Maurício Grabois: diferenças entre revisões

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== Juventude e militância ==
Nascido na capital baiana em 1912, Maurício foi o quinto filho do casal Agustín Grabois e Dora Kaplan,<ref name=Nova>[https://anovademocracia.com.br/no-97/4275-centenario-do-nascimento-de-mauricio-grabois-comunista-de-elevada-envergadura Centenário do nascimento de Maurício Grabois. Breve biografia de Maurício Grabois]. Por Victória Lavínia Grabois Olímpio. ''A Nova Democracia'', ano X, nº 97, 1ª quinzena de outubro de 2012.</ref> [[judeus]] russos originários de [[Kishinev]], na [[Budjac|Bessarábia histórica]], então parte do [[Império Russo]] (atualmente, parte do [[óblast de Odessa]], na [[Ucrânia]]). Agustín, Dora e a primeira filha do casal fugiram da Ucrânia em [[1905]], em meio à [[guerra russo-japonesa]] (1904-1905) e aos ''[[Pogrom de Kishinev|pogroms]]'' que então atormentavam a comunidade judaica de Kishinev (1903 e 1905).<ref>Kehilalink. JewishgGen. [https://kehilalinks.jewishgen.org/Chisinau/ Kishinev]</ref><ref>[http://www.oocities.org/graboisfamily/aryehletter.htm Origem da família Grabois], segundo o historiador israelense Aryeh Graboïs (1930-2008).</ref> Chegaram à Argentina, onde a família cresceu e, afinal, transferiram-se para o Brasil, fixando residência em Salvador, depois de passar por Belém e Recife.
 
Em Salvador, Maurício cursou o ensino fundamental no Ginásio Estadual de Salvador. Aos 19 anos, mudou-se para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] (então capital do país) para estudar na [[Escola Militar de Realengo]].<ref name="Eremias"/> Lá tomou contato com o [[marxismo]]-[[leninismo]] e passou a militar contra o [[fascismo]] - que avançava na [[Europa]] e também no Brasil, sob a forma do [[integralismo]] -, e a divulgar o [[comunismo]] entre os militares. Mais tarde, estudou na [[Escola Nacional de Agronomia]], que abandonou no 2º ano para se dedicar à vida política.<ref name="Eremias"/>
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A partir de [[1964]], quando os militares dão um [[golpe de Estado]] no Brasil e tomam o poder, os comunistas se dividem entre os que defendem a oposição clandestina, aliada aos democratas de centro-direita (depois organizados no [[Movimento Democrático Brasileiro|MDB]]) e os que optam pelo combate aberto ([[guerrilha]] urbana e rural). Maurício Grabois foi um dos principais defensores da posição em defesa da [[luta armada]] no partido. Em [[1966]], uma conferência aprova a adoção de "táticas revolucionárias" para tentar derrubar o [[regime militar de 1964|regime militar]] e implantar um regime comunista no Brasil.
 
Para dar início a uma guerrilha na [[Floresta Amazônica]], Grabois chega à região do [[Araguaia]] em dezembro de [[1967]], para organizar o levante revolucionário. Levou para lá o filho [[André Grabois]], morto em combate em [[1972]]. Grabois comandou por seis anos a chamada [[Guerrilha do Araguaia]], no [[estado]] do [[Pará]], até ser morto por forças do Exército no dia de natal de 1973, junto com mais três companheiros, um deles seu [[genro]], [[Anexo:Lista de guerrilheiros do Araguaia|Gilberto Olímpio Maria]].<ref name="Eremias"/> Seu corpo, assim como o de seu filho, André, o de seu genro, Gilberto, e os corpos dos outros 67 guerrilheiros e camponeses da Guerrilha do Araguaia, nunca foram encontrados.<ref name=Nova />
 
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== Ligações externas ==
* [http://www.fmauriciograbois.org.br/ Site da Fundação Maurício Grabois] (do PCdoB)
* Resenha do livro [https://web.archive.org/web/20160217225041/http://www.espacoacademico.com.br/036/36liv_bertolino.htm ''Maurício Grabois - umaUma vida de combates. Da batalha de idéias ao comando da Guerrilha do Araguaia.''], de Osvaldo Bertolino (revistaEditora Anita Garibaldi). Revista ''Espaço Acadêmico)'', nº 36, maio de 2004.
* [http://www.desaparecidospoliticos.org.br/araguaia/mauricio.html Ficha de Maurício Grabois no cadastro de Desaparecidos Políticos]