Usuário(a):Cignenoire/Testes/Charles Baudelaire: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
m
Linha 18:
}}
 
'''Charles Pierre Baudelaire''' (pronúncia em {{IPA-fr|ʃaʁl bodlɛʁ|lang|Fr-Charles Baudelaire.oga}}) foi um [[poesia|poeta]] [[Boémia (estilo de vida)|boêmio]], [[dândi]], ''[[flâneur]]''<ref>"''A máscara – do dândi – sempre lhe foi um subterfúgio: se por um lado é artifício, por outro, parece ter lhe aderido à pele – só sendo removida para dar lugar a outras, dentre as quais a do flâneur, boêmio, trapeiro e apache.''" - [http://200.233.146.122:81/revistadigital/index.php/fatoeversoes/article/viewFile/76/69 O POETA BAUDELAIRE E SUAS MÁSCARAS: BOÊMIO, DÂNDI, FLÂNEUR, [[Marcos Antonio de Menezes]], Revista fato&versões, n.1 v.1, p. 64-81, 2009]</ref> e [[teoria|teórico]] da [[arte]] [[França|francesa]]. É considerado um dos precursores do [[simbolismo]] e reconhecido internacionalmente como o fundador da [[poesia moderna|tradição moderna em poesia]],<ref>{{citar web |url=http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2602.pdf |publicado=[[Universidade do Porto]] |formato=PDF |autor= |título=Carlos, Luís Adriano. Universidade do Porto. 1989 |data= |acessodata= }}</ref> juntamente com [[Walt Whitman]], embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as [[artes plásticas]] do [[século XIX]]. As pessoas que mais o influenciaram durante a sua vida foram os escritores [[Théophile Gautier]], [[Joseph de Maistre]] e, em particular, [[Edgar Allan Poe]], cuja obra Baudelaire traduziu extensamente.
 
==Biografia==
Linha 54:
[[Imagem:Charles Baudelaire 1855 Nadar.jpg|thumb|Baudelaire, fotografia de [[Gaspard-Félix Tournachon|Nadar]].]]
 
Começou a frequentar os círculos literários e artísticos e escandalizou toda a Paris da época em decorrência de sua relação com a jovem [[Jeanne Duval]], a charmosa mulher que iria inspirá-lo a escrever algumas de suas mais brilhantes e controversas poesias. Rapidamente desponta como crítico de arte no cenário parisiense: ''O Salão'' de 1845, sua primeira obra, chamou a atenção de seus contemporâneos, enquanto que a segunda edição de ''O Salão'', publicado um ano depois, fez despertar a fama de [[Eugène Delacroix|Delacroix]] e impulsionar a moderna concepção estética de seu autor.<ref> {{cita web|autor=Biografias e Vidas|título=Charles Baudelaire|url=http://www.biografiasyvidas.com/biografia/b/baudelaire.htm|acessodatadata=22 de junho de 2004}}</ref>
 
=== Jeanne Duval ===
Linha 77:
 
===Édouard Manet===
[[Édouard Manet|Manet]] e Baudelaire tornaram-se companheiros frequentes por volta de 1855. No início da década de 1860, Baudelaire acompanhou Manet em viagens diárias e muitas vezes o encontrou socialmente. Manet também emprestou dinheiro a Baudelaire e cuidou de seus negócios, particularmente quando Baudelaire foi à Bélgica. Baudelaire encorajou Manet a trilhar seu próprio caminho e não sucumbir às críticas. "Manet tem grande talento, um talento que resistirá à corrosão do tempo. Mas ele possui um caráter fraco."<ref>Hyslop (1980), p. 55.</ref> Em sua pintura ''[[Música nas Tulherias (Manet)|Música nas Tulherias]]'', Manet incluiu retratos dos seus amigos: [[Théophile Gautier]], [[Jacques Offenbach]], e Baudelaire.<ref>{{cite web | title = Music in the Tuileries Gardens | publisher=[[National Gallery (London)|The National Gallery]] | url = http://www.nationalgallery.org.uk/cgi-bin/WebObjects.dll/CollectionPublisher.woa/wa/work?workNumber=ng3260 |acessodataData =13 de julho de 2008}}</ref> Embora seja difícil diferenciar quem influenciou quem, tanto Manet quanto Baudelaire discutiram e expressaram alguns temas comuns através de suas respectivas maneiras de fazer arte. Baudelaire elogiou a modernidade de Manet: "quase toda a nossa originalidade vem do selo que o 'tempo' imprime em nossos sentimentos".<ref>Hyslop (1980), p. 53.</ref> Quando a famosa ''[[Olympia (Manet)|Olympia]]'' (1863), uma obra que retrata uma prostituta nua, provocou um escândalo por seu realismo flagrante misturado à imitação de detalhes renascentistas, Baudelaire apoiou em particular seu amigo, embora não tivesse oferecido nenhuma defesa pública (ele estava, no entanto, doente na época). Quando Baudelaire retornou da Bélgica após seu derrame, Manet e sua esposa o visitavam assiduamente na casa de repouso e ela tocava trechos de Wagner para Baudelaire ao piano.<ref>Hyslop (1980), p. 51.</ref>
 
===Nadar===
Linha 98:
[[Imagem:Fleurs du mal.jpg|thumb|A primeira edição de ''[[Les Fleurs du mal]]'' com notas do autor.]]
 
Baudelaire era um escritor lento e exigente, muitas vezes encontrava-se entre a distração e [[preguiça|indolência]], aflição emocional e doença, e foi só em 1857 que publicou seu primeiro e mais famoso volume de poemas, ''[[Les fleurs du mal]]''.<ref>{{cite book|last1=Clark|first1=Carol|title=Selected Poems|section=Notes on the Text|acessodatadata=1995|publisher=Penguin Books Ltd.|location=By Charles Baudelaire. London|isbn=978-0-14-044624-1|page=xxiii}}</ref>
 
Os poemas obtiveram um pequeno público apreciativo, no entanto, a maior atenção pública foi dada ao assunto. O efeito sobre os colegas artistas era, como afirmou [[Théodore de Banville]], "imenso, prodigioso, inesperado, uma mistura de admiração e medo ansioso e indefinível".<ref>Richardson 1994, p. 236.</ref> [[Gustave Flaubert]], que havia sido recentemente atacado de forma semelhante por causa de sua ''[[Madame Bovary]]'', ficou estupefato e escreveu para Baudelaire: "Você encontrou uma maneira de rejuvenescer o [[Romantismo]]... Você é tão inflexível quanto o mármore e tão penetrante quanto uma névoa inglesa."<ref>Richardson 1994, p. 241.</ref>
Linha 126:
Isto se deve ao fato de que, através da percepção do real, chegava sempre a um correlato [[objetividade (filosofia)|objetivo]] para o [[sentimento]] que desejasse expressar, tal qual [[T. S. Eliot]] define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de ''[[As Flores do Mal]]'', onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
 
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo, o poeta, sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela [[metrópole]] sobre a sensibilidade.<ref>{{citar web |url=http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/317/1/ACTAS-Literatura%20e%20História259-268.pdf.pdf |publicado=Repositorioaberto.univ-ab.pt |formato=PDF |obra=Atas do Colóquio - Literatura e História. Universidade Aberta. Portugal. 2002 |autor=Coelho, Maria Paula Mendes |título=Da história do símbolo ao simbolismo na história |data= |acessodata= }}</ref>
 
Era, como os [[modernismo|modernista]]s que vieram após ele, um [[realismo|realista]] que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela [[subjetividade]] exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: "É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o [[objeto]] e o [[sujeito]], o mundo exterior ao artista e o próprio artista." É através, naturalmente, dos [[sentido]]s, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da [[poesia moderna]].<ref>[http://pensaroupensar.wordpress.com/category/uncategorized/page/13/ Gay, Peter. ''Modernism''. Nova Iorque/Londres: W.W. Norton & Company Inc.; 2008. p. 40. in Vogt, Carlos. O Modernismo de Lévi-Strauss. 10/10/2009]</ref>
Linha 139:
 
===Amor===
"Há um gosto invencível pela prostituição no coração do homem, do qual vem o seu horror à solidão. Ele quer ser "dois". O homem de gênio quer ser "um"... É esse o horror à solidão, a necessidade de se perder na carne externa, que o homem chama nobremente de "necessidade de amar"."<ref name = "sncxdz">Richardson 1994, p. 50</ref><ref>{{cite book|last1=Baudelaire|first1=Charles|title=His Prose and Poetry|acessodatadata=1919|publisher=Boni and Liveright, inc.|location=New York|page=239}}</ref>
 
===O artista===
Linha 159:
Foi na [[Bélgica]] com uma pequena causa de diarreia que Baudelaire encontrou [[Félicien Rops]], que ilustra "As flores do mal". E residirá dois anos em [[Bruxelas]]. Aí ambiciona ganhar a vida com conferências sobre arte, mas são um fracasso. Na primavera se encontra com seu editor. Consegue lecionar somente três conferências sobre ''Paraísos Artificias'', [[Delacroix]] e [[Théophile Gautier|Gautier]], com escasso público. Tenta reeditar uma coletânea de sua obra completa, mas também fracassa; vinga-se da falta de aceitação escrevendo um panfleto intitulado ''Pobre Bélgica!''.
 
Durante uma visita à Igreja de St. Loup, de [[Namur]], Baudelaire perde a consciência. Este colapso é acompanhado por alterações cerebrais, particularmente [[afasia]]. Desde março de 1866, ele sofre de [[hemiplegia]]. Ele morreu de [[sífilis]] em Paris, em 31 de agosto de 1867, sem a realização do projeto de uma edição final de "As flores do mal", como ele desejava. Ele está enterrado no [[Cemitério de Montparnasse]] (sexta divisão), no mesmo túmulo de seu padrasto, o general Jacques Aupick, e sua mãe.<ref>{{cita web|autor=Biografías y Vidas|título=Charles Baudelaire|url=http://www.biografiasyvidas.com/biografia/b/baudelaire.htm|acessodatadata=22 de junho de 2004}}</ref> Morreu prematuramente sem sequer conhecer a fama.
 
Em novembro de [[1867]], poucos meses depois da morte de Baudelaire, vai a leilão público toda a sua propiedade literária. Entre os documentos leiloados estão as listas de ''Poèmes à faire'': esboços e notas, associados à obra ''[[Le Spleen de Paris]]''. Neste conjunto estão também os títulos de criação denominados por Baudelaire como ''Oneirocrities'', a arte de explicar os sonhos.
Linha 172:
chamou-o em uma carta de 'rei dos poetas, um verdadeiro Deus'.<ref>Rimbaud, Arthur: ''Oeuvres complètes'', p. 253, NRF/Gallimard, 1972.</ref> Em 1895, [[Stéphane Mallarmé]] publicou um soneto em homenagem à memória de Baudelaire, 'Le Tombeau de Charles Baudelaire'. [[Marcel Proust]], em um ensaio publicado no ano de 1922, afirmou que o poeta, juntamento com [[Alfred de Vigny]], foi um dos mais 'importantes poetas do século dezenove'.<ref>''Concerning Baudelaire'' in Proust, Marcel: ''Against Sainte-Beuve and Other Essays'', p. 286, trans. John Sturrock, Penguin, 1994.</ref>
 
No universo literário anglófono, [[Edmund Wilson]] creditou Baudelaire como sendo provedor de um ímpeto inicial para o desenvolvimento do movimento [[Simbolismo|simbolista]].<ref>Wilson, Edmund: ''Axel's Castle'', p. 20, Fontana, 1962 (originally published 1931).</ref> Em 1930, [[T. S. Eliot]], while asserting that Baudelaire had not yet received a "just appreciation" even in France, claimed that the poet had "great genius" and asserted that his "technical mastery which can hardly be overpraised ... has made his verse an inexhaustible study for later poets, not only in his own language".<ref>'Baudelaire', in Eliot, T. S.: ''Selected Essays'', pp. 422 and 425, Faber & Faber, 1961.</ref> In a lecture delivered in French on "Edgar Allan Poe and France" (Edgar Poe et la France) in Aix-en-Provence in April 1948, Eliot stated that "I am an English poet of American origin who learnt his art under the aegis of Baudelaire and the Baudelairian lineage of poets."<ref>Eliot, T.S.: Typescript, Hayward Bequest [held at King's College Archives, University of Cambridge]; subsequently adapted for the lecture later published as ''From Poe to Valéry'', The Hudson Review Vol. 2, No. 3 (Autumn, 1949), pp. 327-342 </ref> Eliot also alluded to Baudelaire's poetry directly in his own poetry. For example, he quoted the last line of Baudelaire's 'Au Lecteur' in the last line of Section I of 'The Waste Land.'{{citation needed|acessodatadata=Julho de 2017}}
 
At the same time that Eliot was affirming Baudelaire's importance from a broadly conservative and explicitly Christian viewpoint,<ref>cf. Eliot, 'Religion in Literature', in Eliot, op. cit., p. 388.</ref> [[Left-wing politics|left-wing]] critics such as Wilson and [[Walter Benjamin]] were able to do so from a dramatically different perspective. Benjamin translated Baudelaire's ''Tableaux Parisiens'' into German and published a major essay on translation<ref>'The Task of the Translator', in Benjamin, Walter: ''Selected Writings Vol. 1: 1913–1926'', pp. 253–263, Belknap/Harvard, 1996.</ref> as the foreword.
 
In the late 1930s, Benjamin used Baudelaire as a starting point and focus for his monumental attempt at a [[Historical materialism|materialist]] assessment of 19th-century culture, ''[[Arcades Project|Das Passagenwerk]].''<ref>Benjamin, Walter: ''The Arcades Project'', trans. Howard Eiland and Kevin McLaughlin, Belknap/Harvard, 1999.</ref> For Benjamin, Baudelaire's importance lay in his anatomies of the [[crowd]], of the city and of [[modernity]].<ref>{{citation | last = Benjamin | first = Walter | author-link = Walter Benjamin | contribution = The Paris of the Second Empire in Baudelaire | editor-last = Benjamin | editor-first = Walter | editor-link = Walter Benjamin | title = Selected writings: Vol. 4 1938–1940 | pages = 3–92 | publisher = Belknap Press | location = Cambridge, Massachusetts | year = 1996 | isbn = 9780674010765 | ref = harv | postscript = .}}</ref> He says that, in ''[[Les Fleurs du mal]]'', "the specific devaluation of the world of things, as manifested in the commodity, is the foundation of Baudelaire's allegorical intention."<ref>{{citation | last = Benjamin | first = Walter | author-link = Walter Benjamin | contribution = The study begins with some reflections on the influence of ''Les Fleurs du mal'' | editor-last = Benjamin | editor-first = Walter | editor-link = Walter Benjamin | title = Selected writings: Vol. 4 1938–1940 | pages = 94–98 | publisher = Belknap Press | location = Cambridge, Massachusetts | year = 1996 | isbn = 9780674010765}}
:''See also'': {{Cite journal | last = Marder | first = Elissa | title = Inhuman beauty: Baudelaire’s bad sex | journal = [[Differences (journal)|differences: A Journal of Feminist Cultural Studies]] | volume = 27 | issue = 1 | pages = 1&ndash;24 | publisher = [[Duke University Press]] | doi = 10.1215/10407391-3522733 | date = May 2016 | url = https://doi.org/10.1215/10407391-3522733 | ref = harv | postscript = .}}</ref> [[François Porche]] published a poetry collection called ''Charles Baudelaire: Poetry Collection'' in memory of Baudelaire.{{citation needed|acessodata=July 2017}}
 
:''See also'': {{Cite journal | last = Marder | first = Elissa | title = Inhuman beauty: Baudelaire’s bad sex | journal = [[Differences (journal)|differences: A Journal of Feminist Cultural Studies]] | volume = 27 | issue = 1 | pages = 1&ndash;24 | publisher = [[Duke University Press]] | doi = 10.1215/10407391-3522733 | datedata = May 2016 | url = https://doi.org/10.1215/10407391-3522733 | ref = harv | postscript = .}}</ref> [[François Porche]] published a poetry collection called ''Charles Baudelaire: Poetry Collection'' in memory of Baudelaire.{{citation needed|acessodatadata=July 2017}}
The song "How Beautiful You Are" by [[The Cure]] from their 1987 album ''[[Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me]]'' was inspired by and based on Baudelaire's poem "The Eyes of the Poor".<ref>{{cite web|title=Robert Smith and his Books|url=http://www.chainofflowers.com/rockfolk0703.html|work=chainofflowers.com|publisher=Rock and Folk Magazine|acessodata=10 March 2014}}</ref>
 
The song "How Beautiful You Are" by [[The Cure]] from their 1987 album ''[[Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me]]'' was inspired by and based on Baudelaire's poem "The Eyes of the Poor".<ref>{{cite web|title=Robert Smith and his Books|url=http://www.chainofflowers.com/rockfolk0703.html|work=chainofflowers.com|publisher=Rock and Folk Magazine|acessodata=10 March 2014}}</ref>
The 1998 Spanglish classic novel ''[[Yo-Yo Boing!]]'' by [[Giannina Braschi]] features a debate between artists and writers on the greatness of Baudelaire versus [[Arthur Rimbaud]] and [[Antonin Artaud]].<ref>{{cite book|title=Yo-Yo Boing!, Introduction by Doris Sommer, Harvard University|publisher=Latin American Literary Review Press|acessodata=1998|isbn=0-935480-97-8}}</ref>
 
The 20111998 LatinSpanglish American postcolonialclassic novel ''[[United States ofYo-Yo BananaBoing!]]'' by [[Giannina Braschi]] features cameoa appearancesdebate bybetween Baudelaire,artists alongand withwriters fellowon poetsthe [[Antoningreatness Artaud]],of Baudelaire versus [[Arthur Rimbaud]], [[César Vallejo]] and [[RubénAntonin DaríoArtaud]].<ref>{{cite book|title=UnitedYo-Yo StatesBoing!, ofIntroduction by Doris Sommer, Harvard BananaUniversity|publisher=AmazonLatin CrossingAmerican Literary Review Press|acessodatadata=November 20111998|isbn=97816110906730-935480-97-8}}</ref>
 
The 2011 Latin American postcolonial novel ''[[United States of Banana]]'' by [[Giannina Braschi]] features cameo appearances by Baudelaire, along with fellow poets [[Antonin Artaud]], [[Arthur Rimbaud]], [[César Vallejo]] and [[Rubén Darío]].
The [[Baudelaire family|Baudelaires]], protagonists of Lemony Snicket's ''[[A Series of Unfortunate Events]]'', were named after him.<ref>{{cite web|last=Kramer|first=Melody|title=A Series Of Unfortunate Literary Allusions|url=https://www.npr.org/2011/07/15/6253438/a-series-of-unfortunate-literary-allusions|work=npr.org|publisher=NPR|acessodata=22 October 2013}}</ref>
 
The [[Baudelaire family|Baudelaires]], protagonists of Lemony Snicket's ''[[A Series of Unfortunate Events]]'', were named after him.
[[Vanderbilt University]] has "assembled one of the world's most comprehensive research collections on ... Baudelaire".<ref>[http://www.library.vanderbilt.edu/bandy/pdf/Baudelaire.pdf Library.vanderbilt.edu]</ref>
 
The Japanese [[comic]] or ''[[manga]]'' ''[[The Flowers of Evil (manga)|Aku no Hana]]'', by Shūzō Oshimi, is inspired by Baudelaire's ''[[Les Fleurs du mal]]''. The anime was aired in 2013 and drew attention due to its heavy use of [[rotoscope]] animation. The [[protagonist]] in both manga and the anime, Takao Kasuga, is a bookworm whose favorite book is ''Les fleurs du mal,'' translated in Japanese as ''Aku no Hana''.{{citation needed|acessodatadata=July 2017}}
 
''Les Fleurs du mal'' has a number of scholarly references.<ref>[https://scholar.google.com/scholar?cites=6832748742697412329&as_sdt=2005&sciodt=0,5&hl=en Google Scholar citations]</ref>