Saturno (planeta): diferenças entre revisões

Somente em 1789 outros satélites viriam a ser descobertos, graças ao trabalho de [[William Herschel]], que encontrou Encélado e Mimas, difíceis de serem localizadaslocalizados por estarem próximos ao planeta. Herschell também determinou que os anéis situam-se no [[Plano (geometria)|plano]] [[linha do equador|equatorial]] do planeta e que o [[eixo de rotação]] de Saturno é inclinado cerca de 26°, além do seu formato achatado.<ref>{{Harvnb|Harland|2007|p=12}}</ref> Posteriormente, realizou-se uma nova busca por objetos ao redor de Saturno, o que resultou, em 1848, na descoberta de Hipérion.<ref>{{Harvnb|Harland|2007|p=16,17}}</ref> [[Johann Franz Encke]], em 1837, conseguiu observar uma linha escura no Anel A, a qual é atualmente conhecida como Lacuna de Encke. Mais de dez anos depois, [[Édouard Roche]] formulou [[Limite de Roche|uma teoria]] de que um corpo orbitando um planeta poderia ser destruído pelas [[gravidade|forças gravitacionais]] se estivesse muito próximo. Os anéis estão dentro deste limite, o que sugeriu que poderiapoderiam ser formados do material de um satélite natural que se fragmentou. Em 1850, [[William Cranch Bond]] encontrou um novo anel, o Anel C.<ref>{{Harvnb|Harland|2007|p=17}}</ref>

[[Ficheiro:Huge storm on Saturn observed by ESO's Very Large Telescope.tif|miniatura|Imagens em [[Espectro visível|cor visível]] (esquerda) e infravermelho[[Radiação infravermelha|infravermelha]] (centro e direita) de Saturno feitas pelo [[Observatório Europeu do Sul]] em 2011.|alt=Três imagens de Saturno na mesma posição. AÀ esquerda, o planeta aparece com coloração clara, [[bege]], com algumas faixas em tonalidades suaves, com os anéis em formato elíptico e inclinados. No centro, o planeta aparece com faixas vermelhas, laranjas e amarelas e os aneisanéis, na mesma posição, vemelho escurovermelho-escuros. À direita, o planeta aparece vermelho -escuro com uma mancha clara na parte superior direita, os anéis não estão visíveis.]]

A observação contínua de Saturno permitiu detectar o surgimento de manchas brancas em seu disco, cujo movimento permitia estimar o período de rotação como sendo de mais de dez horas. Entretanto, diversos astrônomos[[astrônomo]]s obtinham estimativas diferentes, constatando-se que que, assim como Júpiter, Saturno possuía diferentes bandas de circulação dos ventos[[vento]]s. Notou-se, ainda, que as manchas que surgiam na zona equatorial eram mais rápidas, o que era causado pela maior [[velocidade]] dos ventos.<ref>{{Harvnb|Haarland|2007|pp=30-32}}</ref>

A partir doO desenvolvimento de novas técnicas[[técnica]]s de [[observação]], especialmente ao longo do [[século vinteXX]], permitiu que Saturno fosse analisado a partir de diversas bandas do [[espectro eletromagnético]]. A composição atmosférica do planeta foi inicialmente obtida por [[espectroscopia]] , revelando a presença de [[metano]] e [[amônia]] na [[década de 301930]]. A presença de [[hidrogênio]] e [[hélio]], por outro lado, embora sejam os componentes mais abundantes da atmosfera, foi confirmada diretamente somente na [[década de 601960]].<ref>{{Harvnb|Dougherty|2009|pp=10,11}}</ref> Utilizando-se os [[Lista dos maiores telescópios óticos refletores|grandes telescópios]] espalhados pelo mundo, algumas características atmosféricas podem ser observadas, incluindo as diferentes bandas de circulação global e as propriedades da névoa e da camada superior de nuvens, bem como sua variação ao longo do tempo. A colocação de [[Observatório espacial|observatórios espaciais]] em órbita foi de grande importância na complementação das imagens fornecidas por telescópios terrestres (que sofrem a influência da [[atmosfera terrestre]]), principalmente o ''[[International Ultraviolet Explorer]]'', o [[Telescópio Espacial Hubble]] e o ''[[Infrared Space Observatory]]''.<ref>{{harvnb|Dougherty|2009|pp=9,10}}</ref>