Indonésia: diferenças entre revisões

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Entre os anos de 1963 e 1965, o Partido Comunista da Indonésia, que mantinha relações secretas com a [[China]] comunista de [[Mao Tsé Tung]], elaborou um plano para fortalecer o governo pró-Pequim de Sukarno. A ideia era decapitar o alto comando anticomunista do exército para manter mais da metade do Exército, dois terços da Aeronáutica e um terço da Marinha alinhados ao partido Comunista da Indonésia. Em 30 de setembro de 1965, o plano foi colocado em prática e o chefe do Exército e outros cinco generais foram presos e executados.{{sfn|Friend|2003|p=107-109}} Contudo esse plano fracassou, pois [[Suharto]], um general até então de pouca expressão, estava informado sobre esse plano, esperou a prisão e execução dos generais para rapidamente tomar o poder.{{sfn|Chang|2006}} O golpe de Estado do general [[Suharto]], apoiado pelos [[Estados Unidos]]{{sfn|Lopes|2003}} e seus aliados, derrubou o governo do líder populista [[Sukarno]] em 1965, sob o pretexto de deter o avanço comunista. Foi um banho de sangue que vitimou mais de 500 mil de indonésios supostamente comunistas.{{sfn|Folha de Pernambuco|2000}} De caráter agressivo, militarista e essencialmente corrupto, a ditadura de Suharto promoveu a repressão e a opressão da população.{{sfn|Vickers|2011|p=163}}{{sfn|Slater|p=70}} Reforçou, também, a centralização política e o expansionismo. Assim, poderiam impedir a diversidade existente no país e reforçar as tensões autônomas opositoras à constituição de uma "Grande Indonésia". Com isso, houve conflitos autônomos nas [[ilhas Molucas]], em [[Samatra]], na [[Nova Guiné]], em [[Celebes]] e [[Bornéu]] e fronteiriços com a Malásia e Papua-Nova Guiné.
 
Suharto foi reeleito cinco vezes {{sfn|Glace Bay High School Science Classes|2001}} e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a crise económica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a renunciar e entregou o poder ao seu Vice-Presidente, [[B. J. Habibie]].{{sfn|Glace Bay High School Science Classes|2001}} No entanto, as eleições de 1999 foram perdidas por Habibie para [[Megawati Sukarnoputri]], filha de Sukarno, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu [[partido político]] por [[Abdurrahman Wahid]]. A [[Independência de Timor-Leste|crise de Timor-Leste]] virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições directas, foi eleito presidente [[Susilo Bambang Yudhoyono]].{{sfn|Setti|2011}}
 
Em 7 de Dezembro de 1975, a Indonésia invadiu e anexou a antiga colónia portuguesa de Timor Leste, com apoio militar e político dos EUA, submetendo a população local a uma terrível repressão. O número de mortos é estimado entre 100 a 180000. <ref>{{citar web|url=https://nsarchive2.gwu.edu//NSAEBB/NSAEBB176/index.htm|titulo=East Timor truth commission finds U.S. "political and military support were fundamental to the Indonesian invasion and occupation"|data=24 de Janeiro de 2006|acessodata=|publicado=The National Security Archive|ultimo=Simpson|primeiro=Brad (editor)}}</ref> Por fim, houve uma intervenção da ONU e a [[Referendo de independência de Timor-Leste de 1999|realização de um referendo]] em que os timorenses votaram pela independência, ocorrida em 2002.
 
A [[Independência de Timor-Leste|crise de Timor-Leste]] virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições directas, foi eleito presidente [[Susilo Bambang Yudhoyono]].{{sfn|Setti|2011}}
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