Conflito das Ordens: diferenças entre revisões

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O '''Conflito das Ordens''' foi uma disputa política daentre [[plebe romana|plebeus]] ("comuns") e [[patrício romano|patrícios]] ("aristocratas") na antiga [[República Romana]] e que durou de 494 até 287 a.C., no qual os plebeus lutaram por igualdade política com os patrícios. O conflito teve um papel preponderante no [[História da Constituição da República Romana|desenvolvimento da Constituição republicana]]. Logo depois da fundação da república, o conflito levou à primeira das muitas [[secessão da plebe|secessões da plebe]], na qual os plebeus se retiraram da cidade e se reuniram no [[monte Sacro]] justamente numa época de guerra, o que levou à criação do cargo de [[tribuno da plebe]], o que representou a primeira partilha de poder entre as ordem tradicionais romanas até então.
 
A princípio, apenas os patrícios podiam concorrer nas eleições para cargos políticos, mas, com o tempo, estas leis foram sendo revogadas e, no final do conflito, todos os cargos estavam disponíveis para o plebeus. Como a maioria dos indivíduos eleitos para cargos políticos eram admitidos no [[Senado Romano]], este desenvolvimento ajudou a transformar o senado, de um corpo exclusivamente patrício para um outro misto. No mesmo período, foi criada uma assembleia legislativa exclusivamente plebeia, o [[Conselho da plebe]], que foi adquirindo cada vez mais poder. Quando ela foi criada, seus atos (os "plebiscitos") se aplicavam apenas aos plebeus, mas, depois de 339 a.C., com a aprovação das ''[[Leges Publiliae]]'' pelo [[ditador romano|ditador]] [[Quinto Publílio Filão]], suas leis passaram a obrigar plebeus e patrícios, com os senadores mantendo o direito de veto sobre todas as medidas aprovadas pelo Conselho.