Igreja Católica no Gabão: diferenças entre revisões

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== História ==
Os [[capuchinhos]] foram os primeiros a tentar evangelizar o território que atualmente pertence ao Gabão, em [[1673]]. Somente no ano [[1863]], foi erigido o Vicariato Apostólico do Gabão; em [[1875]], foi fundada uma segunda missão em [[Donguia]]; em [[1878]], começou-se a realizar a evangelização do -i-nterior, que se estendeu a outros países. Em [[1884]], o padre Bessieux, da [[Congregação do Espírito Santo]], foi enviado à capital, [[Libreville]] e, em 1899, houve a primeira ordenação sacerdotal; em 1913, foi fundada uma missão em [[Mourindi]]; em [[1955]], as hierarquias gabonesas foram submetidas a [[Brazzaville]], na [[República do Congo]]; em [[1958]], o Gabão se tornou uma Província Eclesiástica, pela [[Arquidiocese de Libreville|Sé Metropolitana de Libreville]]; em 1958, ocorre a ereção da [[Diocese de Mouila]]; em 1961, ocorre a ordenação do primeiro bispo etnicamente gabonês, Dom [[François Ndong]]; em [[1969]], a [[Diocese de Oyem]] é erigida e, em [[1974]], a [[Diocese de Franceville|de Franceville]]. Em 1982, o [[Papa João Paulo II]] realizou uma visita pastoral ao Gabão; em 2003, foi erigida a [[Diocese de Port-Gentil]] e constituída a Prefeitura Apostólica de Makokou.<ref name="Fides">{{citar web|URL=http://www.fides.org/pt/news/11230-AFRICA_GABAO_Informacoes_sobre_o_pais|título=ÁFRICA/GABÃO - Informações sobre o país|autor=|data=2007-10-26|publicado=Agência Fides|acessodata=2019-06-19}}</ref><ref>{{citar web|URL=https://www.gaudiumpress.org/content/18554-Igreja-Catolica-no-Gabao-celebra-50-anos-de-independencia-do-pais|título=Igreja Católica no Gabão celebra 50 anos de independência do país|autor=|data=2010-08-16|publicado=Gauduim Press|acessodata=2019-06-19}}</ref>
 
== Atualmente ==
As três maiores religiões do Gabão (catolicismo, protestantismo e islamismo) costumam conviver pacificamente e trabalhar em conjunto, apesar das [[Distúrbios no Gabão em 2016|recentes tensões políticas no país]]. Após as [[Eleições presidenciais no Gabão em 2016|eleições presidenciais de 27 de agosto de 2016]], a violência irrompeu entre apoiadores do partido no poder, que reivindicavam a vitória do Presidente [[Ali Bongo]], e a oposição que contestou os resultados. Uma carta do presidente da Conferência dos Bispos do país, Dom [[Mathieu Madega de Mouila]], publicada em [[6 de setembro]] de [[2016]], foi denunciada a "falta de verdade no processo democrático e a falta de respeito pelos direitos humanos". Muitos membros do clero e líderes proeminentes dos leigos sentiram que a mensagem dos bispos não foi enérgica o suficiente no que diz respeito à repreender diretamente as graves irregularidades registradas, nem a dura repressão que se seguiu contra a oposição. Muitos católicos sentiram que o confronto com as autoridades poderai ter sido evitado pela incapacidade dos bispos em mencionarem a fraude eleitoral na sua declaração.<ref name="ACN">{{citar web|URL=https://www.acn.org.br/relatorio-liberdade-religiosa/gabao/|título=Gabão|autor=|data=|publicado=[[Ajuda à Igreja que Sofre]]|acessodata=2019-06-19}}</ref>
 
Também ocorreu que o abade Dimitri Ayatebe Ename, sacerdote diocesano de Libreville e Diretor de Estudos do Seminário Menor de Saint Jean, fez uma homilia em [[16 de outubro]] de [[2016]], quando denunciou o sistema político do país, classificando-o como "ditatorial, cínico, obscuro, perverso e assassino". Quatro dias mais tarde, o Ministro do Interior, [[Lambert-Noël Matha]], enviou uma carta queixando-se ao reitor do seminário, abade Laurent Manvoula, e com cópia enviada ao arcebispo de Libreville, [[Basile Mve Engore]]. O ministro acusou o Abade Ayatebe de ofender as instituições da República, e disse que o sacerdote tinha se referido aos resultados eleitorais "de maneira sectária".<ref name="ACN" />
 
Dados da própria Igreja do [[Anuário Estatístico]] de [[2005]] afirmam que a no Gabão são administrados pelo catolicismo:<ref name="Fides" />
*28 maternais, com 4.961 alunos
*223 escolas do ensino fundamental, com 62.934 estudantes
*22 escolas do ensino médio, com 12.897 estudantes
*12 dispensários
*1 leprosário
*7 centros para doentes crônicos e inválidos
 
== Organização territorial ==
A Igreja se subdivide no território gabonês com uma [[Arquidiocese|arquidiocese metropolitana]], quatro [[Diocese sufragânea|dioceses sufragâneas]], e um [[vicariato apostólico]]:
 
* [[Arquidiocese de Libreville]]
** [[Diocese de Franceville]]
** [[Diocese de Mouila]]
** [[Diocese de Oyem]]
** [[Diocese de Port-Gentil]]
* [[Vicariato Apostólico de Makokou]]
 
== Conferência Episcopal ==
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== Nunciatura Apostólica ==
{{Principal|Nunciatura Apostólica do Gabão}}
A Pró-nunciatura Apostólica do Gabão foi criada em 31 de outubro de [[1967]], e elevada a nunciatura apostólica em 7 de dezembro de [[1997]].<ref name="Núncio" /> Apesar de a [[Constituição do Gabão|Constituição]] estabelecer o [[estado secular]], o Gabão foi o primeiro país da [[África]] a assinar um acordo total com a [[Santa Sé]], em [[1977]], que ainda está em vigor. Este documento reconhece direitos jurídicos totais à Igreja Católica e a todas as suas instituições, e concede o reconhecimento civil dos casamentos canônicos.<ref>{{citar web|URL=https://www.acn.org.br/wp-content/uploads/attachments/RLRM-2016-Gabao.pdf|título=DISPOSIÇÕES LEGAIS EM RELAÇÃO À LIBERDADE RELIGIOSA E APLICAÇÃO EFETIVA|autor=|data=|publicado=[[Ajuda à Igreja que Sofre]]|acessodata=2019-06-19}}</ref>
 
== Visitas Papais ==