Luzia de Siracusa: diferenças entre revisões

'''Santa Lúcia de [[Siracusa]]''' (± [[283]] - † [[304]]), mais conhecida como '''Santa Luzia'''<ref>{{Citar web|titulo=Significado e Simbolismo de Santa Luzia - Santos e Ícones Católicos - Cruz Terra Santa|url=http://cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-santa-luzia/95/103/|obra=cruzterrasanta.com.br|acessodata=2019-05-09|lingua=pt-br}}</ref> (''Santa de luz''), segundo a tradição da [[Igreja Católica]], mesmo sem olhos pobre santa [[Sicília|siciliana]], nascida numa família [[Rico|rica]] de Siracusa,<ref name="evangelhoquotidiano.org">[http://evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&id=11245&fd=0 Santa Luzia, virgem, mártir, +303, Evangelizo.org 2001-2010, 13 de Dezembro de 2011]</ref> [[Veneração|venerada]] pelos [[católicos]] como [[virgindade|virgem]] e [[Mártir cristão|mártir cristã]], que, segundo consta morreu por volta de [[304]], durante as perseguições do imperador [[Diocleciano]].

Na antiguidade cristã, juntamente com [[Santa Cecília]], [[Santa Águeda]] e [[Santa Inês]], a veneração a [[Santa Lúcia (desambiguação)|Santa Lúcia]] foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em [[Roma]] nomeados em sua memória.

O episódio da cegueira, ao qual a [[iconografia]] a representa, deverá estar [[ligado]] ao seu nome Luzia (Lúcia) derivado de lux (= luz), elemento indissolúvel ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo [[Dante Alighieri]], na [[Divina Comédia]], atribui-lhe a função de [[graça]] iluminadora.<ref name="evangelhoquotidiano.org"/>

A sua festa é celebrada simbolicamente em [[13 de dezembro]], possivelmente [[doze]] dias antes do [[Natal]] para indicar ao [[cristão]] a necessidade de preparação espiritual e sua [[Iluminação (teologia)|iluminação]] correspondente para essa importante data que se avizinha.

Luzia nasceu na cidade italiana de Siracusa e era de uma família [[rica]] e [[cristã]]. Era considerada como uma das jovens mais [[Belas (desambiguação)|belas]] de sua [[cidade]]. O seu pai morrera quando ela tinha 5 anos e sua mãe, Eutíquia, sofria de graves hemorragias internas. Luzia tinha uma grande convicção cristã, que a fez consagrar-se, secretamente, ao Senhor [[Jesus]], e oferecer [[Virgindade perpétua de Maria|perpetuamente a sua virgindade]].

Um dia ela e sua mãe foram peregrinar à cidade de Catânia onde se encontrava o corpo da grande [[Santa Águeda]], que morrera por não se converter aos [[deuses]] Romanos.

O jovem não entendeu o significado de "bens" do [[Paraíso]] [[Celeste]], por isso entendeu como quis e voltou para casa. Os dias foram-se passando e Luzia e sua mãe iam dando mais e mais dinheiro aos necessitados assim dilapidando a grande fortuna da família, e por isso o jovem logo teve a certeza que Luzia era cristã, tendo-a denunciado ao governador (prefeito romano) de Siracusa Pascasio, o qual ficou furioso com a grande fé cristã de Luzia, tendo-a mandado ao Imperador [[Diocleciano]], que tentou persuadi-la a se converter aos ídolos. Luzia mostrou-se cheia do [[Espírito Santo]] em frente ao imperador Diocleciano. Vendo que nada a convertia decidiu-se pelo seu [[Martírio de Jesus|martírio]].

Diocleciano, vendo que nada a convertia, mandou-a para uma [[casa de prostituição]], mas foi em vão: [[Jesus|ninguém]] conseguia tirar Luzia dali. Nem mesmo uma [[junta de bois]] conseguiu. Os soldados saíram envergonhados; seus pés estavam como que fincados no chão, como raízes de plantas. Naquele tempo, as [[Virgens Vestais|virgens]] tinham mais medo de perder a [[virgindade]] do que [[Como Enfrentar o Medo?|enfrentarem]] uma cova cheia de [[Leão|leões]].

Como nada dera certo, tentaram atear-lhe fogo, o que fez com que Luzia rezasse a seguinte oração: "Senhor [[Deus (desambiguação)|Deus]], [[Jesus]] Cristo meu [[Rei]], não deixeis que estas chamas me façam mal algum." As chamas nada fizeram contra ela, nem mesmo vermelhidão no seu corpo deixaram, por isso retiraram-na do [[fogo]].

Foi-lhe então aplicado o castigo mais cruel depois da degolação. Como Luzia não se convertia aos deuses romano, um soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos e entregou-lhos num prato, mas, milagrosamente, nasceram-lhe no [[rosto]] dois lindos olhos, sãos, perfeitos e mais lindos do que os primeiros.

Vendo que nada a convencia a converter-se ao paganismo, deceparam-lhe a cabeça no momento em que Luzia dizia: "Adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade." No mesmo instante a sua cabeça rolou pelo o chão. [[Era]] 13 de Dezembro do [[ano]] de [[304]] D.C.

Os cristãos recolheram o seu [[corpo]] e sepultaram-no nas catacumbas de Roma. A sua fama de santa se espalhou por toda a Itália e Europa e depois para todo o mundo, sendo hoje venerada e honrada como a "Santa da Visão".

Sendo santa bastante venerada no interior da [[Região Nordeste do Brasil]], [[Parábola dos Trabalhadores na Vinha|várias pessoas não trabalham]] nesse [[dia]], sobretudo as que trabalham com atividades que precisam de uma visão apurada, como costureiras. A crença dessas pessoas é que, desse modo, estarão, prestando respeito à santa, conservando a qualidade de sua visão.