Auro de Moura Andrade: diferenças entre revisões

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Era presidente do congresso quando da renúncia de [[Jânio Quadros]] em agosto de 1961.<ref name=ditder>{{Citar livro |autor=[[Elio Gaspari|Gaspari, Elio ]]|título=A Ditadura Derrotada|subtítulo= |língua= |formato= |edição= 2|local=Rio de Janeiro |editora= Editora Intrínseca|ano=2014 |página= |páginas=544 |isbn= 978-85-8057-432-6}}</ref> Recebeu a carta-renúncia e imediatamente convocou o Congresso. Em quatro minutos e meio leu a carta, informou que Jânio não estava mais em Brasília e convidou os parlamentares para a posse do seu sucessor constitucional, que seria realizada dali a dez minutos. Vinte minutos após a convocação, declarou a vacância do cargo presidencial, uma vez que o vice-presidente João Goulart encontrava-se na China em viagem oficial.<ref name=ditder/> Um deputado lhe atirou um microfone e outro tentou arrancar-lhe a carta, mas em menos de meia hora deu posse ao deputado [[Ranieri Mazzilli]], presidente da Câmara.<ref name=ditder/> Isto significava o prenúncio do Golpe de Estado que se avizinhava: por ela, negava-se a João Goulart o seu legítimo direito à sucessão de Jânio Quadros.
 
Teve importante atuação na modificação para o [[regime parlamentarista]], o que possibilitou a posse do vice-presidente [[João Goulart]] no cargo de Presidente da República. Junto com Mazzili e [[Ernesto Geisel]], recebeu Jango no aeroporto quanto este retornou a Brasília em 5 de setembro.<ref name=ditder/> Foi convidado para o cargo de [[Primeiro-Ministro do Brasil|Primeiro-Ministro]], desde que deixasse escrita uma carta de renúncia nas mãos do presidente. Recusou-se a aceitar a imposição, dizendo a [[João Goulart]] que tal sugestão faria dele - Moura Andrade - "não o primeiro-ministro, mas o último".
 
Nunca se esclareceram devidamente as razões que levaram Auro de Moura Andrade a declarar vaga a Presidência em 01/04/1964. Na ocasião, João Goulart estava no Rio Grande do Sul, conforme noticiava a imprensa naqueles dias e, além disso, houve a leitura de ofício encaminhado ao Congresso Nacional pelo então [[Ministério da Casa Civil|Chefe da Casa Civil da Presidência da República]] [[Darcy Ribeiro]], comunicando que a viagem de João Goulart tinha caráter oficial, sendo este último o Chefe do Estado Brasileiro.
 
Foi convidado para o cargo de [[Primeiro-Ministro do Brasil|Primeiro-Ministro]], desde que deixasse escrita uma carta de renúncia nas mãos do presidente. Recusou-se a aceitar a imposição, dizendo a [[João Goulart]] que tal sugestão faria dele - Moura Andrade - "não o primeiro-ministro, mas o último".
 
==Golpe de 1964==
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Foi indicado por diversos parlamentares para compor, como vice-presidente, a chapa que elegeria o marechal [[general Castelo Branco|Castelo Branco]] para presidente, mas no entanto, renunciou sua candidatura no segundo turno daquela [[Eleição presidencial no Brasil em 1964|eleição indireta]], em 11 de abril de 1964, e a vaga ficou com [[José Maria Alkmin]], que praticamente não teve oposição.<ref>[http://imagem.camara.gov.br/dc_20.asp?selCodColecaoCsv=J&txPagina=97&Datain=12/04/1964#/ Ata da 3ª sessão conjunta, da 2ª sessão legislativa ordinária, da 5ª legislatura, em 11 de abril de 1964]. Coleção de Anais da Câmara dos Deputados - 12/04/1964. camara.gov.br. Consultado em 07/01/2017.</ref>
 
Nunca se esclareceram devidamente as razões que levaram Auro de Moura Andrade a declarar vaga a Presidência em 012/044/1964. Na ocasião, João Goulart estava no Rio Grande do Sul, conforme noticiava a imprensa naqueles dias e, além disso, houve a leitura de ofício encaminhado ao Congresso Nacional pelo então [[Ministério da Casa Civil|Chefe da Casa Civil da Presidência da República]] [[Darcy Ribeiro]], comunicando que a viagem de João Goulart tinha caráter oficial, sendo este último o Chefe do Estado Brasileiro.
 
Desencantado com o golpe que ajudara a dar, Moura Andrade, com a ousadia que o caracterizava, declarou publicamente que “Japona não era toga”, ao ser levianamente acusado por um oficial superior encarregado de um inquérito. Por isso, mesmo gozando de grande prestígio, foi derrotado em convenção partidária que escolheu os candidatos da [[Aliança Renovadora Nacional|Arena]] ao Senado por São Paulo em [[1970]], o que o impossibilitou de candidatar-se a mais um mandato.