Epicuro: diferenças entre revisões

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No sistema epicurista, os átomos se encontram, fortuitamente, por causa de uma leve inclinação em sua trajetória ([[clinâmen]]), o que os faria chocar-se uns com os outros para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de [[Demócrito de Abdera|Demócrito]], segundo o qual o encontro dos átomos é necessário. A inclinação, em consequência da qual o átomo se desvia, poderia ser por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto obscuro na teoria atômica de Epicuro. Provavelmente o filósofo o terá explicado melhor em alguma das suas obras perdidas. Certo é que esse encontro fortuito dos átomos garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação dos fenômenos, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.
 
Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suiço [[Michel Mayor]], Epicuro, numa carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de questões, o da existência de vida no cosmos.<ref>Michel Mayor em entrevista ao jornalista Valdemar Cruz, em "Passeio Público - 35 minutos com", "E - a revista do Expresso", ''[[Expresso (Portugal)|Expresso]]'' de 12 de Janeiro de 2019.</ref>
 
===O prazer===