Castelo de Almourol: diferenças entre revisões

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O '''Castelo de Almourol''' localiza-se na freguesia de [[Praia do Ribatejo]], concelho de [[Vila Nova da Barquinha]], [[distrito de Santarém]], [[Região do Centro|região do Centro (Região das Beiras)]], em [[Portugal]], embora a sua localização seja frequentemente atribuída a [[Tancos]], visto ser a [[Vilas perto de Almourol|vila mais perto]] e onde se vislumbra melhor.
 
Erguido num afloramento de [[granito]] a 18 mmetros acima do nível das águas, numa pequena [[Almourol (ilha)|ilha]] de 310 mmetros de comprimento por 75 mmetros de largura, no médio curso do [[rio Tejo]], um pouco abaixo da sua confluência com o [[rio Zêzere]], à época da [[Reconquista]] integrava a chamada ''[[Linha do Tejo]]'', actual [[Região de Turismo dos Templários]]. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de [[Portugal]] e a [[Ordem dos Templários]], associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da [[Ordem do Templo]] o castelo de Almourol passa a integrar o património da [[Ordem de Cristo]] (que foi a sucessora em [[Portugal]] da [[Ordem dos Templários]]).
 
Pela sua beleza e enquadramento histórico, o Castelo de Almourol serviu de cenário às gravações da telenovela da Globo [[O Beijo do Vampiro]].
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== Lendas ==
VáriasHouve várias histórias populares exacerbam o romantismo associado ao castelo templário, entre as quais:
* Nos primeiros tempos da [[Reconquista]], D. Ramiro, um [[cavaleiro]] [[cristianismo|cristão]], regressava orgulhoso de combates contra os [[islão|muçulmanos]] quando encontrou duas mouras, mãe e filha. Trazia a jovem uma bilha de água, que, assustada, deixou cair quando lhe pediu de beber rudemente o cavaleiro. Enfurecido, acabava de tirar a vida às duas mulheres quando surgiu um jovem mouro, filho e irmão das vítimas, logo aprisionado. D. Ramiro levou o cativo para o seu castelo, onde vivia com a própria esposa e filha, as quais o prisioneiro mouro logo planeou assassinar em represália. Entretanto, se à mãe passou a ministrar um [[veneno]] de acção lenta, acabou por se apaixonar pela filha, a quem o pai planeava casar com um cavaleiro de sua fé. Correspondido pela jovem, que entretanto tomara conhecimento dos planos do pai, os apaixonados deixaram o [[castelo]] e desapareceram para sempre. Reza a lenda que, nas noites de [[São João]], o casal pode ser visto abraçado no alto da [[torre de menagem]] e, a seus pés, implorando perdão, o cruel D. Ramiro. (in: PINHO LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de. ''Portugal antigo e moderno: diccionário geographico, estatistico, chorographico, heráldico, archeológico, histórico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande número de aldeias…'' (12 vols.). Lisboa: 1872 e segs.)
* Um senhor árabe de Almourol foi atraiçoado pelo cavaleiro cristão por quem a sua filha se apaixonou, e a quem esta revelou os segredos de entrada no castelo. O cavaleiro usou a informação para fazer uma emboscada e o emir e a sua filha preferiram lançar-se das muralhas ao rio a ficarem em cativeiro.