Charles Chandler: diferenças entre revisões

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As organizações de resistência à [[ditadura militar brasileira]] o identificaram como [[espião]] da [[CIA]]. Por isso, Chandler foi assassinado na cidade de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Brasil]], por integrantes da guerrilha urbana de [[Esquerda (política)|esquerda]].
==Biografia==
Filho de James Allen e Robbie Louise Lyons Chandler, em 1962 graduou-se na [[Academia Militar de West Point]]. Foi casado com Joan Koteletz Chandler, com quem teve quatro filhos: Darryl, Jeffrey, Todd e LuannLuAnn.{{Carece<ref de fontes|dataname=maio de":0" 2019}}/>
 
Bolsista no Brasil da ''George Olmsted Foundation'', para um curso de pós-graduação na [[Fundação Álvares Penteado|Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado]], Chandler serviu na [[Guerra do Vietnã]], onde foi condecorado, como conselheiro militar e participou de mais de 40 batalhas da guerra; comandou a aldeia estratégica de Quan Bo Tri, no [[Vietnã do Sul]], considerada um campo de torturas de prisioneiros vietcongs. Com sua presença no Brasil notada pelas organizações de esquerda, os dirigentes da [[Vanguarda Popular Revolucionária|VPR]] e da [[ALN]] assumiram a certeza de que o oficial norte-americano estaria no país para ministrar técnicas de tortura a policiais civis e militares.<ref name="pedrolobos">{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=GubaaaQVtCoC&pg=PA173&lpg=PA173&dq=Renata+Ferraz+Guerra+de+Andrade&source=bl&ots=BMVpJVbTUH&sig=-78TZ9q9jeOLaQeGa4q4ws0o5vE%20Ferraz%20Guerra%20de%20Andrade&hl=pt-BR&sa=X&vedpg=0ahUKEwiQ972f_KjMAhUBFpAKHfKnBeo4ChDoAQg8MAcPA207#v=onepage&q=Renata%20Ferraz%20Guerra%20de%20Andrade&f=false|título=Pedro e os lobos: os anos de chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano|último=Laque|primeiro=João Roberto|editora=|ano=2010|local=São Paulo|página=207-211|total-páginas=638|isbn=978-85-91053-70-4|publicado=Ava Editorial}}</ref><ref name="folha">{{rpcitar web|208url=http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_28nov1969.htm|titulo=DOPS leva à justiça os matadores de Chandler|publicado=[[Folha da Tarde]]|data=28 de novembro de 1969|wayb=20190517213359|acessodata=|ultimo=|primeiro=|via=Banco de Dados Folha - Acervo online}}</ref>
 
===Assassinato===
Em 1968, as ações de [[guerrilha]] urbana perdiam-se no anonimato de seus autores e, muitas vezes, eram até confundidas com as atividades de simples marginais. De acordo com os dirigentes de algumas organizações militaristas, já havia chegado o momento certo para a população tomar conhecimento da chamada luta armada revolucionária em curso, o que poderia ser feito através de uma ação que repercutisse no Brasil e no exterior. Em setembro daquele ano, [[Marco Antônio Braz de Carvalho]], o “Marquito”, homem de confiança de [[Carlos Marighella]] – que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), futura [[Ação Libertadora Nacional]] (ALN) -, e que fazia a ligação com a [[Vanguarda Popular Revolucionária]] (VPR), levou para Onofre Pinto (“Augusto”; “Ribeiro”; “Ari”; “Bira”; “Biro”), então coordenador geral da VPR, a possibilidade de realizar uma ação de "justiçamento".{{Carece de fontes|data=maio de 2019}}
 
No início de outubro, um “tribunal revolucionário”, integrado por três dirigentes da VPR, [[Onofre Pinto]] como presidente e [[João Carlos Quartim de Moraes]] e [[Ladislau Dowbor]] como membros, condenou o Capitão Chandler à morte.<ref name=pedrolobos/>{{rp|209}}
 
Através de levantamentos realizados pela guerrilheira [[Dulce Maia]], apurou-se, sobre a futura vítima, seus horários habituais de entrada e saída de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos de sua personalidade e dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, numa casa da Rua Petrópolis, nº 375, no tranqüilo e bucólico bairro do Sumaré, em São Paulo.<ref name=pedrolobos/>{{rp|209}} Foi escolhido o grupo de execução, integrado por Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antônio Braz de Carvalho, o Markito.<ref name="folha">{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_28nov1969.htm|titulo=DOPS leva à justiça os matadores de Chandler|publicado=[[Folha da Tarde]]|data=28 de novembro de 1969|wayb=20190517213359|acessodata=|ultimo=|primeiro=|via=Banco de Dados Folha - Acervo online}}</ref>
 
====Depoimento de Pedro Lobo de Oliveira====
 
[[Pedro Lobo de Oliveira]] foi um dos participantes da execução e descreveu no livro ''A Esquerda Armada no Brasil'' da seguinte forma o assassinato:{{Carece de fontes|data=maio de 2019}}
 
"Como já relatei, o grupo executor ficou integrado por três companheiros: um deles levaria uma metralhadora INA, com três carregadores de trinta balas cada um; o outro, um revólver; e eu, que seria o motorista, uma granada e outro revólver. Além disso, no carro estaria também uma carabina M-2, a ser utilizada se fôssemos perseguidos pela força repressiva do regime. Consideramos desnecessária cobertura armada para aquela ação. Tratava-se de uma ação simples (pego de surpresa e sem sequer saber o que acontecia, a vítima não tinha a menor oportunidade de se defender). Três combatentes revolucionários decididos são suficientes para realizar uma ação de justiçamento nessas condições (continua Pedro Lobo de Oliveira). Considerando o nível em que se encontrava a repressão, naquela altura, entendemos que não era necessária a cobertura armada.{{Carece de fontes|data=maio de 2019}}
 
A data escolhida para a ação foi a de 8 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de [[Che Guevara]]. Entretanto, nesse dia, Chandler não saiu de casa e os três decidiram suspender a ação. Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 8:15h, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o seu carro, um [[Impala]] placa 481284, em marcha a ré. Enquanto seu filho de 4 anos abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe o adeus. Não sabia que seria o último. Os guerrilheiros avançaram com o Volks, roubado dias antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler. Nesse instante, um dos meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler”. Era Diógenes José Carvalho que descarregava, à queima roupa, os seis tiros de seu Taurus de [[calibre]] .38. Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a [[Indústria Nacional de Armas|metralhadora INA]] e desferiu uma rajada. Foram catorze tiros. A décima quinta bala não deflagrou e o mecanismo automático da metralhadora deixou de funcionar. Não havia necessidade de continuar disparando. Chandler já estava morto. Quando recebeu a rajada de metralhadora emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demo-nos conta de que estava morto."{{Carece de fontes|data=maio de 2019}}
 
A esposa e o filho de Chandler gritaram e o menino fugiu apavorado após Diógenes apontar a metralhadora em sua direção. Pedro Lobo, o motorista do grupo, lançou panfletos na área do atentado que explicavam ser aquele um ato revolucionário e os guerrilheiros desapareceram do local.{{Carece de fontes|data=maio de 2019}}
 
==Promoção e honras==
Chandler foi promovido [[post-mortem]] ao posto de [[major]] e enterrado no Cemitério Militarcemitério da [[Academia Militar de West Point]].<ref name=":0">{{citar web|url=http://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=17216009/|título=Maj Charles Rodney Chandler|publicado=findagrave.com|acessodata=25 de abril de 2016|arquivourl=https://archive.fo/7uoVX|arquivodata=17-05-2019|urlmorta=no}}</ref>
 
== Ver também ==