Dia de Todos os Santos: diferenças entre revisões
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m Yan Victor de Brito moveu Dia de Todos-os-Santos para seu redirecionamento Dia de Todos os Santos: Já a respeito da designação do dia festivo, o AO 1945 parece omisso, mas Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), embora registe a entrada Todos-os-Santos como topónimo, com hífen, contrasta-a com a locução hieronímica «dia de Todos os Santos», que não hifeniza. Também no AO 1990, na Base XIX, 2.º, se escreve Todos os Santos, sem hífen: |
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{{Info/Efeméride
|nome = Dia de Todos
|imagem = All-Saints.jpg
|tamanho_imagem = 250px
|legenda = ''Todos
|fundo = Cristão
|nomeoficial = ''Festum omnium sanctorum''
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|duração =
|relacionado = [[Dia das Bruxas]], [[Dia dos Fiéis Defuntos]], [[Dia dos Mortos]]
|alt=|frequência=}}
'''Dia de Todos
A [[Igreja Católica]] celebra a '''''Festum Omnium Sanctorum''''' (Festa de Todos
== História ==
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A [[Enciclopédia Católica]] define o [[Dia de Todos os Santos]] como uma festa em "honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos". No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610, o [[Papa Bonifácio IV]] dedicou o [[Panteão (Roma)|Panteão]] (o templo romano em honra a todos os deuses) a [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]] e a todos os [[mártir]]es. [[Markale]] comenta: "Os [[Religião na Roma Antiga|deuses romanos]] cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa."
A data foi mudada para novembro quando o [[Papa Gregório III]] (731-741) dedicou uma capela em [[Roma]] a Todos
[[Markale]] menciona a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De modo similar, a Nova Enciclopédia Católica afirma: "Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos." Finalmente, em [[835]], o [[Papa Gregório IV]] declarou-a uma festa universal.
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O feriado do [[Dia de Finados]], no qual as pessoas rezam a fim de ajudar as almas no purgatório a obter a bem-aventurança celestial, teve sua data fixada em 2 de novembro durante o [[Século II|século 11]] pelos monges de [[Cluny]], na [[França]]. Embora se afirmasse que o Dia de Finados era um dia santo católico, é óbvio que, na mente do povo, ainda havia muita confusão. A Nova Enciclopédia Católica afirma que "durante toda a [[Idade Média]] era popular a crença de que, nesse dia, as almas no [[purgatório]] podiam aparecer em forma de [[fogo-fátuo]], [[bruxa]], sapo etc."
Incapaz de desarraigar as crenças [[pagãs]] do coração do seu rebanho, a Igreja simplesmente as escondeu por trás de uma máscara "cristã". Destacando esse fato, a Enciclopédia da Religião diz: "A festividade cristã, o Dia de Todos
Na [[Igreja Católica]], o dia de "Todos
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as [[diocese]]s/[[paróquia]]s por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de [[Diocleciano]] o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo ([[Século IV]]) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em [[Antioquia]], no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas [[igrejas orientais]].
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas [[mártir]]es (com a inclusão de [[João Batista|são João Batista]]), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heroicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e, assim, a designação "todos
== Intenção catequética da festividade ==
[[Ficheiro:Celebración de Todos los Santos, cementerio de la Santa Cruz, Gniezno, Polonia, 2017-11-01, DD 01-03 HDR.jpg|250px|miniaturadaimagem|Comemoração de Todos
Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de [[Cristo]] a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de [[Deus]], a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em [[amor]]. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente veem Deus face a face, têm plena [[felicidade]] e intercedem por nós. O [[Papa João Paulo II]] foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no [[Segundo Concílio do Vaticano]].
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Em [[Portugal]] tradicionalmente é dia feriado. Em 2013, 14 e 15 o feriado foi retirado, regressando em 2016.<ref>{{citar web|URL=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4964396|título=Feriados religiosos repostos já este ano|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
Em algumas zonas de [[Portugal]], no dia de Todos
Esta tradição já era registada no [[século XV]]. Tem origem no ritual pagão do culto dos mortos, com raízes milenares. Em 1756, também se cumpriu, 1 ano após o [[Sismo de Lisboa de 1755|terremoto que destruiu Lisboa em 1º de Novembro de 1755]], em que morreram milhares de pessoas e em que a população da cidade - na sua maioria pobre - ainda mais pobre ficou.
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A partir dos [[Década de 1980|anos 1980]], a tradição foi gradualmente desaparecendo e, atualmente, raras são localidades onde se pratica esta tradição. Em [[Fátima (Ourém)|Fátima]], por exemplo, esta tradição continua bem viva.
Embora não advoguem a crença no purgatório, há [[igrejas protestantes]] que também guardam o [[Dia de Finados]]. Com efeito, é o terceiro dentre três dias consecutivos que a cristandade considera como tendo relação especial com os mortos. O dia antes, 1° de novembro, é o Dia de Todos
O ''Halloween'' também tem relação com os mortos. No calendário dos antigos [[celtas]], 31 de outubro era a Véspera do [[Ano-Novo]]. Os celtas, junto com seus [[sacerdote]]s, os [[druida]]s, criam que, na véspera do ano-novo, as [[alma]]s dos mortos perambulavam pela terra. Sustentava-se que alimentos, bebidas e sacrifícios podiam apaziguar tais almas perambulantes. O ''halloween'' também incluía [[fogueira]]s para expulsar os maus espíritos.
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