Eliseu Paglioli: diferenças entre revisões

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'''Eliseu Paglioli''' ([[Caxias do Sul]], [[28 de dezembro]] de [[1898]] — [[Porto Alegre]], [[22 de dezembro]] de [[1985]]) foi um [[médico]], [[professor]] e [[política|político]] [[Brasil|brasileiro]],; pioneiro da [[neurocirurgia]] no [[Brasil|país]], foi; [[Lista de prefeitos de Porto Alegre|prefeito]] de [[Porto Alegre]], [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministro da Saúde]] e reitor da [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]].
 
Em [[1923]], graduou-se pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, um dos cursos que deram origem à [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]], e, no ano seguinte foi nomeado, por portaria, preparador da cadeira de anatomia humana. Retornou, então, para [[São Francisco de Paula]], cidade onde cresceu, para trabalhar, realizando seus primeiros procedimentos neurocirúrgicos. Em [[1928]], a convite de [[Sarmento Leite]], volta para [[Porto Alegre]] e, em [[1929]], após concurso, foi nomeado docente livre da Cadeira de Anatomia. Em [[1930]] viaja a [[Paris]], trabalahndotrabalhando como assistente de [[Thierry de Martel]], pioneiro da neurocirurgia [[França|francesa]]. Ao regressar, Paglioli traz os equipamentos necessários e inicia a neurocirurgia no Hospital Alemão, hoje [[Hospital Moinhos de Vento]].
 
Paralelamente, desenvolvia carreira acadêmica na UFRGS e chegou a diretor do Instituto de Neurocirurgia da UFRGS, da qual foi um dos fundadores. Amigo pessoal de [[Getúlio Vargas]], foi indicado, em [[1951]], por [[Ernesto Dornelles]], governador do [[Rio Grande do Sul]] e primo de Vargas, para a prefeitura de [[Porto Alegre]], que ainda não tinha realizado eleições diretas desde o fim do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]]. Ficou no cargo durante dez meses e meio, período no qual ocorreram eleições e sagrou-se vencedor [[Ildo Meneghetti]], antecessor de Paglioli na prefeitura porto-alegrense e adversário de [[Leonel Brizola]], candidato derrotado do [[Partido Trabalhista Brasileiro]], apoiado pelo governador Dornelles. Com o resultado, Paglioli renunciou, sendo substituído, interinamente, por [[José Antônio Aranha]], presidente da Câmara Municipal.
 
Em [[1952]], torna-se reitor da Universidade Federal do [[Rio Grande do Sul]], cargo que ocuparia pelo doze anos seguintes. Foi responsável pela expensão da universidade, que a partir daquela décanadécada aumentou o número de cursos oferecidos e de unidades, além de passar a investir em pesquisa, até então tímida.
 
Em [[18 de setembro]] de [[1962]] foi empossado Ministro da Saúde do do governo [[parlamentarismo|parlamentarista]] de [[João Goulart]], durante o gabinete do primeiro-ministro [[Hermes Lima]]. Exerceu essa função até [[24 de janeiro]] do ano seguinte, quando entrou em vigor, novamente, o regime [[presidencialismo|presidencialista]], sendo substituído por [[Paulo Pinheiro Chagas]]. De volta à reitoria da UFRGS, permaneceu no cargo até abril de [[1964]], quando se demitiu por considerar-se identificado com o regime deposto pelo [[Golpe Militar de 1964]].
 
 
Eliseu Paglioli fundou a ''Sociedade Latino-Americana de Neurocirurgia'' e, com o [[Uruguai|uruguaio]] [[Alejandro Schroeder]] e o [[Argentina|argentino]] [[Rafael Babini]], organizou o primeiro congresso da especialidade na [[América Latina]], em [[1945]]. Em [[1946]], fundou o Hospital São José, ligado à [[Santa Casa de Porto Alegre]] e especializado em neurocirurgia. Membro fundador da ''Sociedade Brasileira de Neurocirurgia'', do ''Comitê Permanente dos Congressos Latino-Americanos de Neurocirurgia'' e da ''Academia Brasileira de Neurocirurgia'', foi sócio honorário e o primeiro presidente da ''Sociedade de Neurologia e Neurocirurgia do Rio Grande do Sul'', em [[1973]].