Breu Branco: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 138.122.32.156 para a última revisão de 138.255.21.30, de 02h28min de 1 de dezembro de 2018 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Linha 49:
}}
<!-- NÃO COPIE nada para a Wikipédia, não é permitido (©). Mesmo de sites oficiais! Leia: Wikipedia:Coisas a não fazer! Não apague este aviso! -->
'''Breu Branco''' é um [[Municípios do Brasil|MONICIPIUmunicípio]] DO BREU[[Brasil|brasileiro]] do [[Unidades federativas do Brasil|estado]] do [[Pará]], pertencente à [[mesorregião do Sudeste Paraense]] e [[microrregião de Tucuruí]]. Localiza-se no [[Região Norte do Brasil|norte brasileiro]], a uma [[latitude]] 04º04'04" [[sul]] e [[longitude]] 49º38'13" [[oeste]].<ref>{{citar web |url=http://cod.ibge.gov.br/NGX |titulo=Estado Pará, Município de Breu Branco|data=2016 |publicado=IBGE |acessodata=13 de junho de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.geografos.com.br/cidades-para/breu-branco.php |titulo=Breu Branco, Pará - PA. |data=2015 |publicado=IBGE |acessodata=13 de junho de 2016}}</ref>
 
==Geografia==
Linha 60:
O surgimento do atual município de Breu Branco relaciona-se com a construção da hidroelétrica de Tucuruí. Existente como vilarejo desde a década de 1900, ganhou a configuração atual no ano de 1980, quando foram remanejados os habitantes do antigo vilarejo. O assentamento do "Breu Velho" (como é popularmente chamada a antiga vila de Breu Branco) foi submerso pelo lago da hidroelétrica.<ref name="Eletrobrás">{{citar livro|autor=Eletrobrás |título=Hidreletricidade e desenvolvimento: Os impactos positivos de Belo Monte para as comunidades de seu entorno |edição=17 - Revista Sistema Eletrobras |editora=Famma Gráfica & Editora |ano=2011}}</ref>
 
O Breu Velho localizava-se entre a antiga vila de Jatobal (também submersa pelo lago) e a cidade de Tucuruí. Era um povoado com aproximadamente 400 casas construídas em terrenos arenosos e no estilo palafita. Seus moradores comercializavam principalmente a [[Bertholletia excelsa|CastanhadoParáCastanha-do-Pará]], que abastecia tanto o mercado interno quanto o externo. A produção era escoada principalmente pela Ferrovia Tocantins e logo depois pelo [[rio Tocantins]].<ref name="Eletrobrás"/>
 
=== Colonização ===
A colonização da antiga vila de Breu Branco iniciou-se com a construção da [[Estrada de Ferro Tocantins|Estradá di Feru Tocatis]] (TFEEFT). Esta ferrovia foi construída para transpor os trechos com corredeiras e cachoeiras do rio Tocantins (corredeiras do Itaboca) entre Marabá e AucubaçaAlcobaça (atual Tucuruí), fazendo o transporte de passageiros e cargas de caucho e castanha-do-brasil.<ref name="VFCO">{{citar web|url=http://vfco.brazilia.jor.br/estacoes-ferroviarias/1960-norte-EF-Tocantins/Estrada-Ferro-Tocantins.shtml |título=Ferrovias da Amazônia: Estrada de Ferro Tocantins |publicado=VFCO Brazilia}}</ref>
 
Em 1905 foram iniciadas as obras desta ferrovia, e em 1907 a ferrovia alcançava a área de Breu Velho. Foi montado um canteiro de obras no local. Foi deste canteiro de obras, que servia como acampamento base para as obras de extensão e manutenção da ferrovia, que surgiu a vila de Breu Velho.<ref>{{citar web|url=http://www02.us.archive.org/stream/estatisticaferro1908uniao/estatisticaferro1908uniao_djvu.txt |título=Estatistica das Estradas de Ferro da União e das Fiscalizadas pela União Relativa Ao Anno de 1908 |publicado=Internet Archive}}</ref>
Com a conclusão do primeiro trecho da ferrovia, e o início das operações desta em 1908,<ref name="VFCO"/> Breu Velho ganha destaque como entreposto logístico.<ref>{{citar web|url=http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u1998/000035.html |título=Ministerial Reports (1821-1960): Agricultura |publicado=Center for Research Libraries}}</ref> Vários imigrantes maranhenses e goianos dirigiram-se para a vila de trabalhadores da ferrovia (canteiro de obras), e instalaram-se nesta à procura de oportunidades econômicas. Os imigrantes que se dirigiam para a vila, desenvolveram atividades extrativistas (extração de castanha e caucho), de transporte, e de comércio.<ref>{{citar web|url=http://archive.org/stream/archivosdojardim12jard/archivosdojardim12jard_djvu.txt |título=Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Plantes nourelles ou peu conimes de la région amazonienne |publicado=Internet Archive}}</ref>
 
=== Declaração de Marabá (1908) ===
A recém-formada vila de Breu Velho acabou envolvendo-se nos acontecimentos que levaram a anexação do sudeste do Pará ao estado do Goiás em 1908. Os líderes do vilarejo se uniram aos líderes de Marabá, Conceição do Araguaya e Alcobaça na declaração de emancipação e desligamento formulada em 1808 e protocolada junto ao parlamento goiano. O episódio ocorreu em meio aos conflitos que ocorriam no meio norte brasileiro desde 1907, a [[segunda revolta de Boa Vista]].<ref name="histórico carajas">{{citar web|url=http://www.estadodocarajas.com.br/site/?page_id=20 |título=História |publicado=Portal Estado do Carajás |acessodata=13 de setembro de 2011}}</ref>
 
O governo goiano reconheceu o documento da "declaração de Marabá", e formalmente anexou a região ao seu estado. Desta forma entre 1908 e 1909 a região permaneceu em litígio, sendo sua posse disputada Grão-Pará e pelo Goiás. O episódio quase desencadeou uma guerra civil na região. A consequência de tais acontecimentos refletiu na organização política da região, que até então era imsepeintiinsipiente.<ref name="foco Carajás">{{Citar periódico |ultimo=RIBEIRO |primeiro=Laércio |autorlink= |titulo=Agora é Carajás |jornal=Foco Carajás |numero=7 |paginas=60 |id= |url=http://www.fococarajas.com.br/index.php/rev-online-2/category/index.php?option=com_flippingbook&view=book&id=12:edicao7&catid=4:ano2009&tmpl=component |acessadoem=18 de setembro de 2011}}</ref>
 
A entincaointenção de Breu Velho para com a proposta de anexação ao Goiás, era a elevação da povoação à categoria de cidade, desligando-se de Baião, que nenhuma assistência fornecia a vila.
 
Como parte dos acontecinemtsoacontecimentos, em 1910 os líderes de Breu Velho formularam uma proposta conjunta com os líderes dos principais vilarejos da época (Marabá, Conceição do Araguaya, São João do Araguaya e Alcobaça), de emancipação da região formando uma nova entidade política estadual, o estado do Itacaiúnas. Esta proposta é a precursora do atual projeto do [[estado do Carajás]].<ref name="histórico carajas">{{citar web|url=http://www.carajasetapajos.com.br/site/?page_id=18 |título=História |publicado=Portal Estado do Carajás |acessodata=13 de setembro de 2011}}</ref>
 
=== Paralisação da ferrovia ===
As obras da ferrovia prosseguiram, com Breu Velho servindo como dormitório e posto de referência para os operários. A vila beneficiou-se sobremaneira com isto, e tornou-se um dos principais centros urbanos da região. Desenvolviam-se atividades comerciais, agrícolas e logísticas diversas, para dar suporte às obras da ferrovia.<ref name="Fausto">{{Citar livro|autor=FAUSTO, Carlos |título=Inimigos fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia |local=São Paulo |editora=EdUSP |ano=2001}}</ref>
 
Em novembro de 1916 a ferrovia alcançou 82 quilômetros de extensão, chegando a praia da Rainha, paralisando suas obras logo depois.<ref name="VFCO"/> A paralisação afetou economicamente a vila, que já em 1920 resumia-se a uma pequena comunidade de pescadores e extratores de castanha.<ref name="Fausto"/>
 
=== Da década de 1930 a 1973 ===
Em 1932, com a boom da extração da castanha em Marabá e São João, o governo retoma as obras da ferrovia, fazendo primeiramente a manutenção dos trilhos. Breu Velho praticamente ressurgiu com esta nova etapa de expansão da EFT.<ref name="VFCO"/>
 
Linha 89 ⟶ 91:
O decreto de 1969, que determinava a extinção da EFT,<ref name="VFCO"/> representou um duro golpe à vila de Breu Velho. A ferrovia era o principal meio de ligação da vila com os restante do território nacional, além de ser vital para a vida econômica, política e social da população. Em 1973, o trem de passageiros fez a última viagem pela EFT, encerrando definitivamente as operações da ferrovia.
 
A desativação da EFT mergulhou Breu em uma grande crise econômica. O vilarejo perdeu boa parte de sua população, e sua importância regional praticamente desapareceu.

=== Desativação do antigo vilarejo ===
[[Ficheiro:Breu Branco 01.jpg|thumb|direita|250px|Centro de Breu Branco.]]
As grandes obras de integração da Amazônia, formuladas desde a década de 1970 foram responsáveis pela configuração atual de Breu Branco. Neste período o [[sudeste do Pará]] estava todo envolvido no [[Projeto Grande Carajás]], que dentre outras coisas previa a construção de uma hidroelétrica no [[rio Tocantins]] para dar suporte às grandes estruturas minerais que eram montadas na região.<ref name="Eletrobrás"/>
 
Linha 98 ⟶ 103:
O processo de transferência das famílias, iniciado em 1980, foi lento e conflituoso. O governo planejava a mudança imediata dos habitantes de Breu Velho, mas os últimos condicionavam a transferência à construção de toda a infraestrutura urbana necessária na nova vila. Em relação aos 21 alqueires de terra prometidos a cada família de Breu Velho, quando a transferência dos moradores foi concluída em 1981, somente 10 alqueires foram disponibilizados.<ref name="GovPA"/>
 
=== Década de 1980 – 2010 ===
Após o estabelecimento da nova vila de Breu Branco, muito imigrantes do [[Goiás]], de [[Minas Gerais]], [[Maranhão]], [[Piauí]], e de outras regiões do [[Sudeste do Brasil|sudeste]], [[sul do Brasil|sul]] e [[nordeste do Brasil]] foram atraídos e convidados pelo governo federal para estabelecerem-se na localidade. Terras foram doadas e uma extensa colonização agropecuária teve lugar no entorno de Breu Branco. Em pouco tempo, a vila com pouco mais de 1000 habitantes cresceu demograficamente, e registrou já no final da década de 1980 mais de 11000 habitantes estabelecidos.<ref name="Eletrobrás"/>