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== Historia ==
==== Nascimento do povoado ====
A região onde, hoje, está Capivari, recebeu seus primeiros visitantes no início do século XVIII. Em 1718, com a descoberta de ricas jazidas de ouro, nas cercanias de [[Cuiabá]] – período este em que um grande número de aventureiros passou por ela para abreviar o caminho até [[Mato Grosso]] –, em busca do metal precioso. Essas viagens aconteceram por via fluvial, pois a mata não oferecia condições favoráveis. Os aventureiros enfrentavam grandes perigos, fome e lutas ao longo do caminho.
Uma dessas expedições saiu de [[Porto Feliz]], por ordem do [[Sebastião José de Carvalho e Melo|marquês de Pombal]] e sob o comando do capitão general [[Morgado de Mateus]], mas foi dizimada em grande parte pelos índios.
Por ser de difícil acesso, o lugar também foi escolhido pelos governadores das [[Capitanias do Brasil|capitanias hereditárias]] para isolarem seus inimigos políticos. Longe dos centros urbanos, essas pessoas sentiram a necessidade de procurar uma maneira de se proteger das perseguições. E para isso, passaram a montar acampamentos às margens do rio, buscando assim, locais com bom clima, topografia e águas favoráveis à sobrevivência. No final do século XVIII, um grupo de ituanos encontrou um local com essas características e decidiu se estabelecer ali.
Assim começa a história da “Terra dos Poetas”.
Em 1785, instala-se a primeira venda às margens do [[Rio Capivari (Tietê)|rio Capivari]], (da linguá [[Línguas tupi-guaranis|Tupi]], ''"Kapibara"'' = Capivara e ''"y"''= rio) conhecida como “Venda do Chico”, pedido feito à Câmara de Itu por Francisco Idorgo. Este fato também atrai muitos moradores ao longo dos tempos com a vontade de crescimento em novas terras.
No ano de 1790, o povoado aparece nos censos realizados por [[Itu]] com uma população flutuante. Na maioria, trabalhadores de empreiteiras que executavam serviços e se mudavam no final das obras.
Já em 1800, às margens do lendário “Rio das Capivaras” floresce uma pequena população que mais tarde passa a se chamar Capivari, (da linguá [[Línguas tupi-guaranis|Tupi]], ''"Kapibara"'' = Capivara e ''"y"''= rio).
A partir de 1800, a pequena povoação foi ganhando novos moradores atraídos pelos comentários e deslumbramentos com o local. Às margens de um rio cristalino em que predominavam, em abundância,
Em junho de 1820, o pequeno povoado formado por um bom número de casinhas e uma pequena capela esperava ansiosa pelo seu primeiro sacerdote, o padre João Jacinto dos Serafins (nomeado capelão pelo bispo de [[São Paulo]]).
Ele chegou no final de julho após longa viagem a cavalo, vindo pelo caminho de Itu. Jacinto encontrou algumas casas espalhadas onde hoje são as ruas Antônio Pires e XV de Novembro. A capela estava ainda por terminar e no início o padre utilizou provisoriamente a casa de Joaquim da Costa Garcia.
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No pátio da capela, algumas cruzes indicavam que ali havia sido sepultados escravos e moradores do povoado. Ainda durou por muito tempo o hábito de se enterrar os escravos no pátio da capela e os demais paroquianos no seu interior. Somente os grandes fazendeiros eram levados para Itu e Porto Feliz para serem enterrados como de costume.
Nessa época, o prédio não possuía torre e o sino, para a convocação dos fiéis, ficava em uma grande figueira ao lado. O santo padroeiro escolhido para a bênção da Vila, foi [[João Batista|São João Batista]].
A alegria dos moradores é a paixão por festas – principalmente as religiosas – atrai inúmeras pessoas ao longo dos anos. Próximo à capela de “São João Baptista de Capivary” (construção de taipa socada, constituída por um cômodo retangular, com um altar de madeira ao fundo), ficava a “Venda do Chico”, a única em Capivari. Ela se torna um centro irradiador de construções e edificações no povoado. Cada vez mais pessoas – atraídas pelas vantagens da terra – chegam ao lugar.
Em 11 de outubro de 1826, a Capela é elevada à [[Freguesia]] de São João Baptista de Capivary, através de Decreto emitido pelo imperador D. Pedro I. Nesse período o vigário é Inácio Francisco de Morais.
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