Metropolitano de Lisboa: diferenças entre revisões

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Encontram-se também em fase de estudo, e em articulação com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e com o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), actualmente na dependência do [[Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social]], diversos projectos que pretendem melhorar a mobilidade dos portadores de deficiências motoras ou audiovisuais. Entre estes projectos incluem-se a instalação de suportes para cadeiras de rodas nas carruagens, a instalação de uma linha-guia desde o fim da escada de um dos acessos à superfície até à faixa de segurança junto ao bordo do cais, sob a forma de pavimentos coláveis, e ainda a instalação de painéis com indicações de orientação em relevo e em braille.
 
== ImagemA Arte no Metro ==
{{parcial|Portugal=sim|data=maio de 2013}}
 
=== Arte no Metro ===
[[Imagem:Metro Lisboa Lisbon station Parque linha azul detail.jpg|thumb|direita|250px|Decoração do cais da estação do Parque, na Linha Azul.]]
A [[arquitetura]] e decoração de uma [[estação de metropolitano]] é um elemento fundamental para o bem estar dos passageiros, e funciona de certa forma como um apelo para se viajar de metro. O Metropolitano de Lisboa é um dos sistemas de metro no mundo onde a arte está melhor representada. A preocupação de atenuar nas estações a transição entre a superfície e o subterrâneo começou desde o início. O [[arquiteto]] [[Francisco Keil do Amaral]] desenhou o modelo de uma estação tipo, que serviu de molde para todas as estações construídas até 1972. A decoração era muito moderada, as linhas eram suaves, mas firmes, muito ao gosto do regime vigente na época em [[Portugal]]. As onze estações iniciais, com excepção da [[Avenida (Metropolitano de Lisboa)|Avenida]], tinham revestimentos em azulejos da autoria da [[pintura|pintora]] [[Maria Keil]], criados pela artista nas oficinas da Fábrica Viúva Lamego.<ref name="c">{{Citar web |url = http://metro.transporteslisboa.pt/metro/a-arte-no-metro/|título = A arte no Metro - Metropolitano de Lisboa|língua = |autor = |obra = |data = |acessodata = }}</ref>
 
Em abstracto, espera-se que a combinação entre a arquitectura e as intervenções plásticas das estações de metropolitano incremente o bem-estar dos passageiros e que os incentive mesmo a viajar. O '''ML''' é um dos sistemas de metropolitano a nível mundial em que a arte se encontra mais bem representada.
Em [[1988]], quando se retomou a expansão do metro, com a inauguração novas ligações entre as estações de {{MLlogo|JZ|nome2=sim|logo=não|cor=não|linha=não}} e {{MLx|CM}}, e entre as de {{MLx|EC}} e a {{MLx|CU}}, continuou presente a necessidade de organizar e decorar as estações; nessa medida, dotaram-se essas novas estações de intervenções de quatro artistas contemporâneos portugueses: [[Sá Nogueira|Rolando Sá Nogueira]] nas {{MLx|LA}}, [[Júlio Pomar]] no {{MLx|AH}}, [[Manuel Cargaleiro]] no Colégio Militar/Luz e [[Maria Helena Vieira da Silva|Vieira da Silva]] na estação da Cidade Universitária, deram o seu contributo no enriquecimento das estações do metro.<ref name=c />
 
Com efeito, a preocupação de atenuar a transição entre a superfície e o ambiente subterrâneo que habitualmente caracteriza as estações foi encarada como uma prioridade desde os primórdios do '''ML'''. Na [[década de 1950]], [[Francisco Keil do Amaral]] idealizou um modelo de estação-tipo, que moldou as 20 primeiras estações da rede, inauguradas entre [[1959]] e [[1972]]. Embora firmes, as linhas arquitectónicas mostravam-se sóbrias, muito ao gosto do regime à época vigente em [[Portugal]]. Por seu turno, as intervenções plásticas ficaram a cargo de [[Maria Keil]], que se socorreu dos seus característicos padrões geométricos para ilustrar 19 das 20 primeiras estações da rede.<ref group=nota> Contabilizando também as ampliações realizadas até [[1982]], [[Maria Keil]] não interveio apenas no nó da {{MLx|AV}} e no átrio norte da estação dos {{MLx|AN}}, inaugurado precisamente em [[1982]]. Em ambos os casos, a responsabilidade pelas intervenções plásticas foi assumida por [[Rogério Ribeiro]].</ref> Estas suaves intervenções plásticas apresentavam-se essencialmente nas escadas que asseguravam a ligação entre os átrios e o cais de cada nó. A artista plástica criou toda a sua obra em [[azulejaria|azulejo]], nas oficinas da [[Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego|Fábrica Viúva Lamego]], o que permitiu valorizar um suporte que até então quase se resumia a aplicações menos importantes.<ref>{{Citar web |url = https://www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/|título = Arte nas estações}}</ref>
Daí em diante a arte passou a ser uma constante nas estações. A iluminação joga com o brilho da [[azulejo|azulejaria]], presente em quase todas as estações. Nos últimos anos as estações mais antigas têm sido remodeladas, não só para melhorar a decoração e aspeto estético, mas também para melhorar as acessibilidades para passageiros de mobilidade reduzida.
 
Na [[década de 1980]], a arte assumiu um papel ainda mais determinante no '''ML'''. A expansão da rede, finalmente retomada após um interregno de 16 anos, serviu de pretexto para convidar alguns dos grandes artistas plásticos portugueses a deixar a sua obra nos quatro nós inaugurados em [[1988]]: [[Sá Nogueira|Rolando Sá Nogueira]] nas {{MLx|LA}}, [[Júlio Pomar]] no {{MLx|AH}}, [[Manuel Cargaleiro]] no {{MLx|CM}} e [[Maria Helena Vieira da Silva|Vieira da Silva]] na {{MLx|CU}}. Ao contrário do que até então se verificava, as intervenções plásticas passaram a estar presentes também no cais das novas estações, com o claro apoio da iluminação.
 
A partir da [[década de 2000]], assistiu-se de novo a uma simplificação do contributo dos artistas plásticos no '''ML'''. Em geral, as suas intervenções passaram a ser exclusivamente aplicadas nos tímpanos<ref group=nota>Plano perpendicular ao cais, localizado em cada uma das duas extremidades da estação. É habitualmente apenas interrompido no ponto por onde os comboios dão entrada no nó, através de um túnel ou viaduto.</ref> de cada nó. Iniciada em [[2002]], com a abertura ao público da estação de {{MLx|TE}}, esta tendência acabou por se confirmar ao longo do decénio seguinte. À excepção do nó do {{MLx|AP}}, todas as estações inauguradas na [[década de 2010]] possuem mesmo intervenções plásticas de não-autor.
 
{{Notas}}