Cerco de Tiro (1187): diferenças entre revisões

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nova página: {{Info/Conflito militar |Conflito = Cerco de Tiro (1187) |nome = Cerco de Tiro |imagem = Tyre 1187.jpg |legenda = <br /><hr>Miniatura do século XV<br /><hr>representando uma acus...
 
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Em julho de [[1187]], [[Conrado de Monferrato]] deixa [[Gênova]]. Sua primeira intenção era apoiar seu pai na [[Terra Santa]]. Conrado era o segundo filho do marquês [[Guilherme V de Monferrato]], o Velho, e sua esposa [[Judite de Babenberg]] ([[1110]]/[[1120]]–[[1168]]), filha de [[Leopoldo III de Babenberg]]. Ele era meio-irmão de [[Amadeu III de Sabóia]], cunhado de [[Luis VII de França]], e primo de [[Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico|Federico I Barbarruiva]] e de [[Leopoldo V da Áustria]]. Seu pai era o senhor do castelo de [[Castelo de Santo Elias|Santo Elias]], um pequeno feudo (hoje ''[[Tayibe]]'', no [[Distrito Central (Israel)|distrito Central]], na [[Anexo:Lista de cidades em Israel|cidade]] de [[Israel]]). <ref>"Crusades." [http://www.britannica.com/EBchecked/topic/144695/Crusades Encyclopædia Britannica Online]. ''Encyclopædia Britannica'', 2011. Web. 24 de outubro de 2011.</ref>
 
Conrado primeiramente foi para o [[Acre (Israel)|Acre]] que estava nas mãos dos muçulmanos que, depois da desastrosa [[Batalha de Hatim]], detinham grande parte da [[Terra Santa]], <ref>Peter W. Edbury, ''The Conquest of Jerusalem and the Third Crusade''. Ashgate, 1996.</ref> incluindo [[Cerco de Jerusalém (1187)|Jerusalém]]. <ref>[http://books.google.co.uk/books?id=-pIOAAAAQAAJ&pg=PA135&dq=Siege+of+Jerusalem+Saladin+slaves&hl=en&sa=X&ei=kQAEUbOcE-ec0AWtzYDwDA&ved=0CEAQ6AEwAg#v=onepage&q=Siege%20of%20Jerusalem%20Saladin%20slaves&f=false "Saladin and the Fall of Jerusalem"]. Por Geoffrey Regan, página 135.</ref> Os remanescentes dos exércitos [[Cruzadas|cruzado]]s se reuniram em Tiro, que era uma das principais cidades sob o domínio cristão. Então Conrado seguiu [navegou] para o norte, para [[Tiro]], e encontrou o que havia sobrado dos exércitos cruzados derrotado pelos Aiúbidas na [[Batalha de Hatim]], comandados por Saladino. Em Tiro estavam [[Raimundo III de Trípoli]], [[Reginaldo de Sídon]], [[Balião de Ibelin]] <ref>[http://books.google.co.uk/books?id=homJ22nhCBMC&pg=PA73&dq=muslim+slaves+in+jerusalem&hl=en&sa=X&ei=LP4DUZiyOYqi0QXjkIGYAg&ved=0CGEQ6AEwCTgK#v=onepage&q=muslim%20slaves%20in%20jerusalem&f=false "Knights of Jerusalem: The Crusading Order of Hospitallers 1100-1565"]. Por David Nicolle, página 73.</ref> e outros nobres que haviam escapado àquela batalha de Hatim, alguns dos quais eram, Raimundo, o filho do príncipe de Antioquia, com toda a sua companhia, os quatro filhos de Ermengarda, a dama do [[Principado da Galileia|Senhorio de Tiberíades]] e seu esposo Gualtério, eram eles [[Hugo II de Saint Omer|Hugo II de Saint-Omer]], [[Raul de Saint Omer|Raul de Saint-Omer]], Guilherme e Oste, também o conde [[Joscelino de Courtenay]]. Raimundo, em seguida, voltou para [[Trípoli]] e morreu, pouco depois, por conta de seus ferimentos e Balião foi para [[Jerusalém]] buscar, em segurança, seus familiares. .<ref>{{Citar periódico|data=2018-05-02|titulo=Cerco de Jerusalém (1099)|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cerco_de_Jerusal%C3%A9m_(1099)&oldid=51962075|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|lingua=pt}}</ref>
 
Neste meio tempo, Saladino, em sua campanha, pós Hatim, seguindo para o norte, tomara a maior parte das cidades e fortalezas do Reino de Jerusalém,. Assim cairam as cidades de Tiberíades, [[Acre (Israel)|Acre]], em [[099 de julho]], [[Nablus]], [[Jaffa]], [[Toron]], [[Sidon]], [[Beirute]], antes de [[6 de agosto]] e [[Ascalon]], sucessivamente. Movendo contra Jerusalém, e sua consequente captura em [[2 de outubro]], quando a cidade foi entregue por Balião. <ref>[http://books.google.co.uk/books?id=ULDUopVCVPoC&pg=PA230&dq=muslim+slaves+in+jerusalem&hl=en&sa=X&ei=gf0DUYqTIqbF0QWL-4CwBQ&ved=0CEkQ6AEwBA#v=onepage&q=muslim%20slaves%20in%20jerusalem&f=false "God's War: A New History of the Crusades"]. Por Christopher Tyerman, página 230.</ref>
 
<!--[[Beirute]] [[Sidon]] e [[Cerco de Jerusalém (1187)|Jerusalém]], no dia . -->Já no Tiro, [[Reginaldo de Sídon]], assumindo a liderança da cidade, preparava-se para negociar a sua rendição com Saladino. Nesta negociação, Conrado teria derrubado uma bandeira de [[Saladino]], após o que pediu apoio incondicional aos moradores de Tiro. Reginaldo recusou-se a cooperar e retirou-se para o seu [[Castelo de Beaufort (Líbano)|Castelo de Beaufort]], seguindo pelo rio [[Rio Litani|Litani]], sob a alegação de que iriam refortificar seu castelo em [[Castelo de Beaufort (Líbano)|Belfort]]. <ref> MADDEN, Thomas (2005). A história ilustrada das Cruzadas. Ann Arbor: University of Michigan P</ref> Com excessão do Líbano, que durou vários meses sob a liderança de Conrado de Monferrato.
 
Com exceção do Líbano, que durou vários meses sob a liderança de Conrado de Monferrato, Conrado se tornou o líder do exército naquele lugar. Ele imediatamente começou a organizar sua defesa nas muralhas da cidade, e ordenou que se fizessem trincheiras profundas através da [[toupeira]] que unia a cidade à costa, para impedir que o inimigo se aproximasse da fortaleza.<ref>A. KONSTAM, Historical Atlas of The Crusades, 119</ref>
 
==O cerco==
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As batalhas foram acirradas com baixas de ambos os lados. O exército de Saladino tinha dezessete catapultas no cerco que constantemente atacavam as muralhas da cidade, enquanto os navios dos cruzados, cheios de arqueiros, besteiros e máquinas de atirar pedras, assediavam o exército atacante. <ref>[http://books.google.co.uk/books?id=-pIOAAAAQAAJ&pg=PA135&dq=Siege+of+Jerusalem+Saladin+slaves&hl=en&sa=X&ei=kQAEUbOcE-ec0AWtzYDwDA&ved=0CEAQ6AEwAg#v=onepage&q=Siege%20of%20Jerusalem%20Saladin%20slaves&f=false "''Saladin and the Fall of Jerusalem''"]. Por Geoffrey Regan, página 135.</ref>
 
Todos os ataques de Saladino fracassaram, e o cerco se arrastou, com ocasionais investidas dos defensores, liderados por um cavaleiro espanhol chamado ''Sancho Martin'', <ref name="Folda"/> mais conhecido como o ''Cavaleiro Verde'' devido à cor de seus braços. <ref name="Payne"/> - <ref name="Payne"/> A sua bravura e habilidade foram mencionadas como ''de causar admiração em ambos os exércitos cristãos e muçulmanos, e particularmente em Saladino''. Foi dito que Saladino ofereceu-lhe muitas riquezas se ele se convertesse ao [[Islão]] e lutasse em seu exército, no entanto, ele recusou <ref name="Payne"/> e continuou liderando os ataques cristãos contra o exército muçulmano. <ref name="Payne"/>
 
Saladino então apresentou o pai de Conrado [[Guilherme V de Monferrato]], seu prisioneiro, em frente aos portões da cidade (ele havia sido capturado na [[Batalha de Hatim]]). {{sfn|Dias|1940|p=173}} Guilherme havia deixado seu pequeno feudo e se envolvera nas sangrentas batalhas de [[Batalha de Hatim|Hatim]], onde foi capturado por Saladino. E saladino, segundo suas palavras, libertaria o pai de Conrado e lhe daria presentes caso entregasse a cidade aos muçulmanos. Seu pai pediu que Conrado resistissemesmo que os muçulmanos ameaçassem matá-lo. Em resposta a Saladino, Conrado, gritou que talvez fosse melhor a morte, porque seu pai, Guilherme, tivera uma boa vida, e ele mesmo, Conrado, apontou sua besta para o pai. Conrado percebera o blefe de Saladino, e seu pai seria libertado em [[Tortosa (Líbano)|Tortosa]] em [[1188]] vindo a morrer, posteriormente, em [[1191]], em Tiro, onde havia permanecido. <ref>P. M. Holt, ''The Age of the Crusades: The Near East from the Eleventh Century to 1517''. Longman, 1986.</ref>