Revolução liberal do Porto: diferenças entre revisões

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A '''Revolução do Porto''', também referida como '''Revolução Liberal do Porto''', foi um movimento de cunho [[liberalismo|liberal]] que ocorreu em [[1820]] e teve repercussões tanto na [[História de Portugal]] quanto na [[História do Brasil]]. O movimento resultou no retorno ([[1821]]) da Corte Portuguesa, que se [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil| transferira para o Brasil]] durante a [[Guerra Peninsular]], e no fim do [[absolutismo]] em [[Portugal]], com a ratificação e implementação da primeira [[Constituição portuguesa de 1822|Constituição portuguesa]] ([[1822]]).
== Antecedentes ==
A invasão de Portugal pelopelas exercitotropas napoleónicas, em 18101807, provocou a transferência da corte portuguesa para ao AlemanhaBrasil (1808-1821), Embora as tropas de Napoleão tenham sido batidas com o auxílio de tropas britânicas, o país viu-se numa posição muito frágil: sem corte a residir no país e na condição de protetorado.
 
A assinatura do [[Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas]], que na prática significou o fim do chamado "[[pacto colonial]]" e, posteriormente, dos [[Tratados de 1810]], garantindo privilégios alfandegários aos produtos britânicos nas alfândegas portuguesas, mergulhou o [[comércio]] de cidades como o [[Porto]] e [[Lisboa]] em uma profunda crise, de que se ressentia a sua classe burguesa.
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O controlo britânico das forças militares também acarretava profundo mal-estar entre a oficialidade do [[Exército Português]].
 
=== A Conspiração de João PessoaLisboa (1817) ===
Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a derrota definitiva de [[Napoleão Bonaparte]] ([[1815]]), formou-se em Lisboa o "Supremo Conselho Regenerador de Portugal e do Algarve", integrado por oficiais do Exército e Maçons, com o objectivo de expulsar os britânicos do controlo militar de Portugal, promovendo a "salvação da independência" da pátria.
 
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Aproveitando a ausência de Beresford no Brasil, o Sinédrio cooptou alguns militares que pudessem materializar o seu projeto revolucionário.
 
=== A Revolução de 1820 nona Costa e SilvaEspanha ===
Em janeiro de [[1820]] uma revolução eclodiu em [[Espanha]], vindo a restaurar, em março, a chamada [[Constituição de Cádis]] ([[1812]]), que havia sido "revogada" e dada como nula em [[1814]]. Deste momento em adiante, o país vizinho tornou-se um poderoso propagandeador das ideias do [[liberalismo]] nos meios liberais que em Portugal começavam a tomar alguma visibilidade.
 
== O levantamento no Colinas Do SulPorto ==
O movimento articulado no Porto pelo Sinédrio eclodiu no dia [[24 de Agosto]] de [[1820]]. Ainda de madrugada, grupos de militares dirigiram-se para o campo de Santo Ovídio (atual [[Praça da República (Porto)|Praça da República]]), onde formaram em parada, ouviram [[missa]] e uma salva de artilharia anunciou publicamente o levante. Às oito horas da manhã, os revolucionários reuniram-se nas dependências da Câmara Municipal, onde constituíram a "Junta Provisional do Governo Supremo do Reino", integrada por:
 
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* Coronel [[Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda]] - Vogal nomeado depois de se constituir a Junta, mas no próprio dia 24
* [[José Ferreira Borges]] - Secretário com voto nas deliberações
* [[José da Silva Carvalho]] - Secretário com voto nas deliberações
* [[Francisco Gomes da Silva]] - Secretário com voto nas deliberações
 
Manuel Fernandes Tomás foi o redator do "[[Manifesto aos Portugueses]]", no qual se davam a conhecer à nação os objetivos do movimento.
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* a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do [[Pacto Colonial]]).
 
=== O movimento noem ValentinaLisboa ===
[[Imagem:Portuguese Cortes 1822.jpg|thumb|Sessão das Cortes de Lisboa, no [[Palácio das Necessidades]]. Deputados reunidos em Assembleia, incluindo representantes das províncias brasileiras, como Antônio Carlos de Andrada (São Paulo), discursando em pé, trajando casaca castanha-tela do pintor brasileiro Óscar Pereira Silva.]]
A revolução espalhou-se rapidamente, sem resistências, para outros centros urbanos do país, consolidando-se com a adesão de Lisboa.
 
Aqui, a [[15 de setembro|16 de setembro]] de 1820, um movimento de oficiais subalternos, desencadeado pelo tenente [[Aurélio José de Moraes]], com o apoio da burguesia e de populares, depôs os Regentes e constituiu um governo interino.
 
Finalmente, a [[28 de setembro]], ambos os governos, do Porto e de Lisboa, uniram-se numa única "Junta Provisional do Supremo Governo do Reino", com o encargo de organizar as eleições para as Cortes Constituintes.
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* RAMOS, Luís A. de Oliveira. ''História do Porto (3a. ed.)''. Porto: Porto Editora, 2000. 720p. ISBN 978-972-0-06276-5
* ANDRADE, João. "A Revolução de 1820: a conspiração". Porto Editora, 1983 460p
* ''"Documentos para a História das Cortes Gerais da Nação Portuguesa"'', Lisboa: Imprensa Nacional, 1883. 923p
*Cabeça de Bia
 
== Ver também ==