únicade zonaforma quenotável nuncaa foilíngua romanizada,e ooutros Paísaspetos Basco,culturais.<ref>{{Citar comoweb|titulo=Campamentos podemosromanos veren atravésel daPaís línguaVasco ey outrosNavarra|url=http://www.historiayarqueologia.com/2018/03/campamentos-romanos-en-el-pais-vasco-y.html|acessodata=2019-01-31|primeiro=Publicado aspetospor culturais.Aníbal|ultimo=Clemente}}</ref> O uso do latim não foi imposto, ao contrário do que se possa pensar. As pessoas aprenderam-no por conveniência e pelo prestígio do idioma. O processo de romanização foi rápido em algumas zonas (este e sul) e mais lento noutras (interior, oeste e norte). Destacando a dificuldade que enfrentaram os romanos ao invadir a Lusitânia devido aos seus combatentes e ao famosoresiliente líder lusitano, Viriato. Embora sejam escassas as informações e dados pessoais deste líder, sabe-se que dificultou o processo de romanização na zona a sul do rio Douro (à qual hoje corresponde uma significativa parte do território português). Dificultou o processo de romanização, a tal ponto que Roma, segundo consta, enviou um dos seus generais, para zonas já romanizadas da PenínsulaServiliano, para acompanhar os combates de perto. Vários poemas e escritores fazem referência a este líder como um guerreiro audaz, que acabou assassinado pelo seu entorno.<ref>{{Citar web|titulo=Viriato, la pesadilla de los romanos|url=https://www.nationalgeographic.com.es/historia/grandes-reportajes/viriato-la-pesadilla-de-los-romanos_6683|obra=www.nationalgeographic.com.es|data=2012-09-01|acessodata=2019-01-30|lingua=es}}</ref> Vários poemas e escritores fazem referência a este líder como um guerreiro audaz, que acabou assassinado pelo seu entorno.
 
Uma vez romanizada, a Península foi dividida em províncias:<ref>{{Citar web|url=https://www.infopedia.pt/$hispania|titulo=Artigo de apoio Infopédia - Hispânia|acessodata=2018-11-27|obra=Infopédia - Dicionários Porto Editora|ultimo=Infopédia|lingua=pt-PT}}</ref> Primeiro em duas (Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior), depois em três províncias [[Lusitânia]] (capital: ''Emerita Augusta'', hoje [[Mérida (Espanha)|Mérida)]], [[Hispânia Bética]] (capital: ''Corduba'', hoje [[Córdova (Espanha)|Córdova]]) e [[Hispânia Tarraconense]] (capital: ''Tarraco'', hoje [[Tarragona]]). Em 300 d.C. a Hispania acaba por ser dividida em cinco províncias:<ref>{{Citar web|url=https://www.infopedia.pt/$romanizacao-da-peninsula-iberica|titulo=Artigo de apoio Infopédia - Romanização da Península Ibérica|acessodata=2018-11-27|obra=Infopédia - Dicionários Porto Editora|ultimo=Infopédia|lingua=pt-PT}}</ref> Galécia, Lusitânia, Tarraconense, Bética e Cartaginense.
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{{AP|Invasão muçulmana da Península Ibérica}}
[[File:CalifatoOmeya750AD-pt.svg|thumb|upright=1.5|O Califado Omíada no seu apogeu em 750]]
No ano de 711, iniciou-se a expansão muçulmana do [[Califado Omíada]] na Península Ibérica, a partir do que hoje se chama [[Gibraltar]] (Jebel al Tarik, "Montanha de Tariq"), honrando Tariq ibn Ziyad,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.es/books?id=2ZyHCwAAQBAJ&pg=PT60&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false|título=The Great Islamic Conquests AD 632–750|ultimo=Nicolle|primeiro=David|data=2014-06-06|editora=Bloomsbury Publishing|lingua=en|isbn=9781472810342}}</ref> o comandante berbere que liderou a primeira invasão. Tal como os Suevos não houveexistiu uma [[islamização]] completa da Península. Durante o período árabe houvesucederam-se numerosasnumerosos misturascruzamentos entre os povoshabitantes da Península e os invasores.
Houve um período de bilinguismo em que as populações falavam tanto o [[Língua árabe|árabe]] como o [[latim]], até que, progressivamente começou a ser falado a [[Língua moçárabe]], que seria o resultado linguístico de muitos anos de contacto entre o árabe e o latim, e mais tarde importantíssimo na formação do [[Galego-português]].<ref>{{Citar web|titulo=CONTRIBUIÇÃO ÁRABE NA FORMAÇÃO DA LINGUA PORTUGUESA|url=https://hciberica.wordpress.com/2014/10/01/contribuicao-arabe-na-formacao-da-lingua-portuguesa/|obra=Historia da Civilização Iberica - Unit - 2014-2|data=2014-10-01|acessodata=2019-01-30|lingua=pt-BR}}</ref> As populações cristãs que viviam sob domínio muçulmano, denominadas [[Moçárabes]],<ref>{{Citar web|titulo=Quem eram os Moçárabes?|url=http://ensina.rtp.pt/artigo/quem-eram-os-mocarabes/|obra=Quem eram os Moçárabes?|acessodata=2019-01-30}}</ref> era quem falava esta variedade que embora a sua classificação seja polémica, é claramente, segundo os linguistas uma língua que adquiriu grande parte do seu léxico do latim, que neste contexto, seria a língua de substrato em relação ao árabe.
 
EstesOs novos povos invasoresmuçulmanos elevam [[Córdova (Espanha)|Córdova]] a capital do seu reino, mais tarde conhecido como [[Califado de Córdova]]. A coexistência destes reinos árabes com os povos cristãos, que viram as suas tradições respeitadas mediante o pagamento de impostos, teve um impacto significativo que perdura até à atualidade, tanto na língua, como na arquitetura, a matemática e astronomia, bem como de áreas mais tradicionais como a agricultura.<ref>{{Citar web|titulo=The Umayyad Caliphate in Early Islam|url=https://www.thoughtco.com/what-was-the-umayyad-caliphate-195431|obra=ThoughtCo|acessodata=2019-01-30|primeiro=Kallie Szczepanski Kallie Szczepanski has a Ph D. in|ultimo=history|primeiro2=Has Taught at the|ultimo2=College|primeiro3=high school level in both the|ultimo3=U.S|ultimo4=Korea.}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.infopedia.pt/$os-mocarabes|titulo=Os moçarabes|data=|acessodata=30-01-2019|publicado=Infopedia|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
=== Movimento ibérico cristão, a Reconquista ===
{{AP|Reconquista}}
[[File:Map_Iberian_Peninsula_1000-pt.svg|thumb|upright=1.5|Mapa político da Península Ibérica no ano 1000]]
Começa o período da [[Reconquista cristã]] no {{séc|VII}},<ref>{{Citar web|titulo=Artigo de apoio Infopédia - Reconquista Cristã|url=https://www.infopedia.pt/$reconquista-crista|obra=Infopédia - Dicionários Porto Editora|acessodata=2019-01-29|lingua=pt|ultimo=Infopédia}}</ref> com a expansão a partir das Astúrias e na zona da [[Marca de fronteira]], ou Marca Hispânica, controlada pelos condados afetos ao [[Império Carolíngio]] até ao século X. Mais tarde será levada a cabo pelos Reinos [[Reino de Navarra|Navarra]] a partir de 824, [[Reino de Leão|Leão]] a partir de 910, [[Reino de Castela|Castela]] a partir de 1065, [[Condado de Ribagorça]] (que dará origem ao [[Reino de Aragão]] em 1035) e [[Condado de Barcelona]], cujo Conde deixa de prestar vassalagem aos reis francos no século X.
 
[[Andorra]] na Idade Média está dependente do Condado de Urgell depois de ser cedida ao Conde [[Sunifredo de Narbona]] em [[839]]. Em [[1133]] o Conde Ermengol VI transmite todos os direitos de propriedade do vale de Andorra ao catalão [[Bispo de Urgel]] (cuja soberania do Vale é partilhada a partir de [[1610]] com o [[Rei de França]]). <ref>{{Citar web|titulo=Andorra {{!}} enciclopèdia.cat|url=https://www.enciclopedia.cat/EC-GEC-0003858.xml|obra=www.enciclopedia.cat|acessodata=2019-01-31}}</ref>
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Em 1137 forma-se a [[Coroa de Aragão]] liderada pelo Conde [[Raimundo Berengário IV de Barcelona]], e o [[Condado Portucalense]] liderado pelo Conde [[Afonso I de Portugal|Afonso Henriques]] proclama a [[Independência de Portugal]] em 1139, confirmada em 1143 pelo [[Tratado de Zamora]] e pelo papa [[Papa Alexandre III|Alexandre III]] pela emissão da bula [[Manifestis Probatum]], tornando-se o primeiro Rei de Portugal. A [[Coroa de Castela]] forma-se no ano 1230, sob a liderança de [[Fernando III de Leão e Castela]].<ref>{{Citar web|titulo=Fernando III 'El Santo', el rey que unió los reinos de León y de Castilla|url=https://www.europapress.es/castilla-y-leon/noticia-fernando-iii-santo-rey-unio-reinos-leon-castilla-20170604120151.html|obra=www.europapress.es|data=2017-06-04|acessodata=2019-01-30|primeiro=Europa|ultimo=Press}}</ref>
 
AEm uniãooutubro dinásticade [[1469]] o casamento de [[Isabel I de Castela]] e [[Fernando II de Aragão]], ou seja, a união dinástica da [[Coroa de Castela]] e a [[Coroa de Aragão]], sendo católicos, colocaramampliaram maisas dificuldades ao [[Reino de Granada]],. únicoO reino muçulmano que restava na Península, e que rendeu-se rendeu no dia 2 de janeiro de 1492. Come com uma Península totalmente cristianizada termina o período conhecido como "reconquista crist[[Reconquista cristã]]".<ref>Ralph Penny, Ralph John Penny. "Gramática Histórica del Español". Volume nº3. Editorial Ariel, 2006</ref>
 
Não sendo a primeira vez que se reivindicava o título ''Imperator totius Hispaniae'' (Imperador de toda a Hispânia), a [[Coroa de Castela]] consegue efetivamente em [[1580]] o controlo de todos os reinos da Península Ibérica, num período denominado [[União Ibérica]]. Em junho de 1640 despoleta a [[Guerra dos Segadores]] no [[Principado da Catalunha]] e os nobres portugueses opõem-se à organização de tropas para lutar contra os revoltosos, culminando numa insurreição que leva a 1 de dezembro de 1640 à [[Restauração da Independência]] portuguesa.<ref>{{Citar web|titulo=Portugueses nas revoltas da Catalunha|url=https://www.sabado.pt/mundo/europa/detalhe/portugueses-nas-revoltas-da-catalunha|obra=www.sabado.pt|acessodata=2019-01-30|lingua=pt-pt}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.es/books?id=KxxFBQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=ca&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false|título=A RevoluÇÃo Portuguesa|ultimo=Robbins|primeiro=John Fonseca|data=2009-12-27|editora=Clube de Autores|lingua=pt}}</ref>
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=== Principais serras ===
{{AP|Florestas da Península Ibérica}}
Entre as principais cordilheiras da Península Ibérica estão a [[Cordilheira Bética]] (subdivide-se na [[Cordilheira Penibética]] e [[Cordilheira Subbética]]), a [[Cordilheira Cantábrica]], o [[Sistema Central]], o [[Sistema Ibérico]] e a [[Cordilheira Pré-litoral]].
 
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=== Pólos urbanos ===
Os principais centros urbanos são: [[Madrid]], [[Lisboa]], [[Barcelona]], [[Porto]], [[Braga]], [[Faro]], [[Coimbra]], [[Valência (Espanha)|Valência]], [[Bilbau]], [[Sevilha]] e [[Málaga]].
 
Outras cidade importantes são: [[Leiria]], [[Alicante]], [[Évora]], [[Coimbra]], [[Santarém (Portugal)|Santarém]], [[Pamplona]], [[Vigo]], [[Setúbal]], [[Corunha]], [[Faro]], [[Aveiro]], [[Badajoz]], [[Bilbau]], [[Saragoça]], [[Andorra-a-Velha]], [[Vila Nova de Gaia]], [[Sintra]], [[Cascais]], [[Almada]], [[Amadora]], [[San Sebastian]], [[Múrcia]], [[Valhadolid]], [[Granada (Espanha)|Granada]], [[Córdoba (Espanha)|Córdoba]], [[Santiago de Compostela]], [[Cádis]], [[Oviedo]], [[Almeria]] e [[Tarragona]].
 
Ainda a ter em consideração importantes pólos regionais como: [[Reus]], [[Sabadell]], [[Terrassa]], [[Mataró]], [[El Prat de Llobregat]], [[Cartagena (Espanha)|Cartagena]], [[Elche]], [[Alcoi]], [[Burgos]], [[Salamanca]], [[Figueira da Foz]], [[Gijón]], [[Caldas da Rainha]], [[Santander (espanha)|Santander]], [[Logroño]], [[Girona]], [[Algeciras]], [[Huelva]], [[Guimarães]], [[Vila Real]], [[Viseu]], [[Elvas]], [[Beja]], [[Guarda]], [[Castelo Branco]], [[Covilhã]], [[Portalegre (Portugal)|Portalegre]] e [[Portimão]].
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== Ligações externas ==
{{Commons|Iberian Peninsula}}
 
* {{Link||2=http://www.arqueotavira.com/Mapas/Iberia/Populi.htm |3=Mapa pormenorizado dos Povos Pré-Romanos da Península Ibérica (200 AC)}}
* {{Link||2=http://www.iberiaselvagem.blogspot.com |3=Blog sobre a fauna ibérica}}