Massacre de Corumbiara: diferenças entre revisões

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Em agosto de 1995, cerca de 600 camponeses haviam se mobilizado para tomar a Fazenda Santa Elina, tendo construído um acampamento no [[latifúndio]] improdutivo. Na madrugada do dia 9, por volta das três horas, pistoleiros armados, recrutados nas fazendas da região, além de soldados da Polícia Militar com os rostos cobertos, iniciaram os ataques ao acampamento.
 
O número oficial de mortos no massacre é de 16 pessoas e há sete desaparecidos. Para os agricultores, entretanto, o número de mortos pode ter passado de 100 pois, segundo eles, muitos mais teriam sido mortos por policiais e jagunços, e enterrados sumariamente. Depois de horas de tiroteio, os camponeses não tinham mais munições para suas [[espingarda]]s. O Comando de Operações Especiais, comandado na época pelo capitão José Hélio Cysneiros Pachá, jogou bombas de [[gás lacrimogênio]] e acendeu holofotes contra as famílias. A chacina ocorreu nodurante o governo doestadual agora senadorde [[Valdir Raupp]] ([[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]]), que foi posteriormente eleito [[Senado Federal do Brasil|Senador]] por Rondônia.
 
Mulheres foram usadas como escudo humano pelos policiais e pelos jagunços do fazendeiro Antenor Duarte. A pequenina Vanessa, de apenas seis anos, teve o corpo trespassado por uma bala "perdida", quando corria junto com sua família. Cinquenta e cinco posseiros ficaram gravemente feridos. Os laudos tanatoscópicos provaram execuções sumárias. O bispo de [[Guajará Mirim]], dom [[Geraldo Verdier]], recolheu amostras de ossos calcinados em fogueiras do acampamento e enviou a ''Faculté de Médicine Paris-Oeste'', que confirmou a [[cremação]] de corpos humanos no acampamento da fazenda.