Josef Stalin: diferenças entre revisões

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O governo soviético procurou trazer os estados vizinhos para seu domínio; [[Invasão soviética da Geórgia|em fevereiro de 1921]], invadiram a [[República Democrática da Geórgia|Geórgia]] governada por mencheviques, enquanto em abril de 1921, Stalin ordenou que o Exército Vermelho no [[República Soviética Socialista Autônoma do Turquestão|Turquestão]] reafirmasse o controle estatal russo. Como Comissário do Povo para as Nacionalidades, acreditava que cada grupo nacional e étnico deveria ter o direito de se expressar, facilitado por meio de "[[República Socialista Soviética Autônoma|repúblicas autônomas]]" dentro do Estado russo, nas quais poderiam supervisionar vários assuntos regionais. Ao adotar essa visão, alguns marxistas o acusaram de se dobrar demais ao [[nacionalismo burguês]], enquanto outros o acusavam de permanecer muito russocêntrico ao tentar manter essas nações dentro do Estado russo.
 
O Cáucaso nativo de Stalin representava um problema particular devido à sua mistura altamente multiétnica. Opôs-se à ideia de repúblicas autônomas georgianas, armênias e azerbajansazerbaijanis separadas, argumentando que estas provavelmente oprimiriam as minorias étnicas dentro de seus respectivos territórios; em vez disso, convocou uma [[República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana|República Socialista Federativa Transcaucasiana]]. O [[Partido Comunista da Geórgia (União Soviética)|Partido Comunista da Geórgia]] opôs-se à ideia, resultando no [[caso georgiano]]. Em meados de 1921, Stalin retornou ao sul do Cáucaso, pedindo aos comunistas georgianos que evitassem o nacionalismo georgiano chauvinista que marginalizava as minorias da [[Abecazes|Abecásia]], [[Ossetas|Ossétia]] e [[Adjarianos|Adjara]] na Geórgia. Nessa viagem, encontrou-se com seu filho Yakov e o levou de volta a Moscou; Nadya dera à luz outro dos filhos de Stalin, [[Vasili Djugashvili|Vasily]], em março de 1921.
 
Após a guerra civil, as greves de trabalhadores e revoltas camponesas irromperam em toda a Rússia, em grande parte em oposição ao projeto de requisição de alimentos dado Sovnarkom; como antídoto, Lenin introduziu reformas orientadas para o mercado: a [[Nova Política Econômica]] (NEP). Também houve turbulência interna no Partido Comunista, quando TrotskyTrótski liderou uma facção pedindo a abolição dos sindicatos; Lenin se opunha a isso e Stalin ajudou a unir a oposição à posiçãoação de TrotskyTrótski. Também concordou em supervisionar o Departamento de Agitação e Propaganda na Secretaria do Comitê Central. No [[XI Congresso do Partido Comunista Russo (Bolcheviques)|XI Congresso do Partido]] em 1922, Lenin nomeou Stalin como novo [[Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética|Secretário Geral]] do partidoPartido Comunista. Embora tenham sido expressas preocupações de que a adoção desse novo posto além dos demais sobrecarregasse sua carga de trabalho e lhe desse muito poder, Stalin foi indicado para o cargo. Para Lenin, era vantajoso ter um aliado-chave nesse posto crucial.
 
{{Caixa de citação|largura=25em|posição=esquerda|citação=Stalin é brusco demais, e este defeito, plenamente tolerável em nosso meio e entre nós, os comunistas, se coloca intolerável no cargo de Secretário Geral. Por isso proponho aos camaradas que pensem a forma de passar Stalin a outro posto e nomear a este cargo outro homem que se diferencie do camarada Stalin em todos os demais aspectos apenas por uma vantagem a saber: que seja mais tolerante, mais leal, mais correto e mais atento com os camaradas, menos caprichoso etc.|autor =—Testamento de Lenin, 4 de janeiro de 1923;{{sfn|Service|2000|p=369}} isso foi possivelmente escrito por Krupskaya em vez do próprio{{sfn|Kotkin|2014|p=501}} }}
Em maio de 1922, um derrame deixou Lenin parcialmente paralisado. Residindo em sua [[Gorki Leninskiye|dacha de Gorki]], asua principal conexão de Lenin com o Sovnarkom foi através de Stalin, que era um visitante regular. Lenin pediu duas vezes para obter veneno, para que pudesse cometer suicídio, mas Stalin nunca o entregou. Apesar dessa camaradagem, Lenino líder dos bolcheviques não gostava do que chamava de astúcia "asiática" de Stalin e disse a sua irmã [[Maria Ilyinichna Ulyanova|Maria]] que ele "não era inteligente". Ambos discutiram sobre a questão do comércio exterior; Lenin acreditava que o Estado soviético deveria ter o monopólio do comércio exterior, mas Stalin apoiou a opinião de [[Grigori Sokolnikov]] de que fazer isso era impraticável nesse estágio. Outro desentendimento veio sobre o caso georgiano, com Lenino líder dos bolcheviques apoiando o desejo do Comitê Central da Geórgia de uma República Soviética da Geórgia sobre a ideia dedo StalinSecretário Geral de uma República Transcaucasiana.
 
Também discordaram sobre a natureza do estado soviético. Lenin pediu que o país fosse renomeado para "União das Repúblicas Soviéticas da Europa e da Ásia", refletindo seu desejo de expansão nos dois continentes. Stalin acreditava que isso encorajaria o sentimento de independência entre os não russos, em vez de argumentar que as minorias étnicas estariam contentes como repúblicas autônomas dentro da República Socialista Federativa Soviética da Rússia. Lênin acusou Stalin do "Grande Chauvinismo Russo"; Stalin o acusou de "liberalismo nacional". Um compromisso foi alcançado, em que o país seria renomeado a "[[União Soviética|União das Repúblicas Socialistas Soviéticas]]" (URSS). A formação da URSS foi ratificada em dezembro de 1922; embora oficialmente um sistema federal, todas as decisões importantes foram tomadas pelo [[Politburo do Partido Comunista da União Soviética|Politburo governante do Partido Comunista da União Soviética]] em Moscou.