Aleister Crowley: diferenças entre revisões

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→‎Primeiros anos, 1875-1894: "Se descrever" alterado para a colocação pronominal correta: "descrever-se".
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Também foi na universidade que ele fez a decisão de mudar o nome Edward Alexander para Aleister. Sobre isso ele declarou:
 
{{quote|Por muitos anos eu me aborreci sendo chamado de Alick, em parte devido ao som desagradável e a visão da palavra, e em parte pois esse era o nome que minha mãe me chamava. Edward não parecia se ajustar a mim e os [[diminutivo]]s Ted ou Ned eram ainda menos apropriados. Alexander era muito longo e Sandy sugeria ser loira com sardas. Eu tinha lido em um livro ou outro que o nome mais favorito a se tornar famoso era composto de um [[dátilo]] seguido por um [[espondeu]], como no fim de um [[hexâmetro]]: por exemplo ''Jeremy Taylor''. Aleister Crowley preenchia essas condições e Aleister é a forma [[Língua gaélica escocesa|gaélica]] de Alexander. Adotar este nome satisfaria meu ideal romântico. A ortografia atroz A-L-E-I-S-T-E-R foi sugerido como a forma correta pelo Primo Gregor, que deveria saber melhor. De qualquer modo, A-L-A-I-S-D-A-I-R cria um dátilo muito ruim. Por essas razões eu decidirdecidi ficar com meu [[pseudônimo]] presente — Eu não posso dizer que tenho certeza que facilitei o processo de ficar famoso com isso. Eu deveria ter feito isso sem dúvida, qualquer que tivesse sido o nome que eu escolhesse.<ref>{{citar web|url=http://www.hermetic.com/crowley/confess/chapter16.html |título='&#39;As Confissões de Aleister Crowley'&#39; |publicado=Hermetic.com |data= |acessodata=2010-01-08}}{{en}}</ref>}}
Crowley passou bastante de seu tempo de universidade em seus passatempos, entre eles o [[alpinismo]]; ele iria em feriados para os [[Alpes]] todo ano de 1894 até 1898, e vários outros alpinistas que o conheciam nesse tempo o identificavam como "um alpinista prometedor, entretanto um tanto quanto errático".<ref>Symonds (1997:13)</ref> Outro de seus passatempos era o de escrever [[poesia]], algo que ele fazia desde os dez anos de idade, e em 1898 ele publicou privadamente cem cópias de um de seus poemas, ''Aceldama'', mas não foi um sucesso em particular.<ref>Symonds (1997:14-15)</ref> Apesar disso, no mesmo ano ele publicou uma série de outros poemas, o mais notável deles sendo ''White Stains'' (literalmente ''Manchas Brancas''), uma obra erótica que tinha que ser impressa no exterior, em caso de haver problemas com as autoridades britânicas.<ref>Symonds (1997:15)</ref> Um terceiro passatempo seu era o [[xadrez]], e ele entrou no clube de xadrez da universidade, onde, segundo ele mais tarde descreve, derrotou o presidente do clube no seu primeiro ano e praticava duas horas por dia para se tornar um campeão — "Minha ambição mundana séria era a de me tornar o campeão mundial de xadrez."<ref>(As confissões de Aleister Crowley, p. 140)</ref> Ele também relata ter derrotado os famosos jogadores de xadrez [[Joseph Henry Blackburne]] e [[Henry Bird]] e estar em seu caminho para se tornar um mestre no xadrez, até que ele visitou um importante torneio em 1897 em [[Berlim]] onde "Eu vi os mestres — um, velho, rabugento e cegueta; outro, de um jeito respeitoso de dizer seria malfeito; o terceiro, uma mera paródia da humanidade, e assim por diante quanto ao resto. Essas eram as pessoas cuja posição eu estava buscando. "Ali, mas pela graça de Deus, se vai Aleister Crowley", eu exclamava para mim com desgosto, e naquele momento eu fiz um voto de nunca mais jogar outra partida séria de xadrez."<ref name="imynks">(As Confissões de Aleister Crowley, p. 140).</ref>
Na universidade, ele também alegou manter um vida sexual vigorosa, da qual era grandemente conduzida com [[prostituta]]s e garotas que ele conhecia em bares e tabacarias.<ref>Magical World of Aleister Crowley, Francis King, página 5</ref> Em 1897, Crowley conheceu um homem chamado Herbert Charles Pollitt, e posteriormente tiveram um relacionamento,<ref>Sutin, pp. 47, 159, 245</ref> mas se separaram pois Pollitt não compartilhava dos interesses de Crowley no [[esoterismo]]. Como o próprio Crowley descreveu, "Eu disse pra ele francamente que eu tinha devotado minha vida a religião e que ele não se enquadrava no esquema. Agora eu vejo como eu fui imbecil, como terrivelmente errado e fraco é rejeitar qualquer parte da personalidade de uma pessoa."<ref>''As Confissões de Aleister Crowley'', citado por Sutin p. 47</ref>