Apollo 17: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ajustes
Linha 16:
| fim_data = [[19 de dezembro]] de [[1972]]
| fim_local =
| órbitas = 3 (Terra), 75 (Lua)
| duração = 12 d 13 h 51 m 59 s
| altitude =
Linha 68:
 
==Eugene, o lanterneiro==
Em algumas das missões anteriores, os astronautas passaram um tempo na cabine do Módulo Lunar, entre as [[Atividades extraveiculares|Atividades extra-veiculares]], fazendo pequenos reparos em equipamentos quebrados. Charles Conrad e Alan Bean, da [[Apollo 12]] consertaram uma escala quebrada e David Scott e James Irwin, da Apollo 15, usaram [[fita adesiva]] para prender uma [[antena]] quebrada do equipamento de emergência. E, é claro, a tripulação da [[Apollo 13]] usou fita isolante, [[papelão]] e tubos para que as caixas de metal de [[hidróxido]] de [[lítio]] do Módulo de Comando pudessem funcionar na batalha contra a elevação do nível de [[dióxido de carbono]] na nave, na sua célebre viagem quase catastrófica.
[[Ficheiro:NASA Apollo 17 Lunar Roving Vehicle.jpg|thumb|left|O [[jipe lunar]] em Taurus-Littrow.]]
Durante o período de descanso após a primeira AEV (Atividade Extra-Veicular, o período que os astronautas passavam fora do módulo, na superficie lunar) da Apollo 17, Eugene Cernan praticou a arte da lanternagem, usando fita adesiva e [[mapa]]s de reserva, para substituir um pára-lama perdido durante o começo da primeira excursão lunar.
 
O que aconteceu é que, enquanto Cernan carregava equipamento no jipe, no início da AEV, ele acidentalmente prendeu seu [[martelo]] sob o pára-lama traseiro direito do jipe e o arrancou fora. Ele então prendeu o pára-lama com fita adesiva de volta no lugar, com alguma dificuldade por causa da [[poeira]] que cobria tudo e impedia uma boa colagem. Mas apesar dos melhores esforços, durante o retorno da parada geológica ao ML, a fita soltou e o pára-lama se perdeu.
A tripulação da Apollo 16 perdeu um pára-lama quase do mesmo jeito e, interessado em evitar problemas como superaquecimento de [[bateria]]s e trincos travados no jipe lunar, Cernan queria moldar um novo pára-lamas em substituição. Enquanto eles dormiam, membros da equipe de apoio no [[Centro Espacial Johnson]], em [[Houston]], descobriram como fazer um pára-lama substituto e como prendê-lo ao jipe lunar e [[John Young]], comandante da Apollo 16, vestiu uma roupa espacial para testá-lo. Pela manhã, Young e Cernan conversaram sobre como fazê-lo e o conserto foi um sucesso.
 
Linha 115:
Nenhuma das missões Apollo podia ser mais do que uma rápida viagem de reconhecimento a uma [[área]] de pouso em particular, em virtude da contenção de custos de todo o Projeto Apollo. O prazo final dado em [[1962]] pelo [[Presidente John Kennedy]] para um pouso lunar - fim da [[década]] de 60 - havia forçado a NASA a desenvolver o mais simples [[hardware]] capaz de completar uma missão de pouso e é um crédito às equipes de construtores que, na época destas missões, as tripulações pudessem passar três dias na Lua e tivessem o jipe lunar para ampliar seu alcance na [[superfície]]. Não havia mais nenhuma esperança de fazer algo, além de arranhar a superfície lunar e produzir um esboço da [[história]] geológica da Lua.
[[Ficheiro:Apollo 17 LM Ascent Stage.jpg|thumb|left|230px| O ML Challenger no espaço, indo ao reencontro do MC America para a volta para a Terra, após três dias na Lua.]]
Pelo fim da Apollo 17, havia amostras suficientes de [[lava]] das regiões montanhosas, para que os geólogos estivessem confiantes de terem entendido como as grandes bacias lunares, como o Mar da Serenidade, haviam sido criadas pelos impactos de [[meteoros]], como as montanhas tinham se erguido e como o '[[mare]]' (de [[lava]], resfriada por milhões de anos na superfície lunar, havia se formado pelos jorros de lava que vertiam de tempos em tempos do interior do satélite. E havia detalhes intrigantes, os quais, se não foram completamente explicados, pareciam ser consistentes com os temas gerais. Se, por exemplo, alguns geólogos se desapontaram com o fato de não terem encontrado evidências de [[vulcanismo]] em qualquer das áreas de pouso das Apollo, a descoberta dos solos negro e alaranjado na cratera ''Shorty'' – combinado com o subsequente mapeamento feito em órbita por Schmitt, de regiões similares por todos os lugares em volta das bordas do Mar da Serenidade – tornou fácil para os geólogos descreverem a fase de formação do 'mare' na evolução lunar.
 
Eugene Cernan gostava de descrever a Apollo 17 como 'o fim do começo' e, certamente, de uma perspectiva científica, a Apollo foi um começo maravilhoso.
Linha 136:
*"To a Rocky Moon" - Dom Wilhelm - [[University of Arizona Press]]/ 1994
*" The Last Man on the Moon: Astronaut Eugene Cernan and America's Race in Space - Eugene Cernan e Donald A. Davis - St. Martin's Griffin Books
 
==={{Ver também}}===
*[[Exploração espacial]]