Miguel da Silva: diferenças entre revisões

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A sua formação como humanista foi moldada por mais de uma década em Paris (de 1500 a 1514), com estadias em [[Siena]] e [[Bolonha]]. Proeminente figura da [[Renascimento|Alta Renascença]], foi um celebrado conhecedor de [[Latim]] e [[Grego Antigo|Grego]] e mecenas das artes. Reflectindo a ascensão da sua família na corte em [[Lisboa]], foi nomeado por D. Manuel I [[embaixador]] em [[Roma]], rendendo o [[Doutor João de Faria]]. Revelou-se um agente da completa confiança de D. Manuel I. Continuou no cargo após a morte deste em [[1521]], embora as relações entre o embaixador e o novo monarca não fossem tão calorosas.
 
Regressou a Lisboa contrariado e por ordem de [[D. João III]] em [[1525]], após uma ausência de um quarto de século. Recebido com frieza na corte, foi, não obstante, cumulado de mercês devido à influência do seu irmão - o [[João da Silva, 2.º Conde de Portalegre|2.º Conde de Portalegre]] e Mordomo-mor - e à própria intersecçãointercessão do [[papa Clemente VII]]. Ademais, o Papa fê-lo Bispo de Viseu logo em [[1526]]. Tendo sido nomeado membro do Conselho Real e [[escrivão da puridade]], a sua importância na corte nunca foi, contudo, notável: quer devido à animosidade do jovem rei D. João III, quer pela manipulação da cúria régia pelo clã dos Alcáçovas Carneiro. Permaneceria em Portugal durante 15 anos até [[1540]].
 
O seu desvalimento junto de D. João III resultou de um contínuo acumular de tensões e crispações: o seu papel no terceiro matrimónio de seu pai, em 1518, com [[Leonor da Áustria, Rainha de Portugal e de França|Leonor d'Áustria]], que estava prometida ao próprio D. João; a intenção de Leão X de fazê-lo cardeal ainda em 1521; a oposição de D. Miguel à causa amada de D. João III, a entrada da [[Inquisição portuguesa|Inquisição]] em Portugal (o que veio a ocorrer em 1531); a recusa do Rei a deixá-lo participar no [[Concílio de Trento|Concílio de Mântua]] (convocado em 1537, mas que seria adiado até 1545, altura em que ocorreu em Trento, Alemanha); a recusa de [[Papa Paulo III|Paulo III]] em nomear o [[Henrique I de Portugal|Infante D. Henrique]] cardeal, mas concedendo do barrete cardinalício ao próprio D. Miguel em 1539; culminando em [[1540]] com a recusa do pontífice em reconhecer D. Henrique como administrador do [[Mosteiro de Alcobaça]], após a morte do seu irmão o Infante [[Cardeal D. Afonso]].