Grande potência: diferenças entre revisões

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{{Legenda|#00BFFF|Países frequentemente considerados [[Potência regional|potências regionais]]}}
{{Legenda|#ADD8E6|Países frequentemente considerados [[Média potência|médias potências]]}}]]
Uma '''grande potência''' é uma [[nação]] ou o [[estado]] que, pela sua grande força [[economia|econômica]], [[política]] e [[forças armadas|militar]], é capaz de exercer o poder por cima da [[diplomacia]] mundial. As suas opiniões são fortemente consideradas por outras nações antes de empreender uma ação diplomática ou militar. Caracteristicamente, eles têm a capacidade de [[Intervencionismo (relações internacionais)|intervir militarmente]] em quase qualquer lugar, e eles também têm o poder suave, cultural, muitas vezes na forma de investimento econômico em porções [[Terceiro mundo|menos desenvolvidas]] do mundo.
 
Há um grande debate quanto a quais nações constituem as grandes potências do [[mundo]]. Basicamente a pergunta foi respondida pelo recurso "''ao [[bom senso]]''". Isto levou a muita análise subjetiva, com pouco acordo em uma lista definitiva. Uma segunda aproximação que foi tomada, foi uma tentativa de desenvolver uma noção conceitual de grandes potências — critérios derivam-se, que então podem ser aplicados em um exame histórico para identificar aqueles [[país]]es que têm, ou tiveram, esta posição.
 
== História ==
Ao longo da [[História do mundo|história]], existiram diferentes grupos de grandes potências, ou de potências relevantes; contudo o termo ''grande potência'' só foipassou a ser usado como um discurso escolaracadêmico ou diplomático desde o [[Congresso de Viena]] da [[Era napoleônica|era pós-napoleônica]] em [[1815]]. O Congresso estabeleceu o ''Concerto da Europa'' como uma tentativa de conservar a paz depois dos anos das [[Guerras Napoleônicas]].
 
[[Imagem:CongressVienna.jpg|thumb|esquerda|O [[Congresso de Viena]].]]
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O [[Congresso de Viena]] compôs-se de cinco potências principais: o [[Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda]], o [[Império Austríaco]], o [[Reino da Prússia]], o [[Restauração francesa|Reino da França]], e o [[Império Russo]]. Os reinos de [[Espanha]], [[Reino de Portugal|Portugal]] e [[Suécia]] foram consultados em certos problemas específicos, mas eles não foram participantes cheios. Em questões que se relacionam com a atual [[Alemanha]], os reinos de [[Reino de Hanôver|Hanôver]], da [[Reino de Baviera|Baviera]] e de [[Reino de Württemberg|Württemberg]] também foram consultados. Esses cinco participantes primários constituíram as grandes potências originais como conhecemos o termo hoje.
 
Dentro de algum tempo, essas cinco potências originais foram sujeitas à maré habitual e o [[História Contemporânea|fluxo de eventosevento]]<nowiki/>s. Alguns, como o Reino Unido e a Prússia (que se tornou parte de um [[Império Alemão]] unificado), solidificaram-se, com crescimento econômico contínuo e poder político. Os outros, como o Império Russo e ao [[Império Austro-Húngaro|Monarquia Austro-HúngaraHúngaro]], lentamente ossificaram-se. Ao mesmo tempo, outros estados emergiam e expandiam-se no poder; os dianteiros dos quais foram o [[Império do Japão]] ([[Restauração Meiji]]) no Extremo Oriente, [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]] ([[Risorgimento]]) na Europa e os [[Estados Unidos]] (após a sua [[Guerra Civil Americana|guerra civil]], e principalmente, pós-[[Primeira Guerra Mundial]]) na [[América]]. Claramente, na alvorada do [[século XX]], o equilíbrio do poder mundial tinha-se modificado substancialmente desde [[1815]] e o Congresso de Viena. A [[Aliança das Oito Nações]] ([[Império Austro-Húngaro|Monarquia Austro-Húngara]], [[Terceira República Francesa|República Francesa]], [[Império Alemão]], [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]], [[Império do Japão]], [[Império Russo]], [[Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda]] e [[Estados Unidos da América]]) formada em [[1900]] para invadir o [[Dinastia Qing|Império Chinês]] representou o clube das grandes potências no início do século XX.
 
[[Imagem:United Nations Security Council.jpg|thumb|direita|300px294x294px|Câmara do Conselho de Segurança da ONU em [[Nova Iorque]]]]
 
Os turnos do poder internacional ocorreram mais notavelmente por conflitos principais. Na sequência da [[Primeira Guerra Mundial]], o [[Império Alemão]] foi derrotado, a [[Império Austro-Húngaro|Monarquia Austro-Húngara]] foi dividida em novos Estados menos poderosos e o Império Russo caiu, em uma [[Revolução Russa de 1917|revolução]]. A conclusão da guerra e o resultante [[Tratado de Versalhes]] viu o [[Reino Unido]], a [[França]], a [[Itália]], os [[Estados Unidos]] e o [[Japão]] como os principais árbitros da nova ordem mundial. O fim da [[Segunda Guerra Mundial]] viu os Estados Unidos, o Reino Unido e a [[União Soviética]] emergirem como os vencedores primários. A importância da [[China]] e da França foi reconhecida pela sua inclusão (junto com "os três Grandes") no grupo de países com assentos permanentes no [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]].
 
O [[Japão]] e a [[Alemanha]] (após sua [[reunificação da Alemanha|reunificação]]) são também grandes potências, embora devido às suas grandes economias avançadas (tendo a terceira e a quarta maiores economias, respectivamente), em vez das suas capacidades estratégicas e de poder duro (isto é, a falta de lugares permanentes e o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU; Alcance militar estratégico; Entre outros). A Alemanha tem sido membro juntamente com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança no grupo P5 + 1 das potências mundiais. Em sua publicação de 2014, Great Power Peace e American Primacy, Joshua Baron considera a República Popular da China, a República Francesa, a Federação Russa, a República Federal da Alemanha, o Estado do Japão, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América como as grandes potências atuais.
 
A [[Itália]] tem sido descrita como uma grande potência por um número de acadêmicos e comentadores na era após a Segunda Guerra Mundial.<ref name="Canada Among Nations">{{citar livro|título=Canada Among Nations, 2004: Setting Priorities Straight|data=17 de janeiro de 2005|publicado=McGill-Queen's Press - MQUP|isbn=0773528369|página=85|url=https://books.google.co.uk/books?id=nTKBdY5HBeUC&printsec=frontcover&dq=Canada+Among+Nations,+2004:+Setting+Priorities+Straight&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjY4P_wzKXNAhXBJsAKHTXoBBQQ6AEIHDAA#v=onepage&q=Canada%20Among%20Nations%2C%202004%3A%20Setting%20Priorities%20Straight&f=false|acessodata=13 de junho de 2016}} ("''The United States is the sole world's superpower. France, Italy, Germany and the United Kingdom are great powers''")</ref><ref name="Milena Sterio">{{citar livro|último1 =Sterio|primeiro1 =Milena|título=The right to self-determination under international law : "selfistans", secession and the rule of the great powers|data=2013|publicado=Routledge|local=Milton Park, Abingdon, Oxon|isbn=0415668182|página=xii (preface)|url=https://books.google.co.uk/books?id=-QuI6n_OVMYC&printsec=frontcover&dq=The+Right+to+Self-determination+Under+International+Law:+%22selfistans%22,+Secession+and+the+Rule+of+the+Great+Powers&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwi55M-kyqXNAhWpK8AKHe2sCPUQ6AEIHDAA#v=onepage&q=The%20Right%20to%20Self-determination%20Under%20International%20Law%3A%20%22selfistans%22%2C%20Secession%20and%20the%20Rule%20of%20the%20Great%20Powers&f=false|acessodata=13 de junho de 2016}} ("''The great powers are super-sovereign states: an exclusive club of the most powerful states economically, militarily, politically and strategically. These states include veto-wielding members of the United Nations Security Council (United States, United Kingdom, France, China, and Russia), as well as economic powerhouses such as Germany, Italy and Japan.''")</ref><ref name="Theo Farrell">{{citar livro|título=Transforming Military Power since the Cold War: Britain, France, and the United States, 1991–2012|data=2013|publicado=Cambridge University Press|isbn=1107471494|página=224|url=https://books.google.co.uk/books?id=canqAAAAQBAJ&dq=Transforming+Military+Power+since+the+Cold+War:+Britain,+France,+and+the+United+States,+1991%E2%80%932012&source=gbs_navlinks_s|acessodata=13 de junho de 2016}} (During the Kosovo War (1998) "''...Contact Group consisting of six great powers (the United states, Russia, France, Britain, Germany and Italy).''")</ref><ref name="HCSS2014">{{citar livro|título=Why are Pivot States so Pivotal? The Role of Pivot States in Regional and Global Security|data=2014|publicado=The Hague Centre for Strategic Studies|local=Netherlands|página=Table on page 10 (Great Power criteria)|url=http://www.hcss.nl/reports/download/150/2483/|acessodata=14 de junho de 2016|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161011200310/http://www.hcss.nl/reports/download/150/2483/|arquivodata=11 de outubro de 2016|df=dmy-all}}</ref> A estudiosa de lei internacional americana Milena Sterio escreve:{{quote|As grandes potências são estados super soberanos: um clube exclusivo dos estados mais poderosos economicamente, militarmente, politicamente e estrategicamente. Esses estados incluem aqueles com poder de veto membros do [[Conselho de Segurança da ONU]] (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido), assim como potências econômicas tais como a Alemanha, Itália e Japão.<ref name="Milena Sterio"/>}} Sterio também cita o status da Itália no [[Grupo dos Sete]] (G7) e a influência da nação em organizações regionais e internacionais como sendo o de uma grande potência.<ref name="Milena Sterio"/> Outros analistas assertam que a Itália é uma "potência intermitente" ou a "[[menor das grandes potências]]",<ref>{{citar livro|último1 =editors|primeiro1 =Dimitris Bourantonis, Marios Evriviades|título=A United Nations for the twenty-first century : peace, security, and development|data=1997|publicado=Kluwer Law International|local=Boston|isbn=9041103120|página=77|url=https://www.google.it/search?tbm=bks&hl=it&q=A+United+Nations+for+the+Twenty-First+Century%3A+Peace%2C+Security%2C+and+Development|acessodata=13 de junho de 2016}}</ref><ref>[https://web.archive.org/web/20150413191614/http://www.eurasia-rivista.org/italia-150-anos-de-uma-pequena-grande-potencia/7478/ Italy: 150 years of a small great power], eurasia-rivista.org, 21 December 2010</ref> Enquanto outros acreditam que a Itália é uma potência regional ou média.<ref>{{citar livro|último1 =Verbeek|primeiro1 =Bertjan|último2 =Giacomello|primeiro2 =Giampiero|título=Italy's foreign policy in the twenty-first century : the new assertiveness of an aspiring middle power|data=2011|publicado=Lexington Books|local=Lanham, Md.|isbn=978-0-7391-4868-6}}</ref><ref>"[[Operation Alba]] may be considered one of the most important instances in which Italy has acted as a regional power, taking the lead in executing a technically and politically coherent and determined strategy." See Federiga Bindi, ''Italy and the European Union'' (Washington, D.C.: Brookings Institution Press, 2011), p. 171.</ref><ref>"Italy plays a prominent role in European and global military, cultural and diplomatic affairs. The country's European political, social and economic influence make it a major regional power." See ''Italy: Justice System and National Police Handbook'', Vol. 1 (Washington, D.C.: International Business Publications, 2009), p. 9.</ref>