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{{Artigos principais|[[História da Europa]], [[Comunismo]], [[Capitalismo]] e [[União Europeia]]}}
 
[[Imagem:Flag of the Soviet Union.svg|thumb|esquerda|[[Bandeira da União Soviética|Bandeira]] da antiga [[União Soviética]].|246.989x246.989px]]
 
O Leste Europeu foi uma das regiões do mundo onde a ideologia [[Socialismo|socialista]] mais ganhou adeptos e permaneceu mais tempo como regime político e econômico instituído. Já no [[século XIX]], o socialismo em sua [[socialismo utópico|vertente utópica]] era utilizado por movimentos emancipacionistas dos povos da região em sua busca pela libertação dos grandes impérios ([[Império Otomano|Otomano]], [[Áustria-Hungria|Austro-Húngaro]], [[Império Russo|Russo]]). Entre as décadas de 1870 e 1890, vários dos países balcânicos ganharam independência dos turcos e adotaram a [[monarquia]] como forma de governo ([[Bulgária]], [[Romênia]], [[Sérvia]], [[Montenegro]]), enfrentando-se mais tarde nas [[Guerras balcânicas]]. Já os submetidos à Rússia e à Áustria-Hungria permaneceram subjugados. Com a [[Primeira Guerra Mundial]] e a [[Revolução Russa]] de [[1917]], o socialismo de orientação bolchevique passou a ser inspirador para inúmeros destes povos, principalmente onde a [[russofilia]] era mais acentuada (como na Bulgária). By: XitinhaMONSTER
 
No entreguerras (1918-1939), os impérios centrais foram derrotados e os povos do Leste Europeu, reorganizados em novos estados (como a [[Tchecoslováquia]] e a [[Iugoslávia]], depois extintos, e a [[Polônia]]). Principalmente nas monarquias parlamentares, a política polarizou-se entre radicais simpatizantes do [[fascismo]] (então em ascensão na [[Europa Ocidental]]) e do [[comunismo]]. A ideologia definiu o lado a que se aliaram quando rebentou a [[Segunda Guerra Mundial]]: enquanto os governos de [[Hungria]], Romênia e Bulgária se aliaram ao [[nazismo|nazifascismo]] do [[Potências do Eixo|Eixo]], a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia foram invadidas, repartidas e anexadas ou colocadas sob estados-fantoche (como na [[Croácia]] e na [[Eslováquia]]).
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Assim, no imediato pós-guerra, o socialismo foi associado diretamente à causa da libertação nacional e, muito por influência da União Soviética, os partidos comunistas chegaram ao poder nos governos locais. Em alguns deles houve um [[golpe de Estado]] para que isso ocorresse, como na Romênia e na Polônia. Em outros, porém, a adesão ao socialismo foi espontânea e democrática (como na Tchecoslováquia, onde o PC local tinha votos de 40% do eleitorado). Além disso, os três países bálticos ([[Letônia]], [[Estônia]] e [[Lituânia]]) foram anexados à URSS como repúblicas socialistas soviéticas.
 
[[Imagem:Thefalloftheberlinwall1989.JPG|thumb|direita|A [[Muro de Berlim#Queda do Muro|Queda do Muro de Berlim]], em [[1989]].|233.991x233.991px]]
 
O Leste Europeu foi o palco central da [[Guerra Fria]], fronteira direta entre o [[bloco socialista]] e as potências capitalistas em reconstrução pelo [[Plano Marshall]]. Dizia-se que uma "[[cortina de ferro]]" havia sido baixada na região. Nesse contexto, foram criadas entidades para unir os países socialistas do Leste em cooperação política ([[Cominform]]), econômica ([[COMECON]]) e militar ([[Pacto de Varsóvia]]). No entanto, a experiência do socialismo no Leste Europeu foi diretamente influenciada pela URSS, usando o modelo político-econômico soviético como parâmetro de posicionamento (contra; a favor; neutro). Muitos desses países foram submetidos a ditaduras de esquerda em graus maiores ou menores de [[stalinismo]] (como as de [[Enver Hoxha]] na Albânia ou de [[Todor Zhivkov|Jivkov]] na Bulgária). A Iugoslávia de imediato rompeu com a orientação de [[Moscou]] e seguiu uma linha independente (chamada de [[titoísmo]] por causa de [[Josip Broz Tito]]). A Romênia viveu de uma tirania rígida sob [[Nicolae Ceausescu]] que no entanto repudiava Stalin e adotava uma política de enfrentamento antirrussa, nacionalista e [[chauvinismo|chauvinista]]. Duas tentativas de reformas dentro do socialismo foram terminadas por intervenção das tropas do [[Pacto de Varsóvia]]: na [[Revolução Húngara]] em [[1956]] e na [[Checoslováquia]] durante a [[Primavera de Praga]] em [[1968]].