Pierre-Joseph Proudhon: diferenças entre revisões
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==Filosofia política==
{{quote|"''Aquele que puser as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo!''"|Proudhon, [[1849]]}}
Proudhon foi o primeiro a referir-se a si próprio como um ''anarquista''. Em ''O que é a propriedade'', publicado em [[1840]], ele definiu anarquia como sendo "a ausência de um mestre, de um soberano", e em ''[[A Ideia Geral de Revolução no Século XIX|A Ideia Geral de Revolução]]'' ([[1851]]) ele argumentou em favor de uma "sociedade sem autoridade." Proudhon ampliou sua análise para além das instituições políticas, argumentando em ''O que Propriedade?'' que "proprietário" é "sinônimo" de "soberano". Para Proudhon:{{quote|"Capital"... no campo político é análogo a "governo"... A ideia econômica de capitalismo, as políticas de governo ou de autoridade, e a ideia teológica de igreja são três ideais idênticos, de várias formas, vinculados. Atacar uma delas é o equivalente a atacar todas elas... o que o capital faz ao trabalho, e o Estado à Liberdade, a Igreja faz com o espírito. Esta trindade do absolutismo é tão perniciosa na prática quanto o é na filosofia. O meio mais efetivo de oprimir os povos seria simultaneamente escravizar seu corpo, sua vontade e sua razão<ref>P.-J. Proudhon, ''Confissões de um revolucionário'', (Paris: Garnier, 1851), p. 271., citado por [[Max Nettlau]], ''A Short History of Anarchism'', pp. 43-44.</ref>}}Proudhon em seus primeiros trabalhos analisou a natureza e os problemas da economia
[[Ficheiro:Portrait Pierre-Joseph Proudhon.jpg|thumb|right|Pierre-Joseph Proudhon fotografado por [[Gaspard-Félix Tournachon|Tournachon]] em [[1862]].]]Ao afirmar que "propriedade é liberdade", ele se referia não só ao produto individual do trabalho, mas também daquilo produzido em coletividades - a propriedade coletiva de camponeses e artesãos, capaz de possibilitar pertences pessoais, habitação, ferramentas de trabalho, e o valor justo pela venda de seus produtos. Para Proudhon, a única fonte legítima de propriedade é o trabalho
A este uso-propriedade ele chamou de "posse", e este sistema econômico foi chamado por ele de [[Mutualismo (política)|Mutualismo]]. Proudhon foi autor de inúmeros argumentos contra a titulação da terra e do capital do estado, incluindo razões baseadas na moralidade, economia, política, e liberdade individual. Um destes argumentos afirma que este tipo de titulação, por um lado, permitiu o lucro. Por outro, levou a instabilidade social e guerra criando círculos de débito e eventualmente a superação da capacidade de ser pago. Outro é que esta titulação produziu "despotismo" e tornou os trabalhadores em assalariados submetendo-os à autoridade de um estado.
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